Iniciativa realizada de forma conjunta entre a Conservação Internacional (CI-Brasil) e ICMBio Flona do Tapajós, mobilizou comunitários a uma imersão de quatro dias
Intervenções do Programa de Acesso à Água do Projeto Saúde e Alegria iniciaram em agosto de 2022 e foram concluídas neste mês de março. Ações beneficiam diretamente 181 indígenas que sofrem com contaminação dos garimpos, diminuindo taxas de mortalidade e doenças de veiculação hídrica
Foto: Jussara Salgado – Postada em: Projeto Saúde e Alegria
O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) reuniram representantes dos municípios da bacia do Tapajós nesta terça-feira (22), em Santarém, no oeste do estado do Pará, para debater soluções para a poluição do rio pelas atividades garimpeiras que ocorrem sobretudo em Jacareacanga e Itaituba, mas atingem toda a região. No início do ano, as águas de Alter do Chão, na foz da bacia, ficaram visivelmente poluídas por sedimentos vindos dos garimpos, a maioria ilegais, nas áreas do alto e do médio curso do rio.
Em meados de janeiro duas notícias de certa forma antagônicas surpreenderam quem trabalha com questões socioambientais no setor energético brasileiro. A primeira foi a abertura de consulta pública do Plano Decenal de Energia (PDE 2031), desenvolvido por equipe multidisciplinar da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), ligada ao Ministério de Minas e Energia. A outra, o anúncio da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) de prorrogação de estudos de viabilidade de três grandes hidrelétricas na Bacia do Tapajós. Por que esses dois fatos são antagônicos? Vamos discorrer.
Rio Tapajós, próximo a Itaituba (Foto: Divulgação Eletrobras)