Ao participar de audiência pública no Senado, procurador apresentou sugestões para proteção das comunidades e combate efetivo da mineração ilegal

Um boom de mineração ilegal de ouro na maior reserva indígena do Brasil trouxe doenças, violência e graves violações de direitos humanos ao povo Yanomami, de acordo com pesquisas e alegações incluídas em um novo relatório nesta segunda-feira, culpando os altos preços do ouro e o governo tácito Apoio, suporte.
O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) reuniram representantes dos municípios da bacia do Tapajós nesta terça-feira (22), em Santarém, no oeste do estado do Pará, para debater soluções para a poluição do rio pelas atividades garimpeiras que ocorrem sobretudo em Jacareacanga e Itaituba, mas atingem toda a região. No início do ano, as águas de Alter do Chão, na foz da bacia, ficaram visivelmente poluídas por sedimentos vindos dos garimpos, a maioria ilegais, nas áreas do alto e do médio curso do rio.
Inocentes noivos italianos podem estar carregando em suas mãos parte da destruição da Terra Indígena Kayapó, no sul do Pará. Graças a um esquema criminoso, o ouro extraído ilegalmente dessa Terra Indígena é esquentado e chega à italiana Chimet – um braço da UNOAERRE, responsável por produzir 70% das alianças de casamento vendidas na Itália.
“Temos um sistema corrompido de produção e comercialização de ouro no país”, afirma Larissa Rodrigues, gerente de portfólio do Instituto Escolhas. Para ela, os números levantados pelo estudo confirmam o que já se vê a olho nu na Amazônia, especialmente nos estados do Mato Grosso e Pará
O PCC (Primeiro Comando da Capital) está atuando em áreas de garimpo no rio Uraricoera, em Roraima. A migração dos criminosos começou em 2018, ganhou corpo no ano seguinte e hoje há integrantes da facção controlando trechos de terra ianomâmi. Além de tráfico de drogas, a organização explora casas de prostituição, venda de gasolina, alimentos, bebidas e segurança particular.
A Operação Terra Desolata, da Polícia Federal, desbaratou uma organização criminosa que envolve dezenas de empresas, cooperativas e funcionários fantasmas para um esquema de extração ilegal e venda de ouro para o exterior, como o Estadão mostrou ontem.
Ministro Augusto Heleno permitiu sete projetos de pesquisa de ouro em região na fronteira, ato inédito nos últimos dez anos