Câmara dos Deputados – Projeto de acesso à biodiversidade tranca pauta sem previsão de votação

Apesar de apelos da comunidade científica e do setor agropecuário, o governo vai manter a urgência constitucional do projeto que atualiza a legislação sobre pesquisa e exploração ao patrimônio genético de plantas e animais e de conhecimentos tradicionais associados (PL 7735/14). O projeto tranca a pauta do Plenário desde o dia 11 de agosto, mas ainda não tem relator, o que gera indefinição sobre a votação e pode inviabilizar a análise de outros projetos de lei no Plenário da Câmara dos Deputados. A comissão especial para discutir a norma também não foi criada.

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Índios realizam operação para conter desmatamento em área do Maranhão

Imagens divulgadas nesta quinta-feira (4) pela agência Reuters mostram índios da etnia Ka’apor em operação realizada por eles contra madeireiros que agiam no interior da Terra Indígena Alto Turiaçu, nas proximidades de Centro do Guilherme, cidade com pouco mais de 12 mil habitantes localizada no Maranhão.

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Na Amazônia, índios acusam governo de manipulação em consulta sobre saúde

O Estado é laico, mas feliz é a nação cujo Deus é o senhor…” declarou a presidenta Dilma ao participar da inauguração do Templo de Salomão, em São Paulo. Dali do sudeste do país a determinação bíblica alcançou o noroeste da Amazônia. E ao invés de utilizar algum espaço público como uma escola ou a própria Universidade Federal do Amazonas, no município vizinho de Benjamin Constant, para apresentar um novo programa que impacta diretamente a vida das comunidades indígenas, um espaço de culto evangélico — religião cuja ação proselitista de missionários é uma das principais causas de conflito com comunidades indígenas na região — tornou-se um espaço político desse Estado que é laico, “mas”…

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Degradação avança sobre áreas protegidas

Entre 2007 a 2013, 30% das áreas afetadas pela degradação florestal estavam localizadas dentro de áreas que deveriam estar protegidas, como Terras Indígenas e Unidades de Conservação. Um dos principais facilitadores para esta degradação é a falta de gestão nessas áreas.

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Amazônia – Alertas de desmatamento tiveram aumento de 9% até agosto

A área dos alertas de desmatamento na Amazônia Legal aumentou 9% entre julho de 2013 a agosto de 2014. Os dados são do Deter, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que registra, em tempo real, as áreas possivelmente desmatadas ou degradadas no bioma e serve para orientar as ações de fiscalização. O Pará é o estado com a maior área de alertas. A região do município de Novo Progresso, às margens BR-163, responde por 20% das detecções em toda a Amazônia Legal e 63% no estado. Rondônia e Amazonas também registraram aumento nos alertas. No Mato Grosso, houve queda de 17%.

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Aves da Amazônia estão migrando para o Pantanal

Pesquisa do Projeto Bichos do Pantanal indica que aves da Amazônia estão migrando para o Pantanal. A conclusão é do coordenador técnico, chefe de pesquisa e fotógrafo do projeto, Douglas Trent. Segundo ele, aves como a curica, a esmeralda-de-cauda-azul, o mutum-cavalo, a garça-da-mata, o gavião-de-anta, o araçari-miudinho-de-bico-riscado e o alegrinho-do-rio, até algum tempo avistadas somente na Amazônia, estão descendo o Rio Paraguai e indo para o Pantanal.

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Desafio histórico, contenção do desmatamento confronta modelo de crescimento

Há dez anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegava ao fim do segundo ano na Presidência da República amargando a maior taxa de desmatamento da Amazônia desde o início das medições do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites, iniciadas em 1988. Em 2004, cerca 27,7 mil quilômetros quadrados de florestas (equivalentes a 3,4 mil campos de futebol) foram ao chão para dar lugar a plantações de grãos, com destaque para a soja e o milho, e também para a cana-de-açúcar. Antes disso, só 1995 registrava devastação maior (29 mil quilômetros quadrados), basicamente pelo mesmo motivo: a expansão das atividades do agronegócio e da extração mineral, produtores de matérias-primas para exportação.

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Falta d’água em cidades tem a ver com devastação desenfreada da Amazônia

O chão foi o destino de 20% das árvores da Floresta Amazônica original. Que isso vem acontecendo há anos, todos sabem. O que você provavelmente não sabe é que esse crime ambiental tem a ver com a falta d’água na maior cidade da América Latina. É que a Amazônia bombeia para a atmosfera a umidade que vai se transformar em chuva nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. Quanto maior o desmatamento, menos umidade e, portanto, menos chuva. E sem chuva, os reservatórios ficam vazios e as torneiras, secas.

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“Fronteiras Contemporâneas: Desenvolvimento, Conflitos e Sociabilidades nas Amazônias”

Estão abertas, desde o dia 25 de agosto até o dia 19 de setembro de 2014, as inscrições de Comunicações Orais e Pôsteres para os Grupos de Trabalho do 2º Seminário Internacional Sociedade e Fronteiras; 4º Encontro Norte da Sociedade Brasileira de Sociologia – 4SBSNORTE e 2ª Semana de Humanidades – “FRONTEIRAS CONTEMPORÂNEAS:  DESENVOLVIMENTO, CONFLITOS E SOCIALIBILIDADES NAS AMAZÔNIAS”.

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Organização envolvendo 16 povos de Rondônia e Mato Grosso se posiciona contra INSI

Lideranças e professores de dezesseis povos indígenas de Rondônia e noroeste do Mato Grosso rechaçaram de forma unânime a proposta de criação do Instituto Nacional de Saúde Indígena (INSI), articulada pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), órgão do Ministério da Saúde, e montada por três técnicos do Ministério do Planejamento.

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A defesa do Yasuní

O Yasuní é um parque nacional equatoriano localizado na Amazônia.  Em apenas um hectare de sua floresta podem-se encontrar mais espécies do que em todo os Estados Unidos e Canadá juntos, o que o faz ser um dos pulmões mais importantes que este planeta tem.  O Yasuní encontra-se, atualmente, ameaçado pelas políticas petrolíferas do governo equatoriano liderado por Rafael Correa.  A Yasunidos, organização da sociedade civil do Equador, luta pela defesa de seu parque nacional.  Falamos com Xavier, membro do coletivo, para que nos informasse sobre a realidade envolvendo este conflito que, segundo ele, “é algo que diz respeito a todos nós”.

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MPF/AM: tombamento do Encontro das Águas será julgado no STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que vai julgar o conflito federativo entre a União e o Estado do Amazonas em ação que trata do tombamento do encontro dos rios Negro e Solimões, o Encontro das Águas. A decisão foi proferida por unanimidade pela Primeira Turma da Corte, no julgamento da Reclamação nº 12957, ajuizada pelo procurador-geral da República, após representação do Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM), em 2011.

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Carajás: orgia mineral empobrece o Pará (*)

O ferro é o minério mais produzido, comercializado e usado pelo homem. O preço de referência no mercado internacional é medido pelo teor de hematita, que é o ferro puro. O índice é de 62% de pureza. Os compradores pagam prêmios pelo minério que tem teor acima desse valor e descontam no preço quando a mercadoria está abaixo.

A antiga Companhia Vale do Rio Doce, estatal privatizada em 1997, sempre ganha prêmios porque a média de hematita contida no minério que vende é de 64%. Os ganhos, em média, têm sido de 3,50 dólares por tonelada (US$ 1,75 por cada acréscimo de 1%). A principal garantia dessa qualidade por longo prazo é dada pela província mineral de Carajás, no Pará. Quando a lavra foi iniciada, em fevereiro de 1985, os depósitos de minério eram calculados em 18 bilhões de toneladas da maior concentração de minério de ferro de alto teor do planeta, com 67%.

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PF e Ibama fazem operação contra crimes ambientais na Amazônia

Policiais federais estão cumprindo hoje (27), em quatro estados, 14 mandados de prisão – entre preventivas e temporárias – para desarticular uma organização que, segundo os investigadores, especializou-se em invadir terras públicas na Amazônia brasileira para desmatá-las e transformá-las em pasto. Entre as áreas invadidas está a Floresta Nacional do Jamanxim, na cidade de Novo Progresso (PA). Ao menos uma pessoa já foi detida em São Paulo.

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Líder Ashaninka diz que novo grupo de índios isolados apareceu em aldeia do Acre

Os índios Ashaninka da aldeia Simpatia, o lugar onde ocorreu no final de junho o primeiro contato com povos isolados na fronteira do Acre com o Peru, registraram a presença de um novo grupo de indígenas de etnia ainda desconhecida na noite do último dia 18. Em entrevista por um telefone público da aldeia na última quarta-feira (20), o líder Ashaninka Fernando Kampa disse à agência Amazônia Real que o grupo andou pela aldeia e pelas roças, mas não se aproximou ou falou com alguma pessoa da aldeia.

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