Hidrelétricas e o IPCC: 15 – “Catação de cerejas” de barragens

O “cherry picking” [“catação de cerejas”], ou seja, selecionar apenas os casos que confirmam a conclusão, é uma forma que as estimativas das emissões de hidrelétricas podem ser minimizadas. No Brasil, a hidrelétrica de Balbina, que tem emissões muito altas de metano, não foi incluída na tabulação de barragens no primeiro inventário nacional do país ([1], p. 154; Ver também [2]), embora os autores do estudo tivessem publicado anteriormente dados da emissão da superfície da barragem [3]. 

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Falta de manutenção em linha de energia na Venezuela ameaça suprimento em Roraima

Um linhão de energia entre Brasil e Venezuela que já foi símbolo das ambições de integração regional da América Latina se tornou motivo de preocupação para o governo brasileiro, devido a falhas frequentes que têm prejudicado o fornecimento de eletricidade em Roraima.

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Hidrelétricas e o IPCC: 14 – A “dívida” de aquecimento global

Uma usina hidrelétrica emite grandes quantidades de gases de efeito estufa nos primeiros anos após a sua construção, que cria uma “dívida” de aquecimento global que é lentamente paga na medida em que a eletricidade gerada pela barragem desloca combustíveis fósseis nos anos subsequentes; em contraste com isto, a geração de eletricidade a partir dos combustíveis fósseis emite gases em uma taxa constante, com a emissão ocorrendo ao mesmo tempo em que a eletricidade é gerada. Esta diferença é fundamental em comparações entre barragens e combustíveis fósseis, com qualquer valor atribuído ao tempo pesando fortemente contra as represas [1, 2]. 

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Hidrelétricas e o IPCC: 13 – O horizonte de tempo

O horizonte de tempo utilizado é pelo menos tão importante quanto a escolha de uma taxa de desconto, na derivação valores de GWP (sigla em inglês para Potencial de Aquecimento Global) e na contabilização das emissões dos gases de efeito estufa. O Quinto Relatório de Avaliação do IPCC deixa claro que “não há nenhum argumento científico para a seleção de 100 anos, em comparação com outras opções [1, 2]. A escolha do horizonte de tempo é um juízo de valor porque depende do peso relativo atribuído aos efeitos em momentos diferentes” ([3], p. 711-712). 

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MPF e MP/RO obtêm suspensão de licença da Hidrelétrica de Santo Antônio

Licença ambiental da usina está suspensa enquanto o empreendimento não cumprir as condicionantes relacionadas à Estrada de Ferro Madeira Mamoré.

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Povos indígenas, ribeirinhos e movimentos sociais fecham rodovia de RO contra construção de UHE

Com o objetivo de sensibilizar autoridades públicas e comunidades que serão afetadas diretamente pela construção da Usina Hidrelétrica do Ribeirão, a BR-425, próxima à Cachoeira do Ribeirão, trecho incidente no município de Nova Mamoré (RO), foi trancada pelos indígenas, ribeirinhos, comunidade boliviana impactada e movimentos sociais.

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AGU comprova que sociedade foi consultada sobre alteração na licença de hidrelétrica

A Advocacia-Geral da União (AGU) comprovou na Justiça a legalidade de retificação feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na Licença de Operação (LO) da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio para elevar a cota do reservatório de 70,5 para 71,3 metros. 

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Presidente da Funai destaca importância de se respeitar culturas indígenas durante reunião

Representantes dos Ministérios de Minas e Energia – MME, Meio Ambiente – MMA , Eletrobras, Fundação Amazônia Sustentável, Assessoria Elabore, Projeto Diálogo, Consórcio Tapajós se reuniram com o Presidente João Pedro, na manhã desta quarta-feira (22), na Sede da Funai, em Brasília, para tratar de projetos de geração de energia que possam afetar terras indígenas.  

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Sentença confirma: usina no Tapajós só pode ser licenciada após consulta aos povos afetados

A consulta já foi considerada obrigatória em decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Sentença exarada ontem (15) confirma consulta nos moldes da Convenção 169.

Arte: Ascom/PRPA

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MPF estuda pedir suspensão da remoção de comunidades atingidas por Belo Monte

O Ministério Público Federal (MPF) pretende recomendar à Justiça que suspenda a remoção de ribeirinhos que moram em áreas que serão afetadas pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu, no sudoeste do Pará. A iniciativa, que está sendo discutida com o Conselho Nacional dos Direitos Humanos, é fruto da inspeção de dois dias que representantes de órgãos públicos federais, entre eles o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), fizeram na região esta semana.      Continuar lendo MPF estuda pedir suspensão da remoção de comunidades atingidas por Belo Monte

Remoção forçada de ribeirinhos por Belo Monte provoca tragédia social em Altamira

No próximo dia 13 de junho não vai haver a tradicional festa de Santo Antônio, na Comunidade Santo Antônio, que existia desde a década de 70, entre a rodovia Transamazônica e o rio Xingu, em Altamira, no oeste do Pará. Não há mais a comunidade, uma das primeiras a ser dissolvida porque ficava no caminho da usina de Belo Monte. As 252 casas foram demolidas e os moradores, agricultores e pescadores que levavam o modo de vida tradicional das comunidades rurais da Amazônia, transferidos para cidades da região, longe do rio Xingu. Onde ficava o campo de futebol da comunidade, há hoje um estacionamento para os funcionários da Norte Energia e do Consórcio Construtor de Belo Monte.

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Brasil: Cuatro tribus amazónicas se unen contra hidroeléctricas

Representantes de las tribus Munduruku, Apiaká, Kayabi y Rikbaktsa anunciaron su oposición a las cuatro represas hidroeléctricas que el gobierno pretende construir en la cuenca del río Teles Pires, un afluente del río Tapajós, que desemboca en el Amazonas.

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Tribo guerreira pede diálogo contra barragem

A aldeia de Waro Apompu, às margens do Cururu, bonito afluente do Tapajós, ainda livre do mercúrio dos garimpos, desperta antes do galo cantar.  Mulheres se banham no rio e lavam roupas e crianças enquanto o nevoeiro se desfaz.  ”Kabiá!”  Escuta-se a toda hora, desejo coletivo que o dia seja bom e os horizontes se abram.  As índias sobem para preparar o almoço – carne de macaco e farinha de mandioca – dos participantes da Assembleia Geral que reuniu 700 mundurukus de 102 aldeias durante cinco dias, na semana passada.  Saúde e educação indígena estão na pauta, mas o tema de fundo é preservar o modo de vida.  Os projetos hidrelétricos do governo para a região são compreendidos como grande ameaça.  A estratégia de defesa é surpreendente: inspira-se no animal favorito do povo munduruku, o jabuti.           Continuar lendo Tribo guerreira pede diálogo contra barragem

TRF-1 suspende liminar que impedia construção de hidrelétrica na Amazônia

A paralisação de uma hidrelétrica de grandes proporções pode acarretar prejuízos ambientais e sociais. Com esse argumento, o presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, desembargador federal Mário César Ribeiro, suspendeu liminar que parava a construção da Usina Hidrelétrica de São Manuel, região sul do estado do Pará.

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Pesquisador alerta para a mortandade de toneladas de peixes na UHE Teles Pires

Foto revela que supressão vegetal foi feita ‘pela metade’ na represa da UHE Teles Pires

Milhares de peixes morrerão no lago da Usina Hidrelétrica de Energia (UHE) Teles Pires, no município de Paranaíta (860km ao Norte de Cuiabá), devido à supressão vegetal (retirada da biomassa na área a ser alagada) não ter sido feita corretamente. O alerta é do biólogo e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Philip Fearnside.  

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