Vinte municípios das calhas dos rios Juruá, Purus e Alto Solimões já estão enfrentando estiagem. O governador Wilson Lima decretou emergência ambiental em todo o estado devido às queimadas, por um período de 180 dias com proibição do uso de fogo e técnicas de queima controlada.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) apoia e participa de trabalhos de prevenção e combate a incêndios em Terras Indígenas localizadas na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica. A autarquia indigenista contribui para a atuação de 57 Brigadas Federais em Terras Indígenas (BRIFs), algumas em fase de implementação. A Funai apoia as brigadas desde a logística para inscrição dos indígenas participantes da seleção, até o apoio logístico para a execução dos trabalhos em campo. Além disso, fornece servidores para atuarem junto ao Ibama no treinamento dos brigadistas. As brigadas atuam com técnicas de prevenção, como a queima prescrita, e no combate a incêndios florestais de diferentes proporções.
MANAUS (AM) – Levantamento do Instituto Centro de Vida (ICV) determinou que 50% das áreas atingidas pelas queimadas no Mato Grosso pertencem ao bioma Amazônia. O Estado concentra três biomas: o Cerrado, que aparece no ranking em segundo lugar, com 34%; e o Pantanal, com 16%. A plataforma de monitoramento inclui mapas online, painéis de dados e mapas históricos, oferecendo uma visão abrangente sobre as ameaças ambientais.
Fenômeno ficou mais brando no Amazonas, Pará e Roraima. Por outro lado, a seca se intensificou no Acre. No Amapá, Rondônia e Tocantins a intensidade do fenômeno se manteve estável. Região teve a maior intensidade de seca no Brasil em maio
O período de estiagem mal teve início no estado do Acre e o nível do Rio Acre já se encontra em níveis críticos extremos na capital acreana. Neste mês de junho, o afluente está abaixo dos dois metros, a menor marca já registrada desde a década de 70 em Rio Branco para o mês de junho.
O rio está com o menor nível para junho desde a década de 70/ Foto: Juan Diaz,CONTILNET
Em 2023, de 1º de janeiro até 22 de junho, o Acre havia registrado 36 focos de queimadas, segundo o banco de dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe. No ano em curso, no mesmo período, já ocorreram 108 focos de queimadas no estado, 200% acima da quantidade detectada no ano passado pelo satélite de referência.
MANAUS (AM) – Após a maior seca dos últimos 100 anos ser registrada em 2023, especialistas apontam que os níveis atuais dos rios Amazonas, Acre, Negro e Solimões podem levar a região a um novo recorde de vazante neste ano. Segundo o ambientalista Carlos Durigan, a intensificação dos efeitos do aquecimento global nas últimas décadas tem feito com que a população vivencie períodos extremos e causadores de grandes transformações nos ciclos de chuvas e, consequentemente, nos regimes hidrológicos dos rios na Amazônia.
A forte seca que vem atingindo o estado do Acre já apresenta seus efeitos negativos, com um aumento significativo no número de focos de incêndio em 2024, em comparação aos anos anteriores. Segundo o painel de queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até este sábado (15), o Acre já registra 78 focos de incêndio, enquanto em 2023 esse número era de apenas 23. Esse aumento representa um crescimento de 239,13% em relação ao mesmo período do ano anterior.