O Ministério Público Federal (MPF) no Maranhão pediu à Justiça Federal que adote medidas executivas urgentes para garantir a segurança no entorno da Terra Indígena Awá-Guajá e determine o deslocamento imediato da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para a região.
Para aprimorar melhorias no atendimento às comunidades indígenas do Maranhão, que somam cerca de 38 mil habitantes no estado, a Funai reinstalou o Comitê Regional na cidade de Imperatriz-MA em evento que contou com várias lideranças indígenas. “Este órgão é uma instância responsável por promover a participação dos povos no diálogo e na elaboração das políticas públicas da Funai”, esclarece a coordenadora regional, Ruth Pacheco, durante a reinstalação do Comitê nos dias 29 e 30 de agosto.
Wallace Bastos conversa com Arlete Krikati, da Associação Wyty-Catë dos Povos Timbira
A Articulação das Mulheres Indígenas do Maranhão (Amima) realizou, entre os dias 23 e 26 de julho, na Aldeia Januária, do povo Guajajara (Bom Jardim-MA), o II Encontro na Região Norte da Amima.
A morte de uma mulher Awá na floresta amazônica é um exemplo de sua luta pelo direito de permanecer isolada em sua terra.
Jakarewyj, mulher awá, jaz gravemente doente em uma rede junto a sua irmã Amakaria, em abril de 2015, pouco depois do primeiro contato com a sociedade exterior.Sarah ShenkerSurvival International.
Os Awá-Guajá, também autodenominado Awá, pertence à família linguística Tupi-Guarani. São tradicionalmente caçadores e coletores nômades, ocupando historicamente regiões próximas aos vales dos rios Turiaçu, Pindaré e Gurupi, no Estado do Maranhão, nos limites da Amazônia Oriental.
Entre 2015 e 2016, Terras Indígenas no noroeste do Maranhão registram um total de 7,3 mil focos de calor. Antropólogo denuncia incêndios criminosos e perseguição a indígenas e servidores de órgãos oficiais.
Duas indígenas isoladas da Amazônia maranhense completaram a jornada extraordinária de volta a sua floresta, após terem sido levadas de helicóptero à São Luís, à beira da morte.
Jakarewyj e Amakaria, indígenas isoladas Awá, nômades e caçadoras-coletoras, foram forçadas a entrar em contato com Awá já contatados, por estarem cercadas por madeireiros e terem contraído gripe e tuberculose, às quais elas não tinham resistência.
Mais de 60 brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Ibama, apoiados por veículos e aeronaves, trabalham em seis frentes de fogo para conter o avanço das chamas na Terra Indígena (TI) Arariboia, no Maranhão, onde vivem índios isolados da etnia Awá. A operação, iniciada em 8 de agosto, tem a participação de 43 brigadistas indígenas. O fogo já atingiu cerca de 18% dos 413 mil hectares da TI.
Indígenas isolados do povo Awá foram avistados por brigadistas que combatem o fogo no interior da Terra Indígena (TI) Araribóia, no estado do Maranhão.
A Polícia Federal, em conjunto com o IBAMA e o Ministério Público, deflagrou nesta manhã (14/7) a Operação Hymenaea*, com o objetivo de combater grupo criminoso ligado à extração e à comercialização de grandes quantidades de madeira ilegal, provenientes da Terra Indígena Caru** e da Reserva Biológica do Gurupi.
Com o incêndio controlado, a Terra Indígena Araribóia (MA) recebe acompanhamento pela Funai por meio de um plano de apoio às comunidades indígenas. As ações, que já tiveram início, incluem a distribuição de cestas de alimentos para as famílias que perderam cultivos, o fomento para retomada de lavouras, o apoio à reconstrução de casas queimadas e a recuperação ambiental da terra indígena.
O incêndio que já transformou em cinzas mais de 30% de floresta amazônica integrada à Terra Indígena Arariboia (MA), área com 413 mil hectares, chegou aos grupos Awá-Guajá em situação de isolamento voluntário. Indígenas Guajajara integrantes da equipe de 200 brigadistas que combatem uma faixa de 100 km de fogo (foto, Ibama) encontraram vestígios dos Awá, como um tapiri, utensílios (flechas) e rastros, a poucos metros de focos de incêndio, num perímetro composto por cerca de 65 km da linha de fogo, e em áreas já devastadas pelas chamas. Mesmo que escapem do fogo, os Guajajara temem que os Awá isolados tenham dificuldades em se alimentar por conta da morte de animais, árvores frutíferas, colmeias e a inviabilização das fontes de água.
Você sabia que o povo mais ameaçado de extinção em todo o mundo vive no Brasil? São índios, alguns deles vivem isolados na Floresta Amazônica e jamais tinham feito contato com o homem branco. Agora, imagine o susto, a sensação de pavor desses índios, quando eles perceberam a presença de madeireiros invadindo o território deles, dando tiros, derrubando árvores. Só restou correr desesperadamente em busca de socorro.