O Centro Nacional de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (Prevfogo), do Ibama, atua há dez dias com 75 brigadistas para proteger florestas e povos indígenas ameaçados pelo fogo no norte do Maranhão. A estiagem prolongada elevou o risco de graves incêndios nas terras indígenas Alto Turiaçu, Awá e Caru.
Órgãos públicos que atuam na área do meio ambiente e organizações da sociedade civil farão parte de um comitê para monitoramento de queimadas. Nos próximos dias, o Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) deve encaminhar ofício às instituições para que indiquem representantes para compor o comitê. A medida foi anunciada ao final de audiência pública realizada no MPF na manhã de hoje (9) para discutir a prevenção e o controle de queimadas no Estado.
Com o incêndio controlado, a Terra Indígena Araribóia (MA) recebe acompanhamento pela Funai por meio de um plano de apoio às comunidades indígenas. As ações, que já tiveram início, incluem a distribuição de cestas de alimentos para as famílias que perderam cultivos, o fomento para retomada de lavouras, o apoio à reconstrução de casas queimadas e a recuperação ambiental da terra indígena.
Em entrevista exclusiva ao Mídia e Amazônia, a líder indígena Sonia Guajajara disse que o incêndio que consumiu mais de 200 mil hectares da Terra Indígena Arariboia começou há mais de três meses e poderia ter sido controlado se os pedidos de ajuda dos Guajajara tivessem sido atendidos de imediato.
Un incendio forestal en el estado de Maranhao devastó más de 220 mil hectáreas de bosque poniendo en grave peligro la vida de miles de indígenas, entre ellos un grupo de 80 nativos en aislamiento voluntario.
O incêndio na terra indígena Arariboia, no Maranhão, foi controlado nesta quarta-feira (28/10) por brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Ibama (Prevfogo). Cerca de 300 pessoas participam da Operação Awá, iniciada em 24 de setembro. De acordo com o chefe do Prevfogo, Gabriel Zacharias, 90% dos focos foram extintos e 10% estão cercados, sob controle. Com o apoio de 60 índios de três etnias, os brigadistas conseguiram impedir o avanço das chamas na direção das tribos Awá-Guajá, que vivem em isolamento voluntário na floresta. A área afetada é de 220 mil hectares, cerca de metade da reserva, mas a parte mais preservada da Arariboia não foi atingida. Continuar lendo Prevfogo controla incêndio na terra indígena Arariboia, no Maranhão
Com o objetivo de combater o incêndio na Terra Indígena Araribóia, no interior do Maranhão, a Funai descentralizou, essa semana, recursos na ordem de R$ 461 mil reais para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A verba será utilizada para locação de aeronaves para combater o fogo.
O incêndio que já transformou em cinzas mais de 30% de floresta amazônica integrada à Terra Indígena Arariboia (MA), área com 413 mil hectares, chegou aos grupos Awá-Guajá em situação de isolamento voluntário. Indígenas Guajajara integrantes da equipe de 200 brigadistas que combatem uma faixa de 100 km de fogo (foto, Ibama) encontraram vestígios dos Awá, como um tapiri, utensílios (flechas) e rastros, a poucos metros de focos de incêndio, num perímetro composto por cerca de 65 km da linha de fogo, e em áreas já devastadas pelas chamas. Mesmo que escapem do fogo, os Guajajara temem que os Awá isolados tenham dificuldades em se alimentar por conta da morte de animais, árvores frutíferas, colmeias e a inviabilização das fontes de água.
Convocados pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), lideranças indígenas do povo Guajajara protestaram hoje em frente ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O ato foi realizado para denunciar o descaso do governo diante dos incêndios em Terras Indígenas (TIs), principalmente na TI Arariboia, localizada no Maranhão, onde o fogo consumiu mais de 25% do território.
O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Carlos Guedes de Guedes, recebeu, nesta sexta-feira (09/10), no Ministério do Meio Ambiente (MMA), comissão de 15 índios, a maioria deles da tribo Guajajara. O grupo veio até Brasília solicitar ao governo federal uma ação coordenada e integrada para acabar com o incêndio que ocorre, desde 21 de setembro, na floresta da Terra Indígena Arariboia, no Sul do Maranhão.
Entenda por que Manaus amanheceu nesta quarta-feira (1) encoberta por forte fumaça. Veja resposta do pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Antônio Ocimar Manzi, Doutor em Física da Atmosfera e coordenador brasileiro do projeto teuto-brasileiro Observatório da Torre Alta na Amazônia (ATTO) e dos projetos em cooperação Brasil-Estados Unidos GOAmanzon.