Povos indígenas sentenciam o fim da Ferrogrão

Manaus (AM) – A construção da ferrovia EF-170, a Ferrogrão, foi condenada à extinção imediata em um tribunal popular e simbólico realizado no dia 4 de março, em Santarém (PA).

Foto: Divulgação MPI – Funai participa de Tribunal Popular com lideranças indígenas sobre a construção da Ferrogrão – Ecoamazônia (ecoamazonia.org.br)

Representantes dos povos indígenas Munduruku, Kayapó, Panará, Apiaká, Kumaruara, Tupinambá e Xavante, além de quilombolas, moradores de comunidades tradicionais, agricultores familiares, assentados e movimentos sociais da região do Tapajós e do Xingu, julgaram o empreendimento e seus financiadores, as multinacionais do agronegócio Cargill, Bunge, Louis Dreyfus e Amaggi, que foram ao banco dos réus por violações de direitos e impactos socioambientais causados nos territórios e nas populações que serão atravessados pela estrada de ferro.

“O tribunal popular é para mostrar para as empresas que nós povos indígenas estamos unidos pelas aldeias, pelas comunidades, pelos rios e pelas florestas. Queremos que todos os rios e a floresta sejam salvos, porque é deles que a gente tira o nosso sustento. Queremos que não seja poluído, por isso que essa união do povo aconteceu. A Ferrogrão pode trazer muita destruição para colocar plantação de soja no lugar, é isso que pode acontecer”, disse à Amazônia Real a liderança Mydjere Kayapó Mekrãgnotire, da Terra Indígena (TI) Baú, no Pará.

mobilização foi promovida pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Associação Indígena Pariri, Instituto Kabu, Movimento Tapajós Vivo (MTV), Comissão Pastoral da Terra (CPT), GT Infraestrutura e Justiça Socioambiental, Fase Amazônia, Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Amazon Watch e Stand Earth.

TEXTO NA ÍNTEGRA DISPONÍVL EM: AMAZÔNIA REAL– (ver galeria de fotos) 

Por Nicoly Ambrosio – Fonte: Povos indígenas condenam a Ferrogrão (amazoniareal.com.br) 

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