SBPC – Povos Tradicionais e Biodiversidade no Brasil

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) lançou, em 29 de abril de 2021, a obra “Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil – Contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças”.

Sob a coordenação de Manuela Carneiro da Cunha (USP e Univ. de Chicago), Sônia Barbosa Magalhães (UFPA) e Cristina Adams (USP), o projeto acrescentará a cada duas semanas um volume da publicação e uma vez por mês realizará um webinário para debater os estudos apresentados.

A sessão de lançamento será transmitida pelo canal da SBPC no YouTube, às 14h do dia 29 de abril de 2021. Na ocasião, será divulgada a seção 7 da publicação, “Gerar, cuidar e manter a diversidade biológica”. O tema será discutido no webinário de lançamento do projeto e contará com a presença de Laure Emperaire (IRD-PALOC), coordenadora do volume, Marivelton Barroso, presidente da Federação das Organizações Indígenas do rio Negro (FOIRN), Dauro Prado, caiçara da Juréia e ex-presidente da Associação dos Moradores da Jureia, Cristina Adams e Manuela Carneiro da Cunha.

Segundo as coordenadoras do projeto, o estudo compõe um acervo importantíssimo, não só para os tomadores de decisão, mas também para os povos tradicionais e cientistas de muitas áreas.

Trata-se de uma síntese das contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais no Brasil para a geração e conservação da biodiversidade além de outros serviços ecossistêmicos.

Bem como das políticas públicas que os afetam positiva ou negativamente e dos conflitos e ameaças a que estão sujeitos. A pesquisa traz ainda avaliações e recomendações de órgãos internacionais acerca de compromissos assumidos pelo Brasil também são repertoriados. “Também mostramos, com os mais recentes resultados da arqueologia, que a biodiversidade do Brasil é um legado dos povos que aqui viveram antes de Colombo”, acrescentam as coordenadoras.

Uma obra de tamanha extensão tem um elenco de colabores de peso. O estudo envolve pesquisas interculturais com povos indígenas (Kuikuro, Yanomami, Guarani M´bya, Guarani Kaiowá, Wajãpi, Tuyuka e Tukano do rio Negro, etc.), quilombolas do Trombetas e comunidades tradicionais (quebradeiras de côco babaçu, populações de fundos de pasto, vazanteiros, caiçaras da Juréia, geraizeiros), além de cientistas filiados a cerca de 15 universidades e de 10 Instituições de Pesquisa brasileiras e internacionais , Organizações Não Governamentais, bem como diversos órgãos públicos, como MPF, Funai, INCRA, IBGE e MMA.

O trabalho é resultado de uma encomenda do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), viabilizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), complementado pelo apoio de um doador que quis ficar anônimo e, ainda, com contribuição do BPBES, que publicou o Diagnóstico Brasileiro da Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos.

Dirigida a tomadores de decisão de todos os níveis, a obra segue as orientações da Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) “O objetivo é reunir e resumir o conhecimento atual referenciado por fontes acessíveis ao público”, enfatizam as coordenadoras do projeto.

Confira a estrutura básica da obra, dividida em 6 partes e 17 seções, cada uma com um número variável de capítulos: Povos tradicionais e biodiversidade no Brasil – Contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças – SBPC (sbpcnet.org.br) 

PUBLICADO POR: SBPC

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