Incêndio em Terra Indígena Alto Turiaçu, no Maranhão, afeta mais de quatro mil indígenas

MANAUS (AM) – Há mais de um mês, a Terra Indígena (TI) Alto Turiaçu, na Amazônia maranhense, é atingida por incêndios que se espalham por, pelo menos, quatro regiões do território. O fogo afeta mais de quatro mil indígenas dos povos Kayapó, Tembé, Awá-Guajá e Kaapor.

Território da Terra Indígena (TI) Alto Turiaçu (Reprodução/Google) – Republicação gratuita, desde que citada a fonte. AGÊNCIA CENARIUM

Nas redes sociais, perfis de entidades de representação indígena fazem apelo por providências. É o caso da Associação Ka’apor Ta Hury, que denunciou a falta de ajuda do poder público no combate às chamas, feito, em partes, por membros da comunidade.

“Estamos com quatro focos de incêndio, hoje, dentro da TI Alto Turiaçú. Tem fogo na região da aldeia Marato y Renda (povoado Boa Esperança – município de Araguanã), aldeia Ximbo renda – município de Maranhãozinho, aldeia Axingui renda – município de Centro do Guilherme e aldeia Capitão Myra – município de Nova Olinda”, diz comunicado da entidade.

Ainda de acordo com a associação, as chamas chegaram às aldeias Marato y Renda (em Araguanã), Ximbo (Maranhãozinho), Axingui Renda (Centro do Guilherme) e Capitão Myra (Nova Olinda). Ao todo, a área territorial compreende 531 mil hectares.

“Precisamos de um helicóptero para levar água, pois os locais dos incêndios são de difícil acesso. Não há ramal, não chega carro, moto, logo, não tem como levar grande quantidade de água. Nossos guerreiros guardiões já estão doentes, com gripe e diarreia. E acreditamos que é difícil apagar esse fogo com poucos homens a pé”, alerta a representação Kaapor.

Reforço 

Indígenas do “Guardiões da Floresta”, grupo de indígenas que protege a floresta contra invasores e são treinados para combater incêndios em áreas de mata, gravaram um vídeo para relatar as dificuldades no combate ao fogo e pediram colaboração do Governo do Maranhão.

Depois do apelo, agentes do Corpo de Bombeiros do Maranhão, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) foram encaminhados para o território indígena.

Editado por Jefferson Ramos – Revisado por Adriana Gonzaga – Adrisa De Góes – Da Agência Cenarium Amazônia – Agência Cenarium Amazônia (aamazonia.com.br) 

Relacionada: ‘Amazônia Maranhense’ em risco com avanço do desmatamento (revistacenarium.com.br) 

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