FUNAI cria grupo de Operações Especiais para proteção de reservas, afastamento de atores estrangeiros e narcoguerrilhas em áreas indígenas

DefesaNet apresenta o Programa de Operações Especiais de Proteção Etnoambiental e Territorial (PROEPET) da FUNAI

Postada em: DefesaNet

No dia 1º de fevereiro de 2022 de maneira discreta e sem muito alarde foi lançado no Diário Oficial da União (DOU) o Programa de Operações Especiais de Proteção Etnoambiental e Territorial (PROEPET), pela FUNAI.

O plano prevê o recrutamento e seleção de servidores da FUNAI interessados em integrar a equipe, que será responsável por receber, analisar e processar reclamações ou comunicações sobre emergências. O Departamento de Proteção Territorial (DPT) será responsável pelo planejamento das diversas fases do programa, implementação e coordenação do programa e disponibilização de recursos financeiros e orçamentários para a realização deste trabalho. O Comitê Administrativo e de Gestão (DAGES) funcionará como unidade organizacional de apoio e suporte às ações de responsabilidade do DPT.

As emergências consideradas pelo PROEPET incluem o enfrentamento de desastres públicos e seus efeitos; desastres e emergências ambientais em terras ocupadas por povos indígenas; emergências de saúde pública, que se referem às ações de implantação de barreiras sanitárias protetoras em áreas indígenas e outras situações de conflito entre terras, territórios e etnias e a implementação de planos de contingência para situações de contato.

O projeto piloto do programa conta com a participação avançada e assessoria técnica de profissionais formados na Marinha do Brasil e no Exército Brasileiro, qualificados no Curso Especial de Comandos Anfíbios e no Curso de Forças Especiais, ambos os cursos destinados para ações de guerra assimétrica e ações militares estratégicas.

NECESSIDADE TARDIA E URGENTE

Atualmente o número de ONGs estrangeiras na Amazônia brasileira ultrapassam a casa de 15,9 mil, com muitas patrocinadas por Estados estrangeiros com interesses e motivos diversos na Amazônia, o número é liderado por instituições estadunidenses, canadenses e europeias.

No ano de 2009, na gestão Lula, uma instituição religiosa fantoche criada pelo Reino Unido com agentes de Operações Especiais do Secret Intelligence Service (SIS) fixaram-se no Brasil no município de Uiramutã (Roraima) por duas semanas, com o objetivo de realizar a extração de amostras de diamante, ouro e sementes exclusivas daquela região.

Durante a estadia, recrutaram – por meio de pagamentos em espécie – membros de etnias indígenas Macuxi, Wai-Wai, Taurepang e Patamona, inclusive os ensinando o básico da língua inglesa, e até os fizeram aplicar cultos religiosos em inglês, como parte da história de fundo. Abaixo um dos poucos materiais públicos deste dia:

Um indígena pregando o evangelho, EM INGLÊS. Era uma ASSEMBLEIA DOS EVANGÉLICOS SEM FRONTEIRAS, que durou uma semana. O local era uma antiga pista de pouso, a 2km da comunidade de Agua Fria, município de Uiramutã – RR. Reuniu muitas etnias, tais como: Macuxi, Wapixana, Wai-Wai,Taurepang e Patamona.

Ao final da operação clandestina voaram de uma pista improvisada, aberta pelos próprios índios 25 dias antes da operação, dentro da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, e com uma aeronave Cessna 210 Centurion decolaram rumo a cidade de Georgetown, capital da Guiana, onde foram extraídos por um navio de turismo de bandeira italiana.

Além da ameaça de interferências estrangeiras provenientes e patrocinadas por centros de inteligência extra regionais, que se instalam no Brasil através de modos diversos – como ONGs e instituições filantrópicas– para a coleta de informações, mapeamento de áreas minerais, biopirataria, reconhecimento e estudos das logísticas militares e da infraestrutura industrial do Brasil na região, à também as ameaças multiespectrais de narcoguerrilhas.

Na faixa de fronteira entre o Brasil e Peru, mais precisamente na região abrange a administração da Coordenação Regional Alto Purus (Acre), e que contém os povos indígenas das etnias Apurinã, Jamamadi, Kaxarari, Manchineri, Jaminawa, Madija (Kulina) e Huni Kuin (Kaxinawá), que somados ultrapassam o número de 10 mil índios, sofrem com incursões e investidas de guerrilhas peruanas – em especial o Sendero Luminoso, MPCP e MOVADEF – que adentram o território brasileiro e realizam o aliciamento das etnias que vivem na faixa de fronteira e/ou que vivem em tráfego pêndulo entre ambos os países, forçando-os ao plantio de coca, tráfico de drogas, armas e munições, e recrutamento para serviço guerrilheiro contra forças do governo brasileiro e peruano.

A situação envolvendo os indígenas viventes em áreas remotas com presença de guerrilhas estrangeiras não é recente, e remonta ao final dos anos 90, com incursões em solo brasileiro também sendo executadas no ano de 2012, na gestão Dilma Rousseff, que nada fez para solucionar, impedir ou amenizar a situação, transparecendo conivência com as ações ocorridas.

Pela primeira vez desde a criação da FUNAI, com seus quase 65 anos de existência, essa inciativa tardia, mas muito bem-vinda será aplicada, entregando pela primeira vez a FUNAI o poder fundamental de policiar, expulsar e aplicar a força quando, e se necessário a invasores que ameacem com instabilidade política, biológica e antropológica de suas áreas de jurisdição, gerando velocidade nas ações, e desafogando a já imensa carga das polícias estaduais, federais e Forças Armadas.

A ação essa iniciada pela FUNAI, é realidade em outros países que possuem povos originários que vivem em isolamento total e/ou parcial, os exemplos mais notórios são a Rússia, Cazaquistão, Turquia, Mongólia e China, que empregam destacamentos com capacidades de Ações Diretas e Reconhecimento dentro dos seus órgãos de fiscalização e gerenciamento homólogos a FUNAI, provendo as necessidades desses povos que vivem em regiões longínquas e de difícil acesso, e repelindo a interferência de grupos terroristas e células de inteligências estrangeiras.

NOTA:

Até o fechamento dessa matéria, segundo fontes seguras do Senado Federal, após a anunciada criação do PROEPET, o navio ´´MV Esperanza´´ de 72,3 metros e com capacidade de alocar 33 pessoas, 1 helicóptero, 2 barcos infláveis de casco rígido e 1 ROV (com capacidade de 300 metros), da organização ambientalista Greenpeace, e que estaria com previsões de adentrar ao Brasil e trafegar pelos rios da Amazônia passando por inúmeras comunidades indígenas e áreas ricas em recursos minerais, tomou a decisão de abortar o planejamento da viagem, até segunda ordem.

Redação  DefesaNet
PUBLICADO POR:   DEFESANET             

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