A Terceira Margem – Parte CCLXXIV

Expedição Centenária Roosevelt-Rondon  2ª Parte – XIV

Estrutura da Maloca Grande.

Roquette-Pinto e os Paresí I 

Os índios Paresí que ali encontramos pareceram muitíssimo interessantes. Eram na aparência um povo de inusitada alegria, bom humor e índole branda. […] O Coronel foi recebido como um grande amigo estimado e um Chefe digno de obediência e respeito. (ROOSEVELT)

Nosso contato com os amigos Paresí foi o mais agradável possível. Fomos recebidos com extrema cortesia e invariavelmente cada Cacique nos recebeu formal e devidamente paramentado e nós, em contrapartida, ritualisticamente apresentávamos à comunidade os objetivos da nossa Expedição. A hospitalidade desinteressada dos Paresí fez-me lembrar de meus queridos amigos Tikuna do Alto Solimões, nenhuma taxa ou pedágio foi cobrada quando passamos por suas terras ou ocupamos suas moradas mostrando a altivez de um povo que preserva sua identidade, cultua valores perenes e respeita hoje, como ontem, a figura lendária do Marechal da Paz.

O trabalho do grande antropólogo brasileiro Edgard Roquette-Pinto deveria dispensar apresentações, mas como infelizmente a grande maioria dos brasileiros prefere ler o que reportam os antropólogos estrangeiros a respeito de nossos íncolas façamos uma breve consideração sobre o mesmo.

Vejamos, por exemplo, os comentários que Gilberto Freyre faz respeito do livro “Rondônia” em que Freyre, reconhecidamente um crítico mordaz no julgamento das teses seus colegas, enaltece a exuberante escrita de “Rondônia” e a “segura base científica” de Roquette. Igualmente no seu livro “Ordem e Progresso”, Gilberto Freyre fez treze citações elogiosas ao trabalho do autor de “Rondônia”.

Em 1946, a “Rádio 94 FM, a Rádio do Rio ‒ 94,1”, do Rio de Janeiro, passou a denominar-se Rádio Roquette-Pinto, homenageando seu fundador e idealizador.

Roquette-Pinto e Crianças Nambiquara,

No site desta mesma Rádio encontramos a seguinte sinopse a respeito do ilustre brasileiro:

Médico, antropólogo e educador brasileiro, filho de Manuel Menélio Pinto e Josefina Roquette-Pinto Carneiro de Mendonça, nascido no Rio de Janeiro, no Bairro de Botafogo, em 25.09.1884, Roquette-Pinto foi o precursor da radiodifusão brasileira, sempre com o objetivo de difundir cultura e educação. Graduou-se em Medicina, com especialização em Medicina Geral, mas logo rumou para a Antropologia, sendo nomeado Professor assistente de Antropologia do Museu Histórico Nacional em 1906.

Conheceu então uma das figuras mais marcantes para sua biografia e para a História do Brasil, o Tenente Coronel Cândido Mariano da Silva Rondon. Roquette-Pinto acompanhou Rondon em uma de suas expedições à Serra do Norte, tendo contato com os índios Nambiquaras e pioneiramente filmando uma civilização que ainda vivia na pré-história em plena alvorada do século XX.

Filmava e tomava apontamentos a todo instante em seus cadernos de viagem. Nessa Expedição ‒ e em toda a sua vida ‒ foi etnógrafo, sociólogo, geógrafo, arqueólogo, botânico, zoólogo, linguista, farmacêutico, legista, fotógrafo, cineasta e folclorista.

Com todas as experiências e anotações que trouxe na bagagem, Roquette-Pinto passou os quatro anos seguintes escrevendo um dos marcos da Etnografia brasileira, o livro “Rondônia”, que o levaria posteriormente à Academia Brasileira de Letras.

Relatos Pretéritos: Povo Paresí 

Edgard Roquette-Pinto (1912) 

VI 

Os Paresí que examinamos achavam-se em Aldeia Queimada, em Utiariti e no Timalatiá; naquele lugar, estavam localizados os dos grupos Kozarini e Kaxiniti do Rio Verde e das cabeceiras do Juba, do Cabaçal, do Jauru e do Guaporé. Em Utiariti e no Salto do Timalatiá viviam os do grupo Uaimaré. Todavia, em Aldeia Queimada pudemos trabalhar com índios deste grupo: Utiariti, em 1912, era, pelos esforços do Tenente Emanuel do Amarante, um grande centro Paresí. A antiga povoação incendiada ia renascendo em novo molde.

Pele – de cor amarelo-cúprica, escura nos Kozarinis; amarelo-claro nos Uaimarés. Lisa, ou pouco enrugada. Sistema glandular cutâneo pouco desenvolvido. […]

O número de crianças, entre eles, é grande; nossos documentos fotográficos provam-no sobejamente. As mulheres amamentam os filhos até idade relativamente avançada. Não tive notícia de nenhum caso de degeneração física ou psíquica; nenhuma doença nervosa, nenhum mal venéreo. Paludismo crônico em muitos índios; bronquites e inflamações das vias aéreas superiores mui frequentes, tributo pago à poeira do Chapadão. O número de indivíduos de idade avançada pareceu-me restrito; algumas velhas e poucos velhos. […]

Paresí não é nome nacional; a si mesmo, eles se denominam Ariti e só usam daquele apelativo quando estão conosco. A tribo acha-se dividida em grupos, que falam a mesma língua e têm os mesmos hábitos. As informações que hoje possuímos acerca desta nação precisam bem a existência de três núcleos aritis: Uaimarés, Kaxinitis e Kozarinis. Os Kozarinis são também denominados, pelos outros, Kabixis. Mas esse nome é apenas alcunha pejorativa; os verdadeiros Kabixis são índios da Serra do Norte, que descem para o vale do Guaporé, chegando à cidade de Mato Grosso, onde cometem depredações. Toda a tribo vive espalhada pelas cabeceiras dos tributários do Paraguai, do Juruena, do Guaporé, e no planalto do seu nome; o chapadão triste, arenoso e inóspito é a Pátria Paresí. Há cerca de 200 anos vive a velha nação em contato com os brancos; quase todos os seus filhos falam, ou entendem, nossa língua. Cada aldeia é sujeita à jurisdição de um Chefe temporal [Amuri] e outro espiritual [Utiariti]. Em alguns casos o mesmo indivíduo desempenha ambas as funções; é Chefe e sacerdote. Um Chefe geral dos Paresí não existe. Há, porém, alguns Amuris influentes em larga zona; Matias Toloiri, guia e amigo do Coronel Rondon, tinha prestígio mui dilatado entre os da tribo.

O Amuri é sempre obedecido; o Utiariti, sempre respeitado. Sacerdote e médico, o Utiariti vai perdendo muito do seu antigo prestígio, à medida que mais intimamente se vão estabelecendo as relações dos índios com os civilizados. A ele, no entanto, cabe guardar na memória as lendas do povo, algumas das quais, colhidas pelo Coronel Rondon, vão transcritas mais além; ele é quem pratica uma espécie de batismo, cerimônia de apresentação social, que celebram os Paresí; realiza uma sorte de casamento, com ritual bem determinado; corta o pau Iôhôhô, interessante fetiche até agora não descrito; dá início aos cânticos, religiosos ou não: guarda as flautas sagradas [Jararacas].

Atualmente não existe ritual pra a consagração sacerdotal; o futuro Utiariti instrui-se nas canções e nas lendas, assim como nos processos terapêuticos, à medida que vai crescendo, mercê principalmente da sua inteligência. A idade do candidato não parece influir para sua escolha; Luiz Cintra, Amuri do Rio Verde, não tinha mais de 30 anos.

A família, entre eles, é poligâmica, embora muitos homens já se contentem com uma esposa. Sukiú-Azaré, índio do Jauru, tinha três mulheres. Casam-se jovens; alguns criam meninas, desde tenra idade para desposá-las quando atingirem à puberdade, aos 12 anos. Tratam as mulheres com certo desprezo; em Aldeia Queimada, apesar dos conselhos que recebiam em contrário, só consentiam que elas comessem, quando já estavam absolutamente saciados. Segregam-nas das cerimônias do seu culto; escondem dos seus olhares os instrumentos sagrados da tribo, afirmando que morre a mulher que os vê; não lhes permitem dançar e cantar em sua companhia.

Elas se ocupam em trabalhos de toda sorte: socam o milho, plantam, fiam, lavam a roupa, cozinham, tratam dos filhos. Em geral, são garridas. Pentes e cosméticos são dos mais apreciados presentes que se possam fazer à índia Paresí.

Homens e mulheres andam vestidos; mas, nas horas de calor, é frequente despirem a roupa e envergarem o Imití de algodão, espécie de cinta que será descrita adiante. Não dispensam pulseiras de algodão e perneiras de borracha de mangabeira; mas seus enfeites de penas já pertencem ao passado. Gostam do vidrilho. Em sinal de contentamento, as índias se pintam com urucu, pontilhando a face e o corpo. Certo vestuário, que as mulheres confeccionam com pano obtido dos civilizados, é característico: espécie de saiote passado acima dos seios.

As armas de que usam são as nossas. Atiram bem. Há, porém, um caso especial, híbrido, que consiste no emprego simultâneo de velho escudo venatório, tradicional, feito de folhagens, e dos fuzis modernos de repetição. Escondidos por esse anteparo de verdura, caçam, a tiro, ema, veado, sariema ([1]). Por meio do fogo costumam também matar algumas espécies: ateiam labaredas no cerrado, de maneira a rodear certa área; quando a caça foge às chamas, atacam-na.

Constroem casas grandes, com teto diedro, cobertas de palmas, munidas de portas pequenas. Trinta, quarenta e mais pessoas dormem numa palhoça. Ao centro, um esteio alto e forte. À noite armam redes, em raio, desse esteio para os caibros laterais; entre uma rede e outra, pequena fogueira, cujo clarão enrubesce o interior da cabana.

Kêtêrôkô é nome Paresí de Aldeia Queimada. Ao lado das casas da Comissão Rondon, os índios levantaram sua grande palhoça; lá trabalham as mulheres e vão dormir os homens que prestam algum serviço à linha telegráfica. Nosso tropeiro Antônio Paresí, Iamalurê ‒ para seus patrícios, não pôde resistir à tentação: dormiu com sua gente. Fomos, alta noite, visitar a cabana; entramos sub-repticiamente e ficamos a um canto. A luz das fogueiras, subindo por entre as macas, trançadas de linhas vermelhas ou amarelas, iluminava os corpos nus, estendidos transversalmente. Numa rede, uma família inteira ressonava: pai, mãe e dois filhos, todos muito abraçados. Mais além, uma criança choramingava, ao lado de uma índia moça que a balouçava nos braços, cantando:

–   Ená-môkôcê-cê-maká

–   Ená-môkôcê-ce-maká [Menino dorme na rede…]

E se a criança é de sexo feminino cantam:

–   Uirô-môkôcê cê-maká [Menina dorme na rede…]

O Iôhôhô é fetiche que os Paresí ainda conservam muito escondido. Nada mais que uma vara nodosa, guardada religiosamente, a título de amuleto protetor, durante anos e anos. Quando muito velha, e carcomida pelos insetos, queimam-na e cortam outra; mas a procura de um novo Iôhôhô é acompanhada de certas cerimônias. Enquanto o buscam na mata, e durante o trajeto até a aldeia, o Utiariti e mais um companheiro vão cantando sempre, em voz muito alta, monotonamente, duas notas em som filado. A esse duo chamam grito do Nokauixitá; as mulheres não o devem ouvir.

Para satisfazer ao meu pedido, Luiz Cintra promoveu um grande kaulonená, onde se celebrou a morte de um veado, bebendo oloniti ([2]). À noite recolheram as mulheres à choupana e vieram, diante do nosso rancho, armados de jararacas ([3]), cantar e dançar festejando a caçada, ao redor de uma grande cabaça onde jazia, em postas, um cervo moqueado. E, assim, consegui apanhar no fonógrafo a música das principais cantigas Paresí: Ualalôcê, Teirú, Ceiritá etc. O Ualalôcê narra episódio da vida da índia Kamalalô. Indo passear à floresta viu um homem trepado num pé de tarumã; supondo que fosse um índio, disse-lhe:

–   Ariti, dá-me uma fruta de tarumã? ([4]).

E o homem respondeu:

–   Kamalalô pensa que eu sou Ariti. Eu sou pai do mato…

O Teirú celebra a morte do cacique de Uaiuazarê-uaitekô, assassinado acidentalmente por Zalôkarê. Tahãrê-kalôrê, que presenciou o fato, compôs o Teirú para comemorá-lo. O Iatokê celebra o Salto do Rio Juruena, que os Paresí, numa antiga luta, conquistaram aos Uaikoakorê. Kamáizokolá é o nome do referido salto:

–   Meu nome é Kamáizokolá.

–   Eu sou o mesmo Ualokoná.

–   Meu nome é Kamáizokolá.

–   Nenhum homem poderá banhar-se aqui.

–   Eu sou Kamáizokolá.

–   Este Rio bom é o maior de todos.

–   Meu nome é Kamáizokolá.

Três lendas, que o Coronel Rondon colhera, alguns anos antes, foram igualmente registradas em cilindros fonográficos; infelizmente, esse material danificou-se durante a viagem. Vale a pena transcrever, todavia, o argumento das novelas, que apresentam alto valor etnográfico.

Lenda do Milho  

Um grande Chefe Paresí, dos primeiros tempos da tribo, Ainotarê, sentindo que a morte se aproximava, chamou seu filho Kaleitôê, e lhe ordenou que o enterrasse no meio da roça, assim que seus dias terminassem. Avisou que, três dias depois da inumação, brotaria de sua cova uma planta que algum tempo depois rebentaria em sementes. Disse que as não comessem; guardassem-nas para a replanta, e a tribo ganharia um recurso precioso. Assim se fez; e o milho apareceu entre eles.

Lenda da Mandioca  

Zatiamáre e sua mulher, Kôkôtêrô tiveram um casal de filhos: um menino, Zôkôôiê, e uma menina, Atiôlô. O pai amava o filho e desprezava a filha. Se ela o chamava, ele lhe respondia por meio de assobios, nunca lhe dirigia a palavra. Desgostosa, Atiôlô pediu à sua mãe que a enterrasse viva, visto como assim seria útil aos seus.

Depois de longa resistência ao estranho desejo, Kôkôtêrô acabou cedendo aos rogos da filha, e enterrou-a no meio do cerrado, onde ela não pôde resistir, por causa do calor; rogou que a levasse para o campo, em que também não se sentiu bem. Mais uma vez suplicou a Kôkôtêrô que a mudasse para outra cova, aberta na mata; e aí achou-se à vontade. Então, pediu à sua mãe que se retirasse, recomendando-lhe não volvesse os olhos quando ela gritasse. Depois de muito tempo gritou; Kôkôtêrô voltou-se, rapidamente. Viu, no lugar em que enterrara a filha, um arbusto muito alto, que logo se tornou rasteiro assim que ela se aproximou. Tratou da. Limpou o solo. A plantinha foi se mostrando cada vez mais viçosa. Mais tarde, Kôkôtêrô arrancou do solo a raiz da planta: era a mandioca. O casal chamou-a: Ojakôrê; os Paresí depois deram-lhe o nome de Kêtê.

A língua desses índios acha-se hoje documentada em léxico abundante, que Rondon enriqueceu prodigiosamente nos últimos 8 anos, durante os quais tem sido a pessoa mais influente do meio Paresí. Soma considerável de pequenos textos, conseguidos no convívio de muitos meses com alguns índios inteligentes, permitiu-lhe reunir material linguístico de primeira ordem, publicado há pouco, em anexo, no grande relatório geral dos seus trabalhos realizados em Mato Grosso, de 1907 até agora.

Existe grande dificuldade para boa tradução dos textos. Os índios dão o significado dos vocábulos com bastante precisão; mas o valor das frases sofre, consideravelmente, na versão que efetuam, a pedido, do Paresí para o português. Aparecem, continuamente, termos, palavras, radicais, que eles mesmos não sabem dizer donde vieram, todas as vezes que se manda um Paresí traduzir uma frase brasileira para seu idioma.

Para conseguir destacar pronomes pessoais, escolhi pequenas locuções brasileiras que fiz traduzir por diversos índios, comparando. O resultado foi o seguinte, que transcrevo do meu caderno, tal qual:

–   Eu estou com fome ‒ Nônatitá.

–   Você está com fome ‒ Hinatitá.

–   Nós estamos com fome ‒ Uinatitá.

–   Eles estão com fome ‒ Natiáhitá. […]

Os Aritis acham-se em adiantado grau de diferenciação cultural; mormente os do distrito de Diamantino, por onde passa a linha telegráfica, exatamente aqueles que foram examinados em 1888, por von den Steinen. Naquele tempo, segundo diz o notável etnólogo, faziam comércio de fumo torcido e aromatizado com urubamba, peneiras, redes, penas, mandioca, algodão, cará [Dioscorea sp.], batatas, ipeca, com as populações de São Luiz de Cáceres e Diamantino. A rede dos Paresí era de algodão e as dos chamados Kabixi [Paresí-Kozárini] eram de tucum. As ligas de borracha de mangabeira eram reservadas para as mulheres; usavam os homens ligas de algodão. Tatuavam-se nos braços e nas coxas, desenhando arcos, com tinta de jenipapo, por meio de um espinho de gravatá. Usavam um protetor genital: daiha-sö. Seus trançados eram semelhantes aos dos Aruaque, das Guianas. Hoje, a influência dos tecidos civilizados é manifesta nas obras Paresí.

Redes, tecidos e vasos eram fabricados pelas mulheres; os homens trabalhavam em peneiras e trançados.

As mulheres plantavam nas derrubadas, à maneira do que se faz entre os nossos sertanejos, quando toda a família toma parte no serviço. Já naquele ano eram monógamos. Por ocasião do nascimento de uma criança, ambos os progenitores jejuavam, até a queda do cordão umbilical. Aos 3 anos era o pequeno batizado, recebendo o nome de um dos avós.

Os mortos inumavam-se dentro de casa, posta a cabeça para o lado de Leste. Durante os seis primeiros dias depois do falecimento, os parentes próximos jejuavam também. Acreditavam, então, que, se o morto não ressuscitasse, depois desse período, é que tinha conseguido entrar no céu. No sétimo dia bebiam o sumo do kaiterú, misturado com urucu, no meio de grandes e solenes festas. Então, como agora, o Utiariti era o padre-médico; soprava fumaça sobre os enfermos, para afastar a doença, ensinava aos jovens que lhe deviam suceder naquele mister. Da sua teogonia pouco resta. Em 1888, acreditavam que o Sol era uma coroa de penas vermelhas, pertencente a Molihuturé, espécie de Apolo Paresí… O astro só aparecia pelo consentimento do seu proprietário. A lua era uma coroa de penas de mutum-pinima, de que era dono Kaimaré. Suas fases explicavam-se por um processo de que há certas reminiscências ainda hoje: animais diversos ocultam ora parte, ora toda a superfície do planeta. (ROQUETTE-PINTO)

Por Hiram Reis e Silva (*), Bagé, 05.08.2021 – um Canoeiro eternamente em busca da Terceira Margem.

Filmetes  

Bibliografia 

ROQUETTE-PINTO, Edgard. Rondônia ‒ Brasil ‒ Rio, RJ ‒ Companhia Editora Nacional, 1938.

(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;

  • Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
  • Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) (2000 a 2012);
  • Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
  • Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
  • Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
  • Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
  • Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
  • Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
  • Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
  • Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
  • Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
  • Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
  • Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
  • E-mail: hiramrsilva@gmail.com.

[1]    Sariema: seriema – Microdactylus cristatus.

[2]    Oloniti: aguardente feita de milho.

[3]    Jararacas: as flautas sagradas.

[4]    Tarumã: Vitex sp.

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