“Os Povos Indígenas em proteção a suas terras e ao seu conhecimento muito contribuem para a conservação e aplicabilidade dos recursos genéticos. Enquanto órgão indigenista, a Funai, defende a proteção destes conhecimentos tradicionais e o uso de maneira sustentável”, disse o assessor da presidência da Funai, Cleilson Gadelha Queiroz, durante a abertura da 2ª Feira Nacional de Guardiões da Agrobiodiversidade, em Fortaleza-CE.
![](https://www.ecoamazonia.org.br/wp-content/uploads/2018/11/thumb_23_11_2018_153122_fortaleza20nova.jpg)
![Ao microfone, o assessor da presidência da Funai, Cleilson Gadelha durante o evento de abertura da Feira (foto: acervo Funai) fortaleza a ed](https://www.funai.gov.br/arquivos/conteudo/ascom/2018/11-nov/fortaleza%20a%20ed.jpg)
Ao microfone, o assessor da presidência da Funai, Cleilson Gadelha durante o evento de abertura da Feira (foto: acervo Funai)
Gadelha comentou sobre a renovação do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre a Funai e a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária: “com vigência para os próximos cinco anos, por meio desse acordo vamos poder atuar para proteger a biodiversidade, a natureza e os povos indígenas. E contribuir na promoção do etnodesenvolvimento entre os guardiões da natureza, que são as comunidades tradicionais”.
“A comunidade acadêmica reconhece que o conhecimento tradicional se complementa ao conhecimento científico formal”, disse o assessor da Funai ao explicar que em breve o ACT estará vigente. Conforme ele explicou, este Acordo pretende retomar:
– o crescimento das ações da Embrapa em pesquisas em Terras Indígenas, onde existem cerca de 37 projetos em andamento atualmente, os quais a Funai irá acompanhar e apoiar;
– o incremento de novas linhas de pesquisa nas Terras Indígenas;
– o diálogo em torno de procedimentos que garantam o bom andamento das pesquisas, aliados à defesa dos recursos genéticos e do conhecimento tradicional associado.
![Povo Tremembé da Barra do Mundaú em apresentação de ritual (foto: acervo Funai) fortaleza b ed](https://www.funai.gov.br/arquivos/conteudo/ascom/2018/11-nov/fortaleza%20b%20ed.jpg)
Povo Tremembé da Barra do Mundaú em apresentação de ritual (foto: acervo Funai)
Gadelha fez a ressalva de que “estes protocolos de pesquisa deverão também levar em consideração qual o uso que os povos indígenas desejam dar aos recursos genéticos tradicionais. Existe interesse desses povos em recuperar, multiplicar e conservar recursos genéticos em seus territórios, promovendo o resgate de recursos perdidos ou quase perdidos, mas que ainda existem nos bancos (coleções) da Embrapa”, concluiu ele.
Parcerias
O debate promovido entre os órgãos públicos visa tornar efetivos os projetos que promovam o resgate, a conservação e a circulação dos recursos genéticos nas comunidades indígenas. Realizada entre os dias 7 e 9 de novembro, a Feira fez parte do 5º Congresso Brasileiro de Recursos Genéticos. Este evento é resultado da parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Sociedade Brasileira de Recursos Genéticos (SBRG) com apoio das seguintes entidades públicas:
– Fundação Nacional do Índio;
– Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes);
– Universidade Federal do Ceará;
– Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab);
– Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF);
– Ministério do Desenvolvimento Social (MDS); e
– Banco do Nordeste.
Assessoria de Comunicação Social/Funai