Entre os dias 22 e 26 de maio de 2023, foi realizado o plantio de uma lavoura mecanizada de arroz em uma área de 25 hectares na Terra Indígena Marãiwatsédé, localizada em uma área de 165.000 hectares. Essa iniciativa tem como objetivo fornecer alimento para a comunidade indígena Xavante, composta por 206 famílias distribuídas em 14 aldeias na região.
A iniciativa traz benefícios tanto para os indígenas quanto para a sociedade em geral. A produção de alimentos contribui para a alimentação das famílias indígenas, reduzindo a dependência de alimentos industrializados. Além disso, promove a sustentabilidade alimentar da comunidade Xavante.
Além do plantio de arroz, também foram cultivados cinco hectares de milho verde, de acordo com as necessidades da comunidade. A produção total de arroz alcançou 1.300 sacas, contribuindo para a alimentação das famílias indígenas contempladas.
A ação foi promovida pela Coordenação Regional de Ribeirão Cascalheira, com apoio orçamentário e financeiro da Coordenação Geral de Promoção ao Etnodesenvolvimento (CGETNO), em parceria com a Prefeitura Municipal de Alto Boa Vista-MT. A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (EMPAER) também ofereceu apoio técnico, enquanto os próprios indígenas participaram do preparo do solo, plantio e colheita.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), por meio da CGETNO, desempenhou um papel fundamental na iniciativa, fornecendo recursos para a aquisição de insumos agrícolas, como calcário, adubo químico NPK, sementes e combustível. O investimento total da Funai foi de aproximadamente 105,3 mil reais.
No total, 1.200 indígenas pertencentes à etnia Xavante e 216 famílias foram beneficiados com a ação. As aldeias de Marãiwatsédé, Aopa, Uboönhôu, Etetsimarã, Etewawê, Tsuprasi´ute, Cristo Rei, Mo´ônipa, Pedaré, Êtetsiri, Madzabdzé, Tsiba´adzatsi, Iteró e Urubdzau foram contempladas com a produção agrícola.
O coordenador Técnico Local da Funai de Alto Boa Vista, Denivaldo Roberto da Rocha, destacou a importância desse projeto para garantir o sustento alimentar dos indígenas. “Nós nos preocupamos em contribuir para o sustento alimentar aos indígenas, em razão da Terra Indígena Marãiwatsédé hoje encontrar-se com mais de 70% do seu território desmatado e transformado em pastagem para criação de gado, deixado pelos antigos moradores (posseiros), não existindo caça, pesca e frutos silvestres, tornando a produção de alimentos uma alternativa essencial para a comunidade indígena”, afirmou.
A ação terá continuidade no próximo ano, com a introdução de outras culturas, como cará, inhame, mandioca, abóbora, melancia, amendoim, milho Xavante e feijão. Está previsto o cultivo dessas culturas em uma área total de 100 hectares.
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Assessoria de Comunicação/Funai – Plantio de lavoura mecanizada de arroz beneficia comunidade indígena Xavante na Terra Indígena Maraiwatsede — Fundação Nacional dos Povos Indígenas (www.gov.br)
