Produção de ouro com indícios de ilegalidade aumenta 25% em um ano

Pesquisa do Instituto Escolhas revela novo recorde com volume superior a 50 toneladas

Postada em: Instituto Escolhas

Em 2021, o Brasil registrou 52,8 toneladas de ouro com graves indícios de ilegalidade, o que equivale a 54% da produção nacional. O montante é 25% maior do que o verificado em 2020, como mostra o levantamento realizado pelo Instituto Escolhas, divulgado nesta quinta-feira (06/10). A análise usou como base dados da Agência Nacional de Mineração e da Coleção 7 do projeto Mapbiomas, lançada no mês passado.

Apresentado em formato onepage, o levantamento do Escolhas traz um detalhamento sobre as origens do ouro com indícios de ilegalidade, sendo que a maior fatia corresponde ao ouro que veio de áreas onde há indícios de extração para além dos limites permitidos.

“São dois pontos de atenção: primeiro, claro, o aumento expressivo do ouro com indícios de ilegalidade, que evidencia a falta de controle e de ações para coibir a extração de ouro ilegal nos últimos meses. E, em segundo lugar, o fato de que quase dois terços desse ouro vieram da Amazônia. Ou seja, 32 toneladas do metal saíram daquela região com alguma indicação de irregularidade”, afirma Larissa Rodrigues, gerente de Portfólio do Instituto Escolhas.

Rodrigues reforça que a ausência de um sistema de rastreabilidade de origem para a cadeia do ouro favorece cada vez mais a ilegalidade, aumentando o impacto da extração ilegal no bioma amazônico e na vida das populações da floresta. “Por tudo isso, o Escolhas tem insistido na importância dos Projetos de Lei 2159/2022 e 836/2021, que estabelecem controles sobre a comercialização do ouro, da extração até as exportações”, reforça.

Para atualização dos dados, o Escolhas usou a mesma metodologia do estudo Raio X do Ouro: mais de 200 toneladas podem ser ilegais”, lançado em fevereiro deste ano. O estudo revelou que   229 toneladas de ouro com indícios de ilegalidade foram comercializadas no país entre 2015 e 2020.

Confira a nova onepage.

PUBLICADO POR: INSTITUTO ESCOLHAS  

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