Especialista dos EUA ministra curso no Inpa sobre ecologia, biogeografia e filogenia de família da castanha

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), por meio do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) e em parceria com o Centro de Estudos Integrados da Biodiversidade Amazônica (CENBAM), recebe nos dias 11 e 12 de fevereiro o pesquisador e taxonomista de angiospermas (plantas com flores) e especialista em Lecythidaceae, Dr. Scott Mori, do Jardim Botânico de Nova Iorque (EUA) para ministrar o curso “Ecologia, Biogeografia e Filogenia de Lecythidaceae”. Lecythidaceae é a família da castanha do Brasil (Bertholletia excelsa Bonpl.), bola de canhão (Couroupita guianensis Aubl.) e sapucaias (Lecythis sp.).  

O curso é destinado a pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação e tem como objetivo capacitar os alunos para coletar e identificar as amostras da família Lecythidaceae, além de apresentar a diversidade, a importância e as potencialidades dessa família botânica. As aulas teóricas e práticas serão desenvolvidas no Campus III do Inpa, localizado na Av. da Lua, no conjunto Morada do Sol, e na Reserva Florestal Adolpho Ducke, localizada no Km 26 da estrada Manaus-Itacoatiara (AM-010).

Para o pesquisador do Inpa William Magnusson e coordenador do PPBio Amazônia Ocidental o curso é de grande importância para estudos sobre a biodiversidade. “A família Lecithydaceae contém grande proporção das espécies de árvores da floresta, especialmente na região de Manaus, e sua identificação é importante para estudos sobre a biodiversidade e manejo florestal. No entanto, a identificação pode ser difícil, especialmente quando a árvore não está florindo ou frutificando, e o auxílio de um especialista de renome, como Scott Mori, é essencial para a tomada de decisões sobre a identidade das espécies”, disse Magnusson.

O Dr. Scott Mori realiza estudos sobre angiospermas concentrando-os na taxonomia e ecologia de árvores das terras baixas da Região Neotropical. O pesquisador está especialmente interessado na coevolução entre as plantas e seus polinizadores e dispersores de sementes. Para investigar essas relações, ele foca sua pesquisa taxonômica na família Lecythidaceae, ao investigar sua diversidade em diferentes locais na América do Sul, como os Estados da Bahia e Amazonas e países vizinhos, como Guiana Francesa, Venezuela e Colômbia.

De acordo com o cronograma do curso, no dia 11 de fevereiro, os alunos receberão informações atualizadas sobre os aspectos teóricos da ecologia, biogeografia, estudos filogenéticos, dados com flores actinomórficas, polinização e dispersão das Lecythidaceae. No dia 12, as aulas serão em campo na Reserva Florestal Adolpho Ducke para coleta e herborização de amostras de Lecythidaceae.

Sobre o PPBio

O Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio) foi criado em 2004 com o objetivo de intensificar estudos sobre biodiversidade no Brasil, descentralizar a produção científica dos centros desenvolvidos academicamente, além de integrar atividades de pesquisa e divulgar os resultados para diferentes finalidades como gestão ambiental e educação. O PPBio da Amazônia Ocidental, coordenado pelo Inpa, possui Núcleos Regionais em Manaus, nos municípios amazonenses de Humaitá, Coari e em breve em São Gabriel da Cachoeira além de estar presente nos estados do Acre, Rondônia, Roraima e Mato Grosso.

Em Manaus, o PPBio tem como instituições parceiras o Inpa, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF), Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (PELD), Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA), Tropical Ecology Assessment & Monitoring Network (TEAM) e Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais (PPG7).

FONTE  :  ASCOM/INPA – http://www.inpa.gov.br/noticias/noticia_sgno2.php?codigo=3108

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