Após queimada em área de mata, Manaus amanhece com ar ‘muito insalubre’

MANAUS (AM) – A qualidade do ar em Manaus amanheceu nesta quinta-feira, 2, classificada como “muito insalubre”, segundo o índice internacional Aiqcn. O índice adverte que as condições para a saúde são muito prejudiciais e que “toda a população tem mais probabilidade de ser afetada“. A piora na qualidade do ar acontece após um grande incêndio em uma área de vegetação da capital amazonense, na noite dessa quarta-feira, 1º.

Fumaça encobre Manaus, capital do Amazonas. (20.set.23 – Ricardo Oliveira/Revista Cenarium Amazônia) – Republicação gratuita, desde que citada a fonte. AGÊNCIA CENARIUM

De acordo com o sistema de vigilância, a capital do Amazonas registrou, às 10h50, 201 (up/m³) no nível de poluição atmosférica. Os bairros mais afetados estão localizados na Zona Sul da cidade, onde a qualidade do ar varia entra “muito insalubre” e “pouco saudável”. No ranking dos países, o Brasil ocupa a 19ª posição, atrás de países como Índia (o primeiro no ranking) e o México.

O incêndio ocorreu na vegetação às margens do igarapé Mestre Chico, no bairro Educandos, Zona Sul de Manaus, em frente ao Parque Senador Jefferson Péres. Moradores registraram o momento em que as chamas tomavam conta da área de mata. Conforme apurou a REVISTA CENARIUM AMAZÔNIA, o foco do incêndio teria começado por ação de “vândalos” que comercializam, ilegalmente, cobre de fiação de residências. O fogo foi controlado pelo Corpo de Bombeiros.

Falta de chuvas
Conforme mostrou a CENARIUM, o reaparecimento da fumaça e de novos incêndios florestais em Manaus e na região metropolitana da capital amazonense foi favorecido pela diminuição das chuvas, segundo informe da crise climática do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), divulgado na terça-feira, 31.

“As chuvas diminuíram na região metropolitana, o que favoreceu o reaparecimento de focos de fogo, queimadas e incêndios florestais“, consta na nota, que destaca, ainda, que a fumaça de Estados como o Pará, Amapá e Mato Grosso, assim como Maranhão e Piauí, está sendo carregada para o Amazonas.

Cerca de três semanas atrás, Manaus registrou pancadas de chuva que, embora não tenham sido suficientes para elevar o nível do Rio Negro, ajudaram a reduzir os focos de calor e a cortina de fumaça. No entanto, na última quinta-feira, 26, a fumaça retornou.

Marcela Leiros – Da Agência Amazônia – Edição: Marcela Leiros – Revisão: Gustavo Gilona / Republicação gratuita, desde que citada a fonte. AGÊNCIA CENARIUM – Agência Cenarium Amazônia (aamazonia.com.br)

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