Operação Ágata Fronteira Norte – Atualização 7 de julho de 2023

Forças Armadas expandem área de atuação no apoio aos indígenas em RR

Na manhã desta sexta-feira, 7 de julho, a Operação Ágata Fronteira Norte iniciou a ação de entrega de 200 cestas básicas, em continuidade ao trabalho de ajuda humanitária às Comunidades Indígenas.

Foto postada em: CMA EB

O material será armazenado no Navio Patrulha Fluvial (NPaFlu) Rondônia e transportado por lanchas através do rio Catrimani em direção às comunidades indígenas do Caju, Tabatinga e Castanho, localizadas na região do baixo Catrimani.

Os suprimentos foram adquiridos e organizados pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e transportados pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) até a Base Aérea de Boa Vista (BABV). Da Base Aérea, as cestas foram transportadas por 140 quilômetros, em uma viatura do Corpo de Fuzileiros Navais, até a agência fluvial de Caracaraí, onde foram embarcadas no NPaFlu Rondônia.

Fluxo logístico das cestas básicas na Terra Indígena Yanomami

As Forças Armadas realizam, desde 23 de janeiro de 2023, a entrega de cestas básicas na ação humanitária dentro da Terra Indígena Yanomami (TIY). Até o momento, foram entregues mais de 24 mil cestas básicas.

As cestas básicas, cuja composição e a aquisição são feitas pela FUNAI, são transportadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) e são entregues na Base Aérea de Boa Vista (BABV). Após o recebimento, as cestas são colocadas em pallets (suportes de forma plana, de metal, madeira ou outro material) para não ficarem em contato direto com o solo e posteriormente são preparadas para serem transportadas — seja por avião ou helicóptero. Na maioria das vezes, as cestas são preparadas para serem lançadas de paraquedas, tendo em vista que as aeronaves de grande porte da FAB não pousam, atualmente, na pistada FUNAI em Surucucu, devido às condições da pavimentação da pista de pouso.

As cestas são embarcadas nos aviões e lançadas com o uso de paraquedas no Pelotão Especial de Fronteira (PEF) de Surucucu. De lá, são recebidas por equipes no solo, composta por militares e por funcionários da FUNAI. O PEF de Surucucu apenas as armazenam para,posteriormente, após a indicação da FUNAI, serem entregues nas Comunidades Indígenas (CI). Surucucu é um entreposto logístico para a entrega das cestas devido às distâncias na TIY. Surucucu dista cerca de 330 Km de Boa Vista, quase a mesma distância entre Rio de Janeiro e São Paulo, em linha reta.

A FUNAI designa os locais e sempre envia um funcionário para acompanhar a entrega das cestas. Assim,os helicópteros das três Forças Singulares (Marinha, Exército e Aeronáutica) transportam as cargas para serem distribuídas nas mais remotas regiões da TIY. Além disso, dependendo do acesso, principalmente na região de Auaris, as cestas são entregues por meio de embarcações e até mesmo a pé, tudo isso para garantir que os indígenas recebam a alimentação necessária.

O êxito do fluxo logístico é um esforço conjunto das Forças Armadas com as agências e os Órgãos de Segurança Pública (OSP), que garantiu a entrega de cestas básicas aos indígenas da TIY. Resultado bastante expressivo, levando-se em conta o difícil acesso à área e à complexidade logística da TIY.

Operação Ágata Fronteira Norte atinge marco histórico

Desde o início do ano, as Forças Armadas, as agências e os Órgãos de Segurança Pública (OSP), como a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP),a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), trabalham conjuntamente para atender as demandas sanitárias na TIY e para combater os crimes transfronteiriços e ambientais, em Roraima.

No viés humanitário, as Forças Armadas registraram, nesta quinta-feira (06/07), a entrega de 25 mil cestas básicas na TIY. Esse é um marco relevante no que diz respeito às operações de ajuda humanitária, ainda mais por se tratar de uma área remota que demanda um grande esforço logístico.

Somente com o trabalho integrado das Forças Armadas, das agências e dos OSP seria possível alcançar esse resultado. A região da TIY é de difícil acesso devido à vegetação densa, à inexistência de estradas e à dificuldade de navegação (vários trechos dos rios são encachoeirados). Então, o único meio para prover o apoio logístico é o aéreo. No entanto, as pistas de pouso existentes, cuja tutela e manutenção são de responsabilidade da FUNAI, devido ao estado de conservação, comportam apenas aeronaves de pequeno porte e estas tem pouca capacidade de transportar as cargas, face à necessidade enfrentada. Então, o trabalho das Forças Armadas, na preparação e no lançamento das cargas de paraquedas, é vital para prover as cestas básicas aos indígenas.

O 1º Ten Seixas, Comandante do Pelotão Especial de Fronteira (PEF) de Surucucu, disse que: “Desde o início da Operação, o fluxo no PEF está intenso, com aviões lançando cargas, militares embarcando e desembarcando cestas, helicópteros chegando e saindo das Comunidades Indígenas. Todo esse esforço para que nenhum indígena fique sem alimentação”.

É importante ressaltar que, desde fevereiro, militares de todos os lugares do Brasil vieram para Boa Vista-RR e estão sendo empregados para que fosse possível alcançar esse resultado. São homens e mulheres que estão abdicando de suas famílias em prol de prestar a assistência humanitária aos indígenas da TIY.

1º B Com GE Sl destaca-se na condução de operações e integração na Amazônia

O Comandante Militar da Amazônia visitou o 1º Batalhão de Comunicações e Guerra Eletrônica de Selva (1º B Com GE Sl), destacando a importância do Batalhão para a condução das operações na Amazônia.

O batalhão é reconhecido por estar sempre preparado para operações em selva, instalando, explorando e mantendo o sistema de Comando e Controle, em apoio ao Comando Militar da Amazônia (CMA).

Além disso, o Batalhão desempenha um papel fundamental no mapeamento e apoio de comunicações aos Pelotões Especiais de Fronteira (PEF), contribuindo diretamente para a integração das forças de segurança na região, identificando necessidades, realizando manutenção dos meios de comunicação e promovendo a eficiência e fluxo de informações entre as unidades.

Essas capacidades são essenciais para enfrentar os desafios únicos da Amazônia, promovendo segurança, defesa do território amazônico e contribuindo para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, valorizando seus recursos naturais e preservando sua rica diversidade.

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