Toxinas extraídas da biodiversidade amazônica para fins medicinais e agrícolas são tema de debate no Inpa

O uso de uma toxina da Amazônia chamada curare, que é aplicada em cirurgias, foi um dos exemplos demonstrados pela professora e pesquisadora Celia Regina Carlini para indicar o potencial da Amazônia na área de bioquímica. A palestra ocorreu durante a 30ª reunião do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA) ocorrida nesta sexta-feira (27) na sede do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) em Manaus (AM).

Carlini afirmou que o uso da substância curare é usada pelos índios na caça e pesca. Ainda de acordo com ela, a aplicação se dá para o relaxamento muscular em cirurgias. A pesquisadora destacou ainda o potencial da Amazônia. “A Amazônia tem um potencial enorme. Um vasto celeiro a ser explorado. Conhecer como uma toxina funciona permite desenvolver aplicações delas que vão desde o uso laboratorial, terapêutica e agrícola”, disse.

Integração

O secretário-executivo do GEEA e pesquisador do Inpa, Geraldo Mendes, afirmou que a palestra de Carlini colabora para uma visão interdisciplinar da ciência. “As pesquisas avançadas precisam ser acompanhadas de um envolvimento coletivo do pesquisador, técnico, professor, jornalistas e a população. Precisamos cada vez mais integrar”, afirmou.

O GEEA foi criado pela direção do Inpa em 2007 e tem o objetivo de constituir um fórum permanente e multidisciplinar para a análise de questões relevantes para a Amazônia e a socialização da ciência por meio de uma linguagem acessível. O Grupo é formado por pesquisadores, professores, empresários e gestores. O grupo se reúne, geralmente, a cada dois meses para debater um tema escolhido previamente e apresentado por um especialista de renome.

O grupo publica por meio da Editora Inpa, uma série de livros que trazem as análises dos temas abordados que estão disponíveis online.

FONTE  :  INPA

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