Reserva natural do Amapá sofre com lixo carregado pela maré do rio Amazonas

A cada três meses, cerca de 600 litros de lixo – o suficiente para encher um container – são recolhidos na Reserva Particular do Patrimônio Natural (Revecom), no município amapaense de Santana, a 17 quilômetros da capital Macapá.

A área possui aproximadamente 17 hectares, com 450 metros de praia. Os resíduos, a maioria plásticos, são levados pela maré do rio Amazonas.

Segundo o gerente da reserva, Paulo Amorim, o aumento da poluição preocupa e ameaça a vida dos animais. “Nós temos o caso dramático de uma tracajá. Aqui é um local que elas usam pra fazer a postura (de ovos). Um animal comeu um saco plástico e morreu. Já encontramos peixe morto e dentro de saco plástico, pequenos animais aquáticos mortos por comerem partículas de plástico. Então é um problema que está agravando muito”

Para o gerente, o descarte irregular de lixo por parte dos moradores da região e a ineficiência do serviço público de coleta e tratamento são as principais causas da poluição na reserva.

De acordo com Paulo Amorim, a Revecom desenvolve um programa de educação ambiental e cidadania que atende alunos da rede municipal, universitários e turistas mostrando a importância do manejo de resíduos. Ele também informou que a situação já foi comunicada ao Ministério Público do Amapá. A reportagem não conseguiu contato com a prefeitura de Santana.

Ouça outros destaques do Repórter Nacional – Amazônia:

– Governo de Mato Grosso estuda alterar o horário de trabalho de servidores públicos estaduais para reduzir gastos;

– No Amazonas, Justiça do Trabalho realiza atendimento itinerante para atender população do interior do estado;

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FONTE: EBC – RÁDIO NACIONAL DA AMAZÔNIA