A ferramenta faz parte do projeto Biodiversidade para Alimentação e Nutrição, lançada em 2012. Além do Brasil, o projeto é desenvolvido no Quênia, Sri Lanka e Turquia.
O Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr) desenvolveu um banco de dados com o valor nutricional das espécies nativas da biodiversidade brasileira, como baru, cupuaçu, pequi, buriti e araticum. Em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, o SiBBr criou a ferramenta de acesso livre com as informações da composição nutricional obtidas da literatura científica já publicada, conforme metodologia da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), ou da análise laboratorial direta. O trabalho foi realizado junto com universidades federais e institutos de pesquisa nas cinco regiões do país. As mesmas instituições também desenvolveram as receitas culinárias que compõem o banco de receitas com espécies nativas.
“Esperamos que o banco de dados seja uma referência nacional para a composição de alimentos derivados de espécies nativas brasileiras, de forma a integrar a biodiversidade em projetos científicos, programas, políticas públicas, intervenções e aconselhamento nutricional, tanto em iniciativas públicas quanto privadas”, afirma a diretora do SiBBr, Andrea Portela Nunes, coordenadora-geral de Gestão de Biomas do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
A ferramenta Biodiversidade & Nutrição será fomentada continuamente pelas instituições parceiras, com dados analíticos ou compilados e com a inclusão de novas espécies e alimentos. “A partir da implantação desse banco de dados, as universidades e demais instituições de pesquisa contarão com uma base atualizada que contribuirá para o aprofundamento e o direcionamento de ações de pesquisa e desenvolvimento”, afirmou a coordenadora nacional do projeto Biodiversidade para Alimentação e Nutrição, Daniela Moura de Oliveira Beltrame.
Segundo ela, a plataforma também favorece políticas mais adequadas às regiões e suas populações, considerando as características e potencialidades locais da biodiversidade.
Leia na íntegra: MCTIC
FONTE: JORNAL DA CIÊNCIA – Início / Edições / 5793, 1 de dezembro de 2017