A Terceira Margem – Parte DCLXXXV

Circunavegação da Laguna dos Patos

“O Andaluz” de Wilson Nogueira

Parte III

Comentário Erudito da Major Eneida

Gostaria de ser um crocodilo porque amo grandes Rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muitos vivazes e claros, mas nas profundezas são tranquilos e escuros como o sofrimento dos homens. Amo ainda mais uma coisa de nossos grandes Rios: a eternidade. Sim, Rio é uma palavra mágica para conjugar a eternidade.
(João Guimarães Rosa)

Fiquei intrigado quando minha querida amiga a Professora Major R/1 Eneida Aparecida Mader, ao ler a reportagem da Zero Hora, sobre minha Circunavegação da Laguna dos Patos, escreveu numa rede social:

Sim, EXISTE O PERSONAGEM de Guimarães Ro­sa… Parabéns, meu querido amigo Hiram Reis e Silva.

Desde 2009, quando ganhei de presente, do meu caro amigo e irmão General de Divisão Jorge Ernesto Pinto Fraxe, ex-diretor do DNIT, o livro “O Andaluz” de Wilson Nogueira que cita textualmente:

Desembarcou aqui como passageiro comum entre tantos que procuram a Terceira Margem do Rio entre o Céu e a Terra… (Wilson Nogueira)

que incorporei, como crença e missão, que “sou um canoeiro eternamente em busca da Terceira Margem”.

Não tinha a menor ideia, até então, de que a “Terceira Margem” mencionada por Wilson Nogueira baseava-se no texto de um dos maiores ícones da literatura brasileira ‒ João Guimarães Rosa, que no capítulo “Terceira Margem do Rio”, do seu livro “Primeiras Estórias” conta a história de um homem que abandona o convívio familiar e passa a viver longe de tudo e de todos em uma frágil canoa. Conta o grande Guimarães Rosa:

Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e tem sido assim desde mocinho e menino, pelo que testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando indaguei a informação. Do que eu mesmo me alembro, ele não figurava mais estúrdio ([1]) nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos. Só quieto. Nossa mãe era quem regia, e que ralhava no diário com a gente – minha irmã, meu irmão e eu. Mas se deu que, certo dia, nosso pai mandou fazer para si uma canoa. Era a sério. Encomendou a canoa especial, de pau de vinhático, pequena, mal com a tabuinha da popa, como para caber justo o remador.

Mas teve de ser toda fabricada, escolhida forte e arqueada em rijo, própria para dever durar na água por uns vinte ou trinta anos. Nossa mãe jurou muito contra a ideia. Seria que, ele, que nessas artes não vadiava, se ia propor agora para pescarias e caça­das? Nosso pai nada não dizia. Nossa casa, no tempo, ainda era mais próxima do Rio, obra de nem quarto de légua: o Rio por aí se estendendo grande, fundo, calado que sempre. Largo, de não se poder ver a forma da outra beira. E esquecer não posso, do dia em que a canoa ficou pronta. Sem alegria nem cuidado, nosso pai encalcou ([2]) o chapéu e decidiu um adeus para a gente.

Nem falou outras palavras, não pegou matula ([3]) e trouxa, não fez a alguma recomendação. Nossa mãe, a gente achou que ela ia esbravejar, mas persistiu somente alva de pálida, mascou o beiço e bramou:

– Cê vai, ocê fique, você nunca volte!

Nosso pai suspendeu a resposta. Espiou manso para mim, me acenando de vir também, por uns passos. Temi a ira de nossa mãe, mas obedeci, de vez de jeito. O rumo daquilo me animava, chega que um propósito perguntei:

– Pai, o senhor me leva junto, nessa sua canoa?

Ele só retornou o olhar em mim, e me botou a bênção, com gesto me mandando para trás. Fiz que vim, mas ainda virei, na grota do mato, para saber. Nosso pai entrou na canoa e desamarrou, pelo remar. E a canoa saiu se indo – a sombra dela por igual, feito um jacaré, comprida longa. Nosso pai não voltou. Ele não tinha ido a nenhuma parte. Só executava a invenção de se permanecer naqueles espaços do Rio, de meio a meio, sempre dentro da canoa, para dela não saltar, nunca mais.

A estranheza dessa verdade deu para estarrecer de todo a gente. Aquilo que não havia, acontecia. Os parentes, vizinhos e conhecidos nossos, se reuniram, tomaram juntamente conselho. Nossa mãe, vergo­nhosa, se portou com muita cordura ([4]); por isso, todos pensaram de nosso pai a razão em que não queriam falar: doideira. Só uns achavam o entanto de poder também ser pagamento de promessa; ou que, nosso pai, quem sabe, por escrúpulo de estar com alguma feia doença, que seja, a lepra, se desertava para outra sina ([5]) de existir, perto e longe de sua família dele.

As vozes das notícias se dando pelas certas pessoas – passadores, moradores das beiras, até do afastado da outra banda – descrevendo que nosso pai nunca se surgia a tomar terra, em ponto nem canto, de dia nem de noite, da forma como cursava no Rio, solto solitariamente. Então, pois, nossa mãe e os aparen­tados nossos, assentaram: que o mantimento que tivesse, ocultado na canoa, se gastava; e, ele, ou desembarcava e viajava s’embora, para jamais, o que ao menos se condizia mais correto, ou se arrependia, por uma vez, para casa.

No que num engano. Eu mesmo cumpria de trazer para ele, cada dia, um tanto de comida furtada: a ideia que senti, logo na primeira noite, quando o pessoal nosso experimentou de acender fogueiras em beirada do Rio, enquanto que, no alumiado delas, se rezava e se chamava. Depois, no seguinte, apareci, com rapadura, broa de pão, cacho de bananas. Enxerguei nosso pai, no enfim de uma hora, tão custosa para sobrevir: só assim, ele no ao longe, sentado no fundo da canoa, suspendida no liso do Rio.

Me viu, não remou para cá, não fez sinal. Mostrei o de comer, depositei num oco de pedra do barranco, a salvo de bicho mexer e a seco de chuva e orvalho. Isso, que fiz, e refiz, sempre, tempos a fora. Surpresa que mais tarde tive: que nossa mãe sabia desse meu encargo, só se encobrindo de não saber; ela mesma deixava, facilitado, sobra de coisas, para o meu conseguir. Nossa mãe muito não se demonstrava. Mandou vir o tio nosso, irmão dela, para auxiliar na fazenda e nos negócios. Mandou vir o mestre, para nós, os meninos. Incumbiu ao Padre que um dia se revestisse, em praia de margem, para esconjurar e clamar a nosso pai o dever de desistir da tristonha teima. De outra, por arranjo dela, para medo, vieram os dois soldados.

Tudo o que não valeu de nada. Nosso pai passava ao largo, avistado ou deluzo ([6]), cruzando na canoa, sem deixar ninguém se chegar à pega ou à fala. Mesmo quando foi, não faz muito, dos homens do jornal, que trouxeram a lancha e tencionavam tirar retrato dele, não venceram: nosso pai se desapa­recia para a outra banda, aproava a canoa no brejão, de léguas, que há, por entre juncos e mato, e só ele conhecesse, a palmos, a escuridão, daquele.

A gente teve de se acostumar com aquilo. Às penas, que, com aquilo, a gente mesmo nunca se acos­tumou, em si, na verdade. Tiro por mim, que, no que queria, e no que não queria, só com nosso pai me achava: assunto que jogava para trás meus pensa­mentos. O severo que era, de não se entender, de maneira nenhuma, como ele aguentava. De dia e de noite, com Sol ou aguaceiros, calor, sereno, e nas friagens terríveis de meio-do-ano, sem arrumo, só com o chapéu velho na cabeça, por todas as semanas, e meses, e os anos – sem fazer conta do ir-se do viver.

Não pojava ([7]) em nenhuma das duas beiras, nem nas ilhas e croas ([8]) do Rio, não pisou mais em chão nem capim. Por certo, ao menos, que, para dormir seu tanto, ele fizesse amarração da canoa, em alguma ponta-de-ilha, no esconso ([9]). Mas não armava um foguinho em praia, nem dispunha de sua luz feita, nunca mais riscou um fósforo.

O que consumia de comer, era só um quase; mesmo do que a gente depositava, no entre as raízes da gameleira, ou na lapinha de pedra do barranco, ele recolhia pouco, nem o bastável. Não adoecia?

E a constante força dos braços, para ter tento na canoa, resistido, mesmo na demasia das enchentes, no subimento, aí quando no lanço da correnteza enorme do Rio tudo rola o perigoso, aqueles corpos de bichos mortos e paus-de-árvore descendo – de espanto de esbarro. E nunca falou mais palavra, com pessoa alguma. Nós, também, não falávamos mais nele. Só se pensava. Não, de nosso pai não se podia ter esquecimento; e, se, por um pouco, a gente fazia que esquecia, era só para se despertar de novo, de repente, com a memória, no passo de outros sobres­saltos. Minha irmã se casou; nossa mãe não quis festa.

A gente imaginava nele, quando se comia uma comida mais gostosa; assim como, no gasalhado da noite, no desamparo dessas noites de muita chuva, fria, forte, nosso pai só com a mão e uma cabaça para ir esvaziando a canoa da água do temporal.

Às vezes, algum conhecido nosso achava que eu ia ficando mais parecido com nosso pai. Mas eu sabia que ele agora virara cabeludo, barbudo, de unhas grandes, mal e magro, ficado preto de Sol e dos pelos, com o aspecto de bicho, conforme quase nu, mesmo dispondo das peças de roupas que a gente de tempos em tempos fornecia. Nem queria saber de nós; não tinha afeto? Mas, por afeto mesmo, de respeito, sempre que às vezes me louvavam, por causa de algum meu bom procedimento, eu falava:

– Foi pai que um dia me ensinou a fazer assim…

O que não era o certo, exato; mas, que era mentira por verdade. Sendo que, se ele não se lembrava mais, nem queria saber da gente, por que, então, não subia ou descia o Rio, para outras paragens, longe, no não-encontrável? Só ele soubesse. Mas minha irmã teve menino, ela mesma entestou que queria mostrar para ele o neto.

Viemos, todos, no barranco, foi num dia bonito, minha irmã de vestido branco, que tinha sido o do casamento, ela erguia nos braços a criancinha, o marido dela segurou, para defender os dois, o guarda-sol. A gente chamou, esperou. Nosso pai não apareceu. Minha irmã chorou, nós todos aí chora­mos, abraçados. Minha irmã se mudou, com o marido, para longe daqui. Meu irmão resolveu e se foi, para uma cidade. Os tempos mudavam, no devagar depressa dos tempos. Nossa mãe terminou indo também, de uma vez, residir com minha irmã, ela estava envelhecida.

Eu fiquei aqui, de resto. Eu nunca podia querer me casar. Eu permaneci, com as bagagens da vida. Nosso pai carecia de mim, eu sei – na vagação, no Rio no ermo – sem dar razão de seu feito. Seja que, quando eu quis mesmo saber, e firme indaguei, me diz-que-disseram: que constava que nosso pai, alguma vez, tivesse revelado a explicação, ao homem que para ele aprontara a canoa. Mas, agora, esse homem já tinha morrido, ninguém soubesse, fizesse recordação, de nada mais. Só as falsas conversas, sem senso, como por ocasião, no começo, na vinda das primeiras cheias do Rio, com chuvas que não estiavam, todos temeram o fim-do-mundo, diziam: que nosso pai fosse o avisado que nem Noé, que, por tanto, a canoa ele tinha antecipado; pois agora me entrelembro. Meu pai, eu não podia malsinar ([10]). E apontavam já em mim uns primeiros cabelos brancos. Sou homem de tristes palavras. De que era que eu tinha tanta, tanta culpa? Se o meu pai, sempre fazendo ausência: e o Rio-Rio-Rio, o Rio – pondo perpétuo. Eu sofria já o começo de velhice – esta vida era só o demoramento. Eu mesmo tinha achaques, ânsias, cá de baixo, cansaços, perrenguice de reumatismo.

E ele? Por quê? Devia de padecer demais. De tão idoso, não ia, mais dia menos dia, fraquejar do vigor, deixar que a canoa emborcasse, ou que bubuiasse sem pulso, na levada do Rio, para se despenhar horas abaixo, em tororoma ([11]) e no tombo da cachoeira, brava, com o fervimento e morte. Apertava o coração. Ele estava lá, sem a minha tranquilidade. Sou o culpado do que nem sei, de dor em aberto, no meu foro. Soubesse – se as coisas fossem outras. E fui tomando ideia. Sem fazer véspera. Sou doido? Não. Na nossa casa, a palavra doido não se falava, nunca mais se falou, os anos todos, não se condenava ninguém de doido. Ninguém é doido. Ou, então, todos. Só fiz, que fui lá. Com um lenço, para o aceno ser mais. Eu estava muito no meu sentido. Esperei. Ao por fim, ele apareceu, aí e lá, o vulto. Estava ali, sentado à popa. Estava ali, de grito. Chamei, umas quantas vezes. E falei, o que me urgia, jurado e declarado, tive que reforçar a voz:

–  Pai, o senhor está velho, já fez o seu tanto… Agora, o senhor vem, não carece mais… O senhor vem, e eu, agora mesmo, quando que seja, a ambas vonta­des, eu tomo o seu lugar, do senhor, na canoa!…

E, assim dizendo, meu coração bateu no compasso do mais certo. Ele me escutou. Ficou em pé. Manejou remo n’água, proava para cá, concordado. E eu tremi, profundo, de repente: porque, antes, ele tinha levantado o braço e feito um saudar de gesto – o primeiro, depois de tamanhos anos decorridos! E eu não podia… Por pavor, arrepiados os cabelos, corri, fugi, me tirei de lá, num procedimento desatinado. Porquanto que ele me pareceu vir: da parte de além. E estou pedindo, pedindo, pedindo um perdão. Sofri o grave frio dos medos, adoeci. Sei que ninguém soube mais dele.

Sou homem, depois desse falimento? Sou o que não foi, o que vai ficar calado. Sei que agora é tarde, e temo abreviar com a vida, nos rasos do mundo. Mas, então, ao menos, que, no artigo da morte, peguem em mim, e me depositem também numa canoinha de nada, nessa água que não para, de longas beiras: e, eu, Rio abaixo, Rio a fora, Rio a dentro – o Rio. (ROSA)

“Primeiras Estórias” de João Guimarães Rosa

Talvez a minha querida amiga Eneida Aparecida Mader tenha captado, mais do que eu próprio, o verda­deiro sentido do que representa para mim a Terceira Margem. Quando navego “com meus” diletos Mares de Dentro e Mananciais em busca da Terceira Margem, por vezes ultrapasso o Portal do Conhecimento, volta e meia vejo além do Véu de Ísis, vez por outra acesso o Registro Akáshico e consigo contatá-lo e conhecer o desconhecido do meu íntimo. Para que isso seja possível, porém, preciso realizar minhas viagens solitárias pelos ermos dos sem fim, pois só assim consigo entender os mistérios da minha alma, desvendar os segredos mais ocultos de meu ser, afogar minhas mágoas nas amigas águas e compreender o incompreensível de meu cotidiano. Obrigado pela lição amiga!

Canoa
(João Guimarães Rosa)
Cada um rema sozinho uma canoa que navega um Rio diferente, mesmo parecendo que está pertinho.

Travessia
(João Guimarães Rosa)
Digo: o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia.

Escrever
(João Guimarães Rosa)
[…] gostaria de ser um crocodilo vivendo no Rio São Francisco. Gostaria de ser um crocodilo porque amo os grandes Rios, pois são profundos como a alma de um homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranquilos e escuros como o sofrimento dos homens.

Canoa Fantástica
(Castro Alves)
Pelas sombras temerosas onde vai esta canoa? Vai tripulada ou perdida? Vai ao certo ou vai à toa? Semelha um tronco gigante de palmeira, que s’escoa… No dorso da correnteza, como boia esta canoa! Mas não branqueja-lhe a vela! N’água o remo não ressoa! Serão fantasmas que descem na solitária canoa? Que vulto é este sombrio gelado, imóvel, na proa?

É Tempo de Travessia
(Fernando Teixeira de Andrade)
Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo e esquecer os caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia; e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.

Por Hiram Reis e Silva (*), Bagé, 05.01.2024 – um Canoeiro eternamente em busca da Terceira Margem.

Bibliografia 

ROSA, João Guimarães. Primeiras Estórias – Brasil – Rio de Janeiro, RJ – Editora Nova Fronteira, 1988.  

Wilson Nogueira. O Andaluz – Brasil – Manaus, AM – Editora Valer, 2005. 

(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;  

  • Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
  • Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
  • Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
  • Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
  • Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
  • Ex-Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
  • Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
  • Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
  • Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
  • Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
  • Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós (IHGTAP) ; 
  • Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
  • Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
  • Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
  • E-mail: hiramrsilva@gmail.com.

[1]    Estúrdio: esquisito. (Hiram Reis)

[2]    Encalcou: colocou. (Hiram Reis)

[3]    Matula: farnel, merenda. (Hiram Reis)

[4]    Muita cordura: muitos bons modos. (Hiram Reis)

[5]    Sina: sorte. (Hiram Reis)

[6]    Deluzo: oculto. (Hiram Reis)

[7]    Pojava: desembarcava. (Hiram Reis)

[8]    Croas: bancos de areia. (Hiram Reis)

[9]    Esconso: esconderijo. (Hiram Reis)

[10]  Malsinar: falar mal. (Hiram Reis)

[11]  Tororoma: torrente. (Hiram Reis)

Nota – A equipe do Ecoamazônia esclarece que o conteúdo e as opiniões expressas nas postagens são de responsabilidade do (s) autor (es) e não refletem, necessariamente, a opinião deste ‘site”, são postados em respeito a pluralidade de ideias