Espeleoturismo: Desbravando cavernas brasileiras

No Brasil existem cerca de 22.623 cavernas categorizadas no Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas do ICMBio

O segmento está ligado ao Ecoturismo, Turismo de Aventura, Turismo Religioso e o Educacional/Pedagógico – Foto: MTur

Marcadas pela sua estrutura de canais horizontais e/ou verticais, com fraturas e estruturas geológicas de variações irregulares, as cavernas são exploradas desde muito tempo e elas contém uma história que ultrapassa séculos. Para desbravar a natureza brasileira, os turistas se aventuram dentro e fora das cavernas, promovendo o espeleoturismo, categoria de aventura famosa no Brasil. O segmento está ligado ao Ecoturismo, Turismo de Aventura, Turismo Religioso e o Educacional/Pedagógico. Além disso, as cavernas proporcionam vários tipos de diversão, associados a inúmeras paisagens, variando entre possibilidades contemplativas, interativas e até mesmo espirituais ou esotéricas. 

AVENTURA

O turismo de aventura está presente pelo Brasil inteiro. Entre as atividades disponíveis para o espeleovertical estão: o mergulho em cavernas e, até mesmo, o salto de base jump e de bungee jump em abismos. Algumas cavernas possuem acesso a iluminação artificial e proporcionam uma visitação por dentro da estrutura rochosa, lugares como Gruta Rei do Mato, em Sete Lagoas em Minas Gerais, possuem maior acesso de visitação fornecendo conforto e segurança aos turistas. O esporte de rapel no abismo pode ser praticado em Anhumas, em Bonito, no Mato Grosso do Sul.

EDUCACIONAL  

As cavernas também são utilizadas como material educacional para crianças, jovens e adultos. São diversos os campos de estudo aplicados, como a geologia, geomorfologia, climatologia, biologia, ecologia, turismologia, as ciências sociais, engenharias ambientais, entre outras.

O espeleoturismo possui uma variedade de possibilidades para conhecimento. Existem ainda outras categorias como a espeleofotografia, a arte que possibilita registrar a natureza e a beleza por dentro das cavernas. Há ainda o espeleomergulho, a modalidade de esporte praticada em grutas. Também atrelada ao bungee jump em abismos, é possível acessar espaços subterrâneos inundados e de difícil acesso, seja para fins de exploração espeleológica, de espeleoresgate ou apenas para mergulhos turísticos.

HISTÓRIA  

As cavernas carregam uma história, criada pelos homens das cavernas que habitaram o interior dessas superfícies, deixando cultura e arte rupestre. Esses ambientes são carregados de um riquíssimo acervo arqueológico que representa e conta um pouco da cultura dos nossos antepassados e podem ser encontrados em lugares como o Parque Nacional da Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato no Piauí; Cariris Velhos, na Paraíba; Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, em Minas Gerais e muitos outros.

DADOS  

O anuário Estatístico de Patrimônio Espeleológico Brasileiro do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de dezembro de 2021, mostra que no Brasil existem 22.623 cavernas registradas no Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (CANIE). De acordo com o Instituto, Minas Gerais possui 10.570, representando 46,72% do total existente no país – é o estado brasileiro com o maior número de cavernas conhecidas. Em seguida, está o Pará com 2.858 (12,63%), e a Bahia, com 1.694 (7,49%).

As cavernas se tornaram uma ferramenta importante para pesquisas em diversas áreas, para estudos e projetos de preservação do meio ambiente. A maioria das cavernas brasileiras se encontram no cerrado, totalizando cerca de 10.633 (47%).

O levantamento de dados mostra a categorização por estruturas rochosas, sendo as carbonáticas o maior número entre as cavernas, com 12.017, 53% da base de dados. Consecutivamente estão as siliciclásticas com 3.977 (18%) e as ferruginosas com 3.008 (13%).

Com informações do Ministério do TurismoEspeleoturismo: Desbravando cavernas brasileiras — Português (Brasil) (www.gov.br)

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