A constatação foi feita pela equipe da expedição organizada pela Universidade Federal de Roraima (UFRR), composta por pesquisadores da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), Universidade Federal do Ceará (UFC), com apoio da Universidade de São Paulo (USP).
Após quatro anos, as bases de proteção etnoambiental (Bape) da Terra Indígena (TI) Yanomami serão reabertas. A ação é significativa para o combate ao imenso garimpo ilegal, que tem prejudicado o ecossistema da região, a vida e integridade dos Yanomami, Yek’wana e povos isolados que habitam a área.
Lideranças Yanomami, acompanhadas de representantes do Instituto Socioambiental (ISA), estiveram na Câmara de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do Ministério Público Federal (6CCR) na última quarta-feira (15) para denunciar o aumento do garimpo ilegal em seu território, localizado nos estados de Roraima e Amazonas.
No mês de maio, o Museu do Índio finalizará o processo de contratação de vinte antropólogos e linguistas para realização de projetos de pesquisa no âmbito do projeto de cooperação técnica com a UNESCO.
No debate sobre a mineração em terras indígenas, “o Canadá está alguns passos à frente do Brasil” e “as universidades têm desempenhado um papel importante no sentido de estimular a reflexão franca e o debate aprofundado sobre a mineração em terras indígenas, aproximando governos, empresas e povos indígenas em seminários acadêmicos”, diz Leonardo Barros, doutor em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais, à IHU On-Line. “Não tenho conhecimento de que os pronunciamentos do governo brasileiro no sentido de liberar a mineração em terras indígenas tenham dado ensejo a um grande debate acadêmico, ou mesmo na esfera pública mais ampliada, por aqui”, diz, ao comentar as iniciativas do presidente Jair Bolsonaro, favoráveis à exploração mineral em terras indígenas.
Professor Dr. Stephen Baines é uma das mais importantes vozes em defesa dos povos indígenas do Brasil na atualidade. Doutor em Antropologia pela Universidade de Brasília (UnB), desde 1989, dá aulas no Departamento de Antropologia, no Instituto de Ciência Sociais da UnB, onde é professor titular. É pesquisador 1A do CNPq, com ênfase em Etnologia Indígena, com pesquisas entre o povo indígena Waimiri-Atroari, os impactos de grandes projetos de desenvolvimento (mineração industrial e barragens hidrelétricas) em povos indígenas, etnicidade e nacionalidade entre povos indígenas em fronteiras internacionais, política indigenista, indigenismo e estilos de antropologia em contextos nacionais, tema do seu projeto de pesquisa no CNPq. Também tem pesquisas sobre os Makuxi e os Wapichana na fronteira Brasil-Guiana e acompanha a situação dos Tremembé no litoral do Ceará.
Entrevista – professor Dr. Stephen Grants Baines (UnB)
Terminou na última sexta-feira (19), na aldeia Cartucho, município de Santa Isabel do Rio Negro (AM), divisa com a Colômbia e a Venezuela, mais uma etapa do Programa Sesai em Ação: Saúde Indígena Brasil Adentro!, que tem como objetivo apoiar a oferta de ações complementares à atenção básica e especializada de saúde em áreas de difícil acesso geográfico em benefício da população indígena, evitando, assim, o deslocamento de famílias para tratamento em centros urbanos. Este ano, o projeto, em parceria com a Funai, atendeu as 23 etnias indígenas que abrangem a jurisdição da Coordenação Regional do Rio Negro, incluindo os Yanomami.
O presidente Jair Bolsonaro defendeu hoje (17), em uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook, a possibilidade de comunidades indígenas desenvolverem atividades de mineração e agropecuária em seus territórios.
Presidente Jair Bolsonaro faz transmissão ao vivo para redes sociais ao lado de indígenas
Pautada no Tema Geral “Línguas, Ritos e Protagonismos nos Territórios Indígenas”, A Conferência da Terra: Fórum Internacional do Meio Ambiente será celebrada em Boa Vista, no período de 18 a 20 de setembro de 2019.
Guardarei o máximo respeito pela vida humana. Em 2002, o trecho que abre este texto ainda não constava no Juramento de Hipócrates – tradicionalmente ecoado por médicos recém-formados e que foi alterado em 2017, pela Associação Médica Mundial -, mas já se fazia valer.
Segundo o Ministério da Saúde, das mais de 8.500 vagas disponíveis no programa, cerca de 7 mil já foram preenchidas por médicos com registro no Brasil.
Educação e saúde sempre fizeram parte das demandas das organizações indígenas. Na verdade, essas são algumas das causas da migração indígena para as cidades, que ameaça o ecossistema amazônico, dando origem a invasões externas de quem vê a Amazônia como um lugar de exploração descontrolada.