Investigações seguem em andamento e não apontaram, até o momento, indícios dos crimes presentes na denúncia

As notícias que estampam jornais e revistas sobre o sofrimento imposto ao povo Yanomami são as marcas ocultas deixadas pelo garimpo ilegal que nenhum satélite consegue registrar. Em cada solo e rio poluído, em cada animal que morre e se extingue, vemos a consolidação dos rastros das atividades minerárias dentro das florestas. Nessas fendas não autorizadas, estão ainda a violação aos povos Yanomami, em especial às suas mulheres. Um estrago que percorre seu caminho impune e deixa de herança cicatrizes irreversíveis em corpos e comunidades.
Em meio à paralisação da demarcação de terras indígenas, o número de ações civis públicas do Ministério Público Federal (MPF) para que dê andamento aos processos saltou de 5 em 2020 para 24 em 2021, um aumento anual de 380%, de acordo com apurações da reportagem do UOL publicada nesta terça (03/05). E não é à toa: num momento tão crítico para o país, é impossível falar de futuro sem pensar na proteção das comunidades indígenas.
O Senado aprovou nesta quarta-feira (4), por 60 votos a 4, o projeto de lei que declara a passagem de linhas de transmissão de energia elétrica por terras indígenas como “de relevante interesse público da União”. O PLP 275/2019, do senador Chico Rodrigues (União-RR), também prevê indenização para as comunidades indígenas afetadas. O texto segue agora para a Câmara dos Deputados.
O Senado aprovou hoje (4) um projeto de lei (PL) que declara a passagem de linhas de transmissão de energia elétrica por terras indígenas de relevante interesse público da União. A ideia do autor do projeto, senador Chico Rodrigues (União Brasil-RR), é facilitar a instalação desse tipo de estrutura em Roraima e, assim, incluí-la no Sistema Interligado Nacional (SIN). O projeto segue para a Câmara dos Deputados.
O governador Antonio Denarium e o presidente Jair Bolsonaro, assinaram nesta terça-feira, dia 03, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, o termo repasse de R$ 133 milhões, como compensação ambiental para a construção do Linhão Tucuruí, aos povos Waimiri-Atroari, que vivem às margens da BR-174, por onde o empreendimento vai passar.
Foi adiada para quarta-feira (4) a votação do projeto de lei que declara a passagem de linhas de transmissão de energia elétrica por terras indígenas como “de relevante interesse público da União”. O PLP 275/2019, do senador Chico Rodrigues (União-RR), também prevê indenização para as comunidades indígenas afetadas.
A Editora da Universidade Federal de Roraima lançou o quarto volume da Coletânea Sociedade e Fronteiras, Amazônia em debate: fronteiras e sociedades e interdisciplinaridade, organizado por Alfredo Ferreira de Souza e Ana Lia Farias Vale. A obra trata de alguns temas específicos que abordam identidade, educação, cultura indígena, minorias, saúde, sociedade e natureza em Roraima.
Um projeto que viabiliza a passagem do chamado Linhão de Tucuruí pelas terras indígenas Waimiri Atroari, interligando Roraima ao sistema elétrico nacional, está na pauta da sessão do Plenário do Senado desta terça-feira (3), marcada para as 16h. Outra proposta que pode ser votada autoriza o governo a gastar mais em publicidade ainda neste ano eleitoral.