Nota técnica foi entregue no encerramento de simpósio científico no Museu Goeldi, que evidenciou importância da regeneração para as políticas de regularização ambiental
MANAUS – Do alto da Avenida Ernesto Costa, no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona Leste de Manaus, a união entre o barroso Rio Solimões e o escuro Rio Negro se destaca no horizonte. Acostumados a ter o Encontro das Águas como paisagem diária, os moradores agora dividem a vista com o cenário devastador daquela que já é considerada a maior seca do Amazonas dos últimos dez anos, segundo medições do Porto de Manaus.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, voltou a defender, nesta sexta-feira, a exploração de blocos na Foz do Amazonas, na região do Amapá, cuja licença técnica foi indeferida pelo Ibama em maio deste ano.
Pesquisadores do Trans-Amazon Drilling Project levam ciência para estudantes da rede pública, compartilhando informações sobre o projeto de pesquisa que desvenda o passado da Amazônia e sua importância para o presente e o futuro
O Campus de Pesquisa e o Parque Zoobotânico do Museu Goeldi abrem as portas com programação especial nos dias 04 e 05 de outubro para estudantes, 31 de outubro e 01 de novembro para o público geral.
“Para além de se pensar o quanto vale uma tonelada de carbono, é importante pensar no valor da floresta em pé”, diz ministra em Nova York – Em evento da ClimateWeek, Sonia Guajajara afirma que temos que começar a discutir realmente o que interessa à vida e não somente os preços
No coração da área urbana de Manaus, o Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) abriga uma diversidade de espécies da fauna e da flora Amazônica. Em alusão ao Dia da Árvore, celebrado em 21 de setembro, destacamos três espécies de árvores remanescentes da mata primária do fragmento florestal de aproximadamente 13 hectares – Tanimbuca, Uxi Amarelo e Visgueiro. O Bosque fica anexo à sede do Inpa, uma das mais importantes instituições do mundo sobre a produção do conhecimento científico da Amazônia
A Marinha do Brasil e o Exército Brasileiro, em apoio ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), atuam na Operação Poraquê, no Amazonas. A ação destruiu 72 dragas até o momento, avaliadas em R$ 126 milhões. A operação conjunta com órgãos estaduais e federais vem sendo executada com intuito de garantir a preservação ambiental e a defesa da região amazônica.
Dois fenômenos simultâneos podem agravar e até prolongar a seca na Amazônia. Além do El Niño, que aumenta a temperatura das águas superficiais do oceano na região do Pacífico Equatorial, o aquecimento do Atlântico Tropical Norte, logo acima da linha do Equador, inibe a formação de nuvens, reduzindo o volume de chuvas na Amazônia. Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que monitora os rios da bacia Amazônica, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que prevê redução das chuvas para a região Norte, e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que acompanha os impactos do El Niño no Brasil, apontam para a simultaneidade dos fenômenos. Todas as unidades são vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Pesquisas da Embrapa em plantios de castanheira-da-amazônia (Bertholletia excelsa) indicam que a espécie é eficiente para a recuperação de solos degradados em áreas nas quais a floresta foi retirada. Trata-se de um resultado bastante promissor para a recomposição florestal desse bioma, onde existem atualmente mais de 5 milhões de hectares de solos que precisam ser restaurados. Outra vantagem observada é que as castanheiras são capazes de produzir por mais de 40 anos com pouco ou quase nenhum aporte de nutrientes. Além de contribuir para a preservação, esses cultivos podem ajudar a gerar renda e emprego para os povos da floresta, com a geração de serviços ambientais.
A CPI das ONGs ouviu nesta terça-feira (5) o professor da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion sobre a influência da Amazônia para o regime de chuvas e para o clima na América do Sul e no planeta. Segundo ele, na “hipótese absurda de se desmatar toda a Amazônia, o que levaria cerca de 600 anos na taxa atual, o clima global não seria afetado”. O professor disse que a fonte de umidade para regiões fora da Amazônia não é a floresta, e sim o Oceano Atlântico tropical.
A grilagem, uma das principais causas do desmatamento da Amazônia, vem avançando a passos largos nos últimos anos e o principal instrumento que vem sendo utilizado para a apropriação ilegal de terras públicas é o uso fraudulento do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Esse é o tema do segundo episódio da série do Amazoniar sobre grilagem.