Uma imersão no mundo indígena do Alto Xingu

Revisão de uma pesquisa de doutorado, desenvolvida no Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sob a orientação de Eduardo Viveiros de Castro, A flecha do ciúme: o parentesco e seu avesso segundo os Aweti do Alto Xingu , de Marina Vanzolini, é uma imersão no mundo indígena alto-xinguano. Vanzolini, que é professora de Antropologia Social na Universidade de São Paulo (USP), contou com apoio da FAPESP para a publicação do livro. 

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Índios bloqueiam rodovia Transamazônica

Índios da etnia Parakanã interditam pelo terceiro dia, neste domingo (25), um trecho da rodovia Transamazônica, na ponte do Bacuri, que liga os municípios de Marabá e Novo Repartimento, no sudeste do Pará. O grupo afirma que só irá liberar a rodovia com a chegada de representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai).  

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Indígenas Parakanã cortan la carretera Transamazónica al norte de Brasil

RÍO DE JANEIRO (Sputnik) — Un grupo de alrededor de 150 indígenas de la tribu Parakanã mantiene por cuarto día consecutivo su protesta cortando la carretera Transamazónica a su paso por el estado de Pará, al norte de Brasil.  

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Suiá Missú – Os desamparados da desintrusão

Em Alto Boa Vista, cidade que tem mais tratores do que ônibus, toda a elite local, formada por políticos, funcionários públicos, pequenos empresários e produtores, teve algum envolvimento direto nos desdobramentos recentes. A economia do município levou um tombo com o fim do Posto da Mata e a consequente saída dos produtores. Segundo Leuzipe Domingues Gonçalves (PMDB), prefeito da cidade, a arrecadação encolheu quase 80%.

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Suiá Missú – No Mato Grosso, os novos problemas de uma velha disputa

A luta dos índios xavantes para reocupar uma faixa de terra no centro do Brasil, que completou meio século neste ano, ganhou um novo capítulo com o processo de impeachment que tirou Dilma Rousseff (PT) da Presidência. Localizada no divisor das águas das bacias do Araguaia e do Xingu, no nordeste do Mato Grosso, a terra indígena Marãiwatsédé – que significa “mata densa” no dialeto xavante, derivado do tronco linguístico jê –, foi homologada há quase duas décadas, mas só desde o ano passado está sob a posse efetiva dos indígenas. A troca de comando no país, com a assunção do vice-presidente Michel Temer (PMDB), reacendeu um dos mais antigos conflitos da Amazônia.

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Balbina no País da Impunidade

Sob o título “IGNORÂNCIA OU MÁ FÉ SOBRE AS HIDRELÉTRICAS EM TERRAS INDÍGENAS”, Claudio Sales e Alexandre Uhlig, em o Valor Econômico defendem a continuação de projetos hidrelétricos em áreas indígenas da Amazônia, exaltando seus benefícios para as populações amazônicas “(incluindo a indígena)”. Continuar lendo Balbina no País da Impunidade

Ignorância ou má fé sobre as hidrelétricas em terra indígena

No início de agosto, o processo de licenciamento ambiental da Usina Hidrelétrica (UHE) São Luiz do Tapajós, no Pará, foi arquivado pelo Ibama porque os estudos complementares necessários para a análise da viabilidade não foram entregues dentro do prazo previsto.   Apesar de arquivado, a legislação prevê que o projeto possa ser retomado a qualquer momento, mediante nova análise.  Isto é muito diferente do que parte da mídia e algumas instituições vêm divulgando.  Segundo a versão divulgada, o projeto teria sido cancelado ou declarado como inviável do ponto de vista socioambiental.  

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ONU afirma que situação das comunidades indígenas brasileiras é a pior desde 1988

Relatório das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas no Brasil ressalta que os povos indígenas estão mais vulneráveis agora do que em qualquer outro tempo desde a Constituição Federal de 1988. O documento foi divulgado nessa terça, 20 de setembro, durante a 33ª Reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, realizada em Genebra, na Suíça.

Túmulo do cacique Marco Veron: Violência contra indígenas é a pior nos últimos 25 anos. Foto: Ascom MPF/MS
Túmulo do cacique Marco Veron: Violência contra indígenas é a pior nos últimos 25 anos. Foto: Ascom MPF/MS

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UFRR recebe pré-inscrições para cursos de língua e cultura Macuxi e Wapichana

O Instituto Insikiran da Universidade Federal de Roraima (UFRR) já está recebendo as pré-inscrições das pessoas interessadas em participar dos cursos de língua e cultura Macuxi e Wapichana. As atividades são gratuitas e as aulas terão início no dia 15 de outubro de 2016.

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Ministério da Saúde se compromete a buscar recursos para atendimento à saúde de todos os indígenas do oeste do Pará

O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), comprometeu-se com o Ministério Público Federal (MPF) e com os indígenas do oeste do Pará a buscar aumento de verbas para garantir que a ampliação do atendimento à saúde de mais 13 povos indígenas da região se dê de forma satisfatória e acompanhada do aporte de recursos humanos e orçamentários indispensáveis.  

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Sesai garante, em reunião com MPF, atendimento à saúde indígena no Amapá em 2017

A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) iniciou a elaboração de chamamento público para a contratação de profissionais para atender às demandas de saúde indígena no Estado no próximo ano. A informação foi obtida pelo Ministério Público Federal no Amapá (MPF/AP) em reunião realizada na última semana, na Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do MPF, em Brasília.

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Governo Temer muda chefia da Funai após críticas à Rio 2016. Demissão repercute na ONU

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, exonerou nesta terça-feira (20) o presidente substituto da Funai (Fundação Nacional do Índio), Artur Nobre Mendes, e nomeou para o cargo Agostinho do Nascimento Netto, assessor especial do MJ. A demissão de Mendes soou como uma retaliação no Movimento Indígena Nacional e repercutiu em reunião da ONU, pois aconteceu quatro dias após a Funai acusar, em nota oficial, a organização dos Jogos Paraolímpicos Rio 2016 de promover ofensas aos povos indígenas do Brasil.

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A Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós: 10 – A perda de locais sagrados dos Munduruku

A perda de meios de subsistência, destruindo o recurso pesqueiro que é a fonte principal do alimento para os Munduruku, é, logicamente, uma grande preocupação para as aldeias hoje ameaçadas pela barragem. No entanto, a perda do rio também significa a perda do centro sagrado da cultura munduruku, e esta função simbólica recebe ainda mais ênfase quando líderes munduruku contam suas preocupações. Entre os locais sagrados previstos de serem perdidos está o lugar onde Karosakaybu (um ancestral munduruku reverenciado, que era dotado de poderes sobrenaturais) criou o Rio Tapajós em um lugar estreito (o “fecho do Rio Tapajós”) conhecido aos Munduruku como a “travessia dos porcos”. A importância do local foi explicada da seguinte maneira pelo cacique Juarez Saw Munduruku, da aldeia de Sawré Muybu:  

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Como os povos indígenas do rio Negro constroem suas culturas?

Como já mostrei em outros textos, as histórias dos povos indígenas do rio Negro começa desde que eles são seres divinos-humanos. E, principalmente desde que se tornaram humanos e pisaram no patamar da terra cada povo indígena segue construindo suas histórias, suas culturas, suas práticas culturais, seus pensamentos, organizando seus conhecimentos, superando seus desafios, mudando de um lugar para outro em diferentes espaços geográficos até estabelecerem nos lugares atuais.  Continuar lendo Como os povos indígenas do rio Negro constroem suas culturas?

RR – Políticas Indígenas – Lideranças aprovam criação de conselho estadual

Após três dias (14, 15 e 16 de setembro) de debates e diálogos entre a SEI (Secretaria Estadual do Índio), lideranças indígenas e representantes do Governo do Estado e Governo Federal, foi aprovada a criação do Cepi (Conselho Estadual dos Povos Indígenas). O resultado faz parte do I Encontro Estadual de Políticas Indígenas, promovido pelo governo estadual, com a finalidade de manter diálogo com os povos indígenas e garantir boa gestão pública. 

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