Manaus (AM) – Os barcos que abastecem o comércio local já não chegam mais ao município de Benjamin Constant, na região do Alto Solimões, no Amazonas. Por ali, o rio Javari, afluente rio Solimões, baixou tanto que as embarcações de carga não têm condições de navegabilidade. A solução é recorrer a embarcação de menor porte chamada “canoão” para levar alguns produtos, encarecendo o valor no mercado.
Dois fenômenos simultâneos podem agravar e até prolongar a seca na Amazônia. Além do El Niño, que aumenta a temperatura das águas superficiais do oceano na região do Pacífico Equatorial, o aquecimento do Atlântico Tropical Norte, logo acima da linha do Equador, inibe a formação de nuvens, reduzindo o volume de chuvas na Amazônia. Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que monitora os rios da bacia Amazônica, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que prevê redução das chuvas para a região Norte, e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que acompanha os impactos do El Niño no Brasil, apontam para a simultaneidade dos fenômenos. Todas as unidades são vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O Serviço Geológico do Brasil (SGB), a partir do monitoramento hidrológico, gera informações que auxiliam gestores públicos na tomada de decisões diante de eventos hidrológicos extremos. Na quarta-feira (13), o pesquisador em geociências Marcus Suassuna participou da Reunião Técnica Enfrentamento ao Período de Seca do Acre 2023, promovida pelo governo do estado.
Manaus (AM)- Há 20 dias o Amazonas mantém o primeiro lugar no ranking do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). São 5.467 focos de calor de 17 de agosto a 5 de setembro, o que corresponde a 35,5% de todos os focos da Amazônia Legal. Comparando os dados entre 2010 a 2023, esta é a primeira vez que o estado permanece nesse período em primeiro lugar, consolidando-se com números crescentes.
MANAUS – Pelo menos três municípios do Amazonas estão em situação de emergência com o período de estiagem dos rios no Amazonas. De acordo com a Defesa Civil do Estado, Benjamin Constant (na Calha do Alto Solimões) e Envira e Itamarati (na Calha do Juruá) já sentem os primeiros danos da seca. A escassez de água, durante a seca na Amazônia, afeta diretamente as atividades de pesca, agricultura e abastecimento das comunidades ribeirinhas.
Manaus (AM) – Na madrugada desta sexta-feira (1º), um cheiro forte de fumaça invadiu as casas em Manaus (AM), como resultado de incêndios de grandes proporções que acontecem em Autazes e Careiro da Várzea, municípios localizados no interior do Amazonas, segundo os dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O mês começou e a temporada de queimadas, intensificada pelo fenômeno El Niño, já chega com força no estado.
Estações monitoradas pelo Sistema de Alerta Hidrológico do Serviço Geológico do Brasil indicam que o nível das águas começou a registrar descidas normais para o período
Brasília (DF), 19/07/2023 – O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM), órgão do Ministério da Defesa, expandiu a capacidade de utilização da ferramenta “Painel do Fogo” para todos os países Amazônicos. A novidade foi apresentada durante o 3° Seminário “Painel do Fogo”, realizado nesta quarta-feira (19), com a presença do Ministro da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, em Brasília. A ferramenta “Painel do Fogo”, que já auxilia equipes especializadas na detecção e combate a incêndios florestais no Brasil, agora, abrange também os países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA); composta pela Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
A “temporada do fogo” na Amazônia brasileira é o período com maior ocorrência de incêndios florestais, na estação seca do bioma, e só existe porque tem gente que continua usando o fogo em práticas agropecuárias e no processo de desmatamento: 81% dos focos de calor ocorrem de agosto a novembro, na média dos últimos sete anos, com base em dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Esta entrevista foi publicada originalmente na Um Grau e Meio, newsletter com análises exclusivas sobre clima, meio ambiente e sociobiodiversidade, produzida pelo IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).
Porto Velho (RO), 30/06/2023 – A escassez de água durante os períodos de seca na Amazônia afeta diretamente as atividades de pesca, agricultura e abastecimento das comunidades ribeirinhas. Para apoiar os órgãos de defesa civil na redução dos impactos da estiagem, o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), do Ministério da Defesa, promoveu a conferência “Pré-seca: Análise e Prognóstico para 2023”.