Governadora de Roraima pede ajuda a Temer para concluir Linhão de Tucuruí

A governadora de Roraima, Suely Campos (PP), pediu ajuda ao presidente Michel Temer para avançar com a construção do Linhão de Tucuruí, de forma a amenizar os riscos de apagão no estado. A maior parte da energia elétrica consumida em Roraima (72,2%) tem como origem a Venezuela. O restante (27,8%) é gerado a partir de quatro usinas termelétricas. 

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BNDES aprova financiamento para projetos de energia renovável na Amazônia

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou hoje (14) condições especiais de financiamento para projetos de geração renovável de energia elétrica a serem implementados em áreas isoladas da região amazônica em parceria com a Amazonas Energia, distribuidora de energia elétrica controlada pelo Sistema Eletrobras.

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Hidrelétricas e o IPCC: 9 – Contagem incompleta a jusante

O que se entende por “emissões a jusante” varia entre autores, o termo às vezes é usado para referir-se à emissão da desgaseificação quando a água emerge das turbinas e para a emissão da superfície da água no rio a jusante da barragem, e, às vezes, o termo é usado somente para o fluxo da superfície do rio a jusante. Medições de fluxo no rio muito abaixo da saída da barragem perderão a maior parte das emissões, que ocorrem predominantemente nos primeiros metros abaixo das turbinas.

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AGU comprova que sociedade foi consultada sobre alteração na licença de hidrelétrica

A Advocacia-Geral da União (AGU) comprovou na Justiça a legalidade de retificação feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na Licença de Operação (LO) da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio para elevar a cota do reservatório de 70,5 para 71,3 metros. 

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Hidrelétricas e o IPCC: 8 – Turbinas e árvores mortas ignoradas

Quando a água é liberada a partir das turbinas está sob pressão considerável – por exemplo, no caso Tucuruí, a pressão é de aproximadamente quatro atmosferas devido ao peso da água no nível das entradas das turbinas (atualmente em 40 m de profundidade), além de uma atmosfera de pressão devido ao peso do ar acima do reservatório. Esta pressão é reduzida de repente para uma atmosfera na hora que a água emerge das turbinas, causando uma imediata emissão de gases. Grande parte desta emissão ocorrerá quase que imediatamente.

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Hidrelétricas e o IPCC: 7 – Reservatórios como “áreas úmidas”

O IPCC classifica os reservatórios como “áreas úmidas” (“wetlands“), mas uma revisão da seção de áreas úmidas das diretrizes (“guidelines”) de 2006 do IPCC [1] realizada entre 2011 e 2013 excluiu explicitamente da revisão a parte sobre emissões de reservatórios ([2], p. O.4).

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Hidrelétricas e o IPCC: 6 – As diretrizes de 2006

O IPCC produziu um novo conjunto de diretrizes em 2006, que fornece informações para as emissões de reservatório em um apêndice. A 17a Conferência das Partes (COP-17), realizada em Durban (África do Sul) em 2011, decidiu que as diretrizes de 2006 do IPCC seriam usadas para os inventários nacionais começando em 2015 para os países de Anexo I (Decisão 15/CP.17: [1]). Para relatar emissões de metano, o Tier 1 é especificado para incluir apenas as emissões relativamente modestas que ocorrem por meio de difusão da superfície do reservatório.

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Hidrelétricas na Amazônia: uma ameaça para o clima

A aposta do governo brasileiro nas hidrelétricas com grandes reservatórios na Amazônia representa um passo atrás em relação aos compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris.

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Hidrelétricas e o IPCC: 5 – Emissões de gases nos inventários nacionais

As emissões de barragens tropicais representam uma lacuna significativa nos inventários nacionais de gases de efeito estufa compilados para a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). Pelas diretrizes do IPCC, informações para cada item podem ser relatadas em um de três “tiers“, ou níveis de complexidade metodológica.

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Hidrelétricas e o IPCC: 4 – Barragens tropicais emitem mais

Barragens tropicais, especialmente aquelas nos trópicos úmidos, emitem substancialmente mais gases de efeito estufa do que aquelas em outras zonas climáticas (ver extensa revisão por Barros et al. [1],). Isto se reflete nos estudos de ciclo de vida: uma revisão por Steinhurst et al. [2] conclui que barragens tropicais emitem 1.300-3.000 g CO2e/kWh contra 160-250 g CO2e/kWh para barragens boreais, com termelétricas, utilizando gás natural, petróleo e carvão emitindo 400-500, 790-900 e 900-1.200 g CO2e/kWh, respectivamente.

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Barragem de Belo Monte agravou seca na Volta Grande do Xingu, no Pará

Peixes e quelônios desaparecem em trecho do rio, comprometendo a segurança alimentar das populações tradicionais. 

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RR – Municípios do interior vão receber iluminação pública por meio de energia solar

Projeto do Ministério do Desenvolvimento começará a ser implantado no município de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela.

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Hidrelétricas e o IPCC: 3 – Escolha enviesada de literatura

A literatura utilizada no relatório especial então é reduzida porque o processo de seleção que foi adotado restringe a consideração para barragens onde as emissões haviam sido reportadas de forma “facilmente conversível para a unidade funcional escolhida para este estudo: gramas de CO2e por kWh gerado” ([1], p. 981) (ver também crítica por [2], que também lista numerosas omissões nos poucos estudos que foram usados nas estimativas globais do relatório especial). “CO2e”, ou “equivalentes de dióxido de carbono”, expressa os impactos sobre o aquecimento global de todos os gases, incluindo o metano (CH4) e óxido nitroso (N2O), em termos dos pesos de CO2 que teriam o mesmo efeito, com base no potencial de aquecimento global (GWP) de cada gás.

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Brasil e Bolívia terão inventário de potencial hidrelétrico na fronteira

O Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), em parceria com a Eletrobras e a Empresa Nacional de Eletricidade da Bolívia (Ende) , lançou uma licitação pública internacional para estudos de inventário hidrelétrico binacional em parte da Bacia do Rio Madeira e nos principais afluentes em territórios brasileiro e boliviano.  

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