Depois das fortes chuvas que atingiram o município de Rio Branco, na última sexta-feira (25.3), o nível de água do Rio Acre continua subindo. De acordo com informações da Defesa Civil, o rio está acima da cota de transbordamento, que é de 14 metros. Neste domingo (27), o nível chegou a 14,9 metros.
O excesso de chuva no estado fez um trecho da BR-364, entre Sena Madureira e Manoel Urbano, interior do Acre, ceder durante o fim de semana. No local já existe um desvio e sinalização para ajudar os motoristas que passam pelo trecho.
O tradicional Alerta de Cheias do Amazonas, promovido pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), terá sua primeira edição em 2022 na quinta-feira, 31 de março. O alerta será transmitido pela TV CPRM no YouTube, às 9h pelo horário de Manaus e 10h pelo horário de Brasília.
Cruzeiro do Sul (AC) – O Comando de Fronteira Juruá/61° Batalhão de Infantaria de Selva (C Fron Juruá/61° BIS) iniciou, na manhã do dia 1º de março, o apoio à população que mora nas proximidades do Rio Juruá, na cidade de Cruzeiro do Sul.
O inverno amazônico é um momento de muita chuva e cheia nos mananciais de todo o Acre. Cenário em que ribeirinhos ficam vulneráveis e precisam de um olhar especial do Estado.
O trecho da BR-364 entre Ariquemes (RO) e Itapuã do Oeste (RO) continua parcialmente interditada por conta da cheia do rio Jamari. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a previsão era de liberação total da via nesta terça-feira (1º), mas a conclusão da obra de elevação da rodovia não foi concluída.
Com o Acre isolado do resto do país desde a última quinta-feira 24, quando a cheia do Rio Jamari, próximo ao município de Ariquemes (RO), interditou o quilômetro 540 da BR-364, o governador Gladson Cameli enviou neste último final de semana uma equipe composta de profissionais do Corpo de Bombeiros e Defesa Civil para avaliar a situação da estrada, prestar apoio ao estado vizinho e buscar soluções que levem a minimização dos impactos causados pela enchente.
O governo do Estado enviará neste sábado, 26, uma equipe composta por militares do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil Estadual e Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) para prestar apoio e verificar a situação dos caminhões com destino ao Acre que estão impedidos de seguir viagem devido a inundação de um trecho de aproximadamente 500 metros da BR-364, em Rondônia.
Rio Branco (AC) – Um vídeo com imagens de indígenas Huni Kuin recolhendo objetos e alimentos descartados por comerciantes após a descida das águas dos rios Jordão e Tarauacá, no Acre, que circula nas redes sociais vem causando comoção e revolta em quem assiste às imagens. Os produtos são de comércios que foram inundados pelo transbordamento dos dois rios. As intensas chuvas que caíram sobre as cabeceiras dos rios desde o último fim de semana provocaram o transbordamento que afeta comunidades indígenas e ribeirinhas espalhadas ao longo dos dois mananciais. O vídeo, sem autoria identificada, é acompanhado de um relato em que uma voz masculina diz: “Após o nível das águas começar a baixar, o material descartado pelo comércio está sendo reaproveitado pelos indígenas”.
Com o objetivo de mitigar os efeitos de uma enchente e auxiliar a população em caso de necessidade, o governo do Acre, por meio da Defesa Civil, faz o monitoramento do Rio Acre na capital, Rio Branco.
O grande volume de chuvas observado nas bacias dos rios Negro e Solimões em dezembro do ano passado causou comportamento hidrológico atípico com aumento expressivo no nível das cotas esperadas para janeiro de 2022 em diversos rios, incluindo o Negro na orla da cidade de Manaus.
O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) está, desde o dia 15/01, com uma equipe especial em Marabá/PA para o monitoramento das cheias que vêm acometendo a bacia do rio Tocantins e seus afluentes – resultado das fortes chuvas causadas pelo fenômeno La Niña. O rio chegou a atingir, no dia 19, o nível de 13,1m de altura. Mais de 4 mil famílias foram afetadas desde o início das enchentes e várias ruas da cidade continuam encobertas pela água.
A Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) presta apoio, desde o dia 14 de janeiro, a população ribeirinha atingida por enchentes provocadas por fortes chuvas e elevação do nível do leito dos rios Tocantins e Itacaiúnas, em Marabá (PA).
Classificado pela prefeitura de Marabá como “um dos maiores desastres naturais [local] dos últimos dez anos”, a cheia dos rios Tocantins e Itacaiúnas já afetou ao menos 3.410 famílias residentes na cidade, localizada no sudeste do Pará.