O Ministério da Justiça e Segurança Pública prorrogou, até 1º de janeiro de 2024, o emprego da Força Nacional de Segurança Pública nas ações de proteção, fiscalização e combate aos crimes ambientais das áreas de atuação do ICMBio, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. A medida foi publicada nessa quinta-feira (5) no Diário Oficial da União.
Em um ano, com a virada de governo e ações articuladas, a área de desmatamento da Amazônia Legal caiu de 1.454,76 quilômetros quadrados (km²) para 590,3 km², na comparação de setembro de 2022 para o mesmo mês deste ano. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.
O senador Plínio Valério (PSDB-AM), em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (26), voltou a manifestar preocupação com a implantação do Centro de Cooperação Policial Internacional na capital amazonense, Manaus, para combater crimes ambientais e narcotráfico na Amazônia, sem que sejam avaliados os impactos da influência estrangeira na região. Lembrou que o projeto é financiado pelo Brasil.
A Marinha do Brasil e o Exército Brasileiro, atuando coordenadamente, sob a égide da Lei Complementar n° 97, combateram, durante o mês de setembro, crimes transfronteiriços e ambientais, na região do Alto Japurá.
Dois fenômenos simultâneos podem agravar e até prolongar a seca na Amazônia. Além do El Niño, que aumenta a temperatura das águas superficiais do oceano na região do Pacífico Equatorial, o aquecimento do Atlântico Tropical Norte, logo acima da linha do Equador, inibe a formação de nuvens, reduzindo o volume de chuvas na Amazônia. Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que monitora os rios da bacia Amazônica, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que prevê redução das chuvas para a região Norte, e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que acompanha os impactos do El Niño no Brasil, apontam para a simultaneidade dos fenômenos. Todas as unidades são vinculadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Diretora adjunta de pesquisa no IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), Patrícia Pinho participou de evento sobre a Amazônia na Cúpula de Ciências da 78a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas nesta sexta-feira (15). O “Amazon Day: Science for the Amazon” foi organizado pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
Pesquisas da Embrapa em plantios de castanheira-da-amazônia (Bertholletia excelsa) indicam que a espécie é eficiente para a recuperação de solos degradados em áreas nas quais a floresta foi retirada. Trata-se de um resultado bastante promissor para a recomposição florestal desse bioma, onde existem atualmente mais de 5 milhões de hectares de solos que precisam ser restaurados. Outra vantagem observada é que as castanheiras são capazes de produzir por mais de 40 anos com pouco ou quase nenhum aporte de nutrientes. Além de contribuir para a preservação, esses cultivos podem ajudar a gerar renda e emprego para os povos da floresta, com a geração de serviços ambientais.