ONU afirma que situação das comunidades indígenas brasileiras é a pior desde 1988

Relatório das Nações Unidas sobre os direitos dos povos indígenas no Brasil ressalta que os povos indígenas estão mais vulneráveis agora do que em qualquer outro tempo desde a Constituição Federal de 1988. O documento foi divulgado nessa terça, 20 de setembro, durante a 33ª Reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, realizada em Genebra, na Suíça.

Túmulo do cacique Marco Veron: Violência contra indígenas é a pior nos últimos 25 anos. Foto: Ascom MPF/MS
Túmulo do cacique Marco Veron: Violência contra indígenas é a pior nos últimos 25 anos. Foto: Ascom MPF/MS

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População tradicional da RDS do Tupé vive conflito ambiental no Amazonas

O Amazonas tem grandes extensões de florestas e bons exemplos de que a população tradicional pode sobreviver em áreas protegidas em equilíbrio com a natureza. Mas na unidade de conservação Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Tupé os moradores vivem um conflito ambiental. A indígena da etnia Baré, dona Jeremias de Souza Tavares, 52 anos, é moradora da Comunidade Nossa Senhora do Livramento, que fica dentro da reserva. Mãe de 12 filhos, ela diz que é proibida pela Prefeitura de Manaus de praticar atividades básicas como fazer o roçado para plantar, além  de caçar e pescar para a subsistência da família.  

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UFRR recebe pré-inscrições para cursos de língua e cultura Macuxi e Wapichana

O Instituto Insikiran da Universidade Federal de Roraima (UFRR) já está recebendo as pré-inscrições das pessoas interessadas em participar dos cursos de língua e cultura Macuxi e Wapichana. As atividades são gratuitas e as aulas terão início no dia 15 de outubro de 2016.

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Pesquisadores apresentam em oficina os resultados da Expedição Serra da Mocidade

Os primeiros resultados da Expedição Serra Mocidade, em Roraima, serão apresentados na próxima semana (27 e 28), em Manaus. A jornada científica de 25 dias num maciço de montanhas de quase dois mil metros de altitude, num dos lugares mais isolados da Amazônia brasileira, rendeu até agora a descoberta de pelo menos 40 novas espécies de plantas e animais, além da produção de um documentário. A previsão é a de que o Expedição Novas Espécies seja exibido nos cinemas e na TV ainda este ano.

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Indígenas e Petroperu acertam limpeza de vazamento de petróleo na Amazônia

A comunidade indígena peruana Nova Aliança acertou com a empresa estatal Petroperu sobre como serão os trabalhos de limpeza do derramamento provocado pelo oleoduto norperuano no distrito de Urarinas, na região amazônica do país.

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Califican Arco Minero de crimen ecológico y crimen de Estado

“El decreto sobre la explotación del Arco Minero del Orinoco constituye un gigantesco crimen ecológico, que significaría la liquidación de Guayana, Amazonas y el Delta”.

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Plataforma calcula investimento para recuperar floresta nas propriedades

O Instituto Escolhas disponibilizou, nesta quarta-feira (21/9), uma plataforma digital #Quantoé? plantar floresta  que ajuda estimar o valor necessário para recuperar a área de floresta nas propriedades rurais brasileiras e o retorno econômico que essa floresta poderia gerar. Nela, a pessoa seleciona no mapa a macrorregião onde está a área a ser recuperada, insere o tamanho (em hectares) e a plataforma propõe oito modelos de recuperação de floresta para que o interessado escolha, dependendo do grau de degradação da área e sua finalidade (área de preservação permanente, reserva legal ou somente florestamento), com ou sem intenção de retorno financeiro.  A plataforma permite que o proprietário calcule o valor do que precisa investir combinando diferentes modelos de recuperação de florestas, com porções variadas de cada um desses modelos, estimando o valor para cada uma dessas combinações

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Desmatamento zero na Amazônia Brasileira: o que está faltando?

O desmatamento na Amazônia brasileira sofreu uma drástica redução nos últimos anos. Em 2005, cerca de 19 mil km2 de florestas foram derrubadas, contra 5 mil km2 em 2014. Uma queda de 70%. Um feito que demonstra ser possível avançar no controle da destruição da floresta. No entanto, desde 2012 esta taxa insiste em se manter ao redor de 5 mil km2. A floresta, portanto, continua sendo removida, só que a uma velocidade menor. A remoção da floresta, combinada com o aquecimento global, poderá gerar impactos nefastos no regime das chuvas e nos ciclos hidrológicos da região. Portanto, o desafio imposto à sociedade está em zerar o desmatamento da Amazônia.  

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Ministério da Saúde se compromete a buscar recursos para atendimento à saúde de todos os indígenas do oeste do Pará

O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), comprometeu-se com o Ministério Público Federal (MPF) e com os indígenas do oeste do Pará a buscar aumento de verbas para garantir que a ampliação do atendimento à saúde de mais 13 povos indígenas da região se dê de forma satisfatória e acompanhada do aporte de recursos humanos e orçamentários indispensáveis.  

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Sesai garante, em reunião com MPF, atendimento à saúde indígena no Amapá em 2017

A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) iniciou a elaboração de chamamento público para a contratação de profissionais para atender às demandas de saúde indígena no Estado no próximo ano. A informação foi obtida pelo Ministério Público Federal no Amapá (MPF/AP) em reunião realizada na última semana, na Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais do MPF, em Brasília.

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Governo Temer muda chefia da Funai após críticas à Rio 2016. Demissão repercute na ONU

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, exonerou nesta terça-feira (20) o presidente substituto da Funai (Fundação Nacional do Índio), Artur Nobre Mendes, e nomeou para o cargo Agostinho do Nascimento Netto, assessor especial do MJ. A demissão de Mendes soou como uma retaliação no Movimento Indígena Nacional e repercutiu em reunião da ONU, pois aconteceu quatro dias após a Funai acusar, em nota oficial, a organização dos Jogos Paraolímpicos Rio 2016 de promover ofensas aos povos indígenas do Brasil.

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Países amazônicos articulam rede ambiental

Cinco países que integram o bioma amazônico debatem, em Brasília, os rumos dos programas de conservação ambiental com proteção social. Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador e Guiana participam do primeiro seminário internacional sobre o tema. O encontro vai até sexta-feira (24/09) para trocar experiências e articular a criação de uma Rede de Panamazônica de Proteção Socioambiental. Serão debatidos programas como o Bolsa Verde, do Brasil, e o Conserbo, da Bolívia. 

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A Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós: 10 – A perda de locais sagrados dos Munduruku

A perda de meios de subsistência, destruindo o recurso pesqueiro que é a fonte principal do alimento para os Munduruku, é, logicamente, uma grande preocupação para as aldeias hoje ameaçadas pela barragem. No entanto, a perda do rio também significa a perda do centro sagrado da cultura munduruku, e esta função simbólica recebe ainda mais ênfase quando líderes munduruku contam suas preocupações. Entre os locais sagrados previstos de serem perdidos está o lugar onde Karosakaybu (um ancestral munduruku reverenciado, que era dotado de poderes sobrenaturais) criou o Rio Tapajós em um lugar estreito (o “fecho do Rio Tapajós”) conhecido aos Munduruku como a “travessia dos porcos”. A importância do local foi explicada da seguinte maneira pelo cacique Juarez Saw Munduruku, da aldeia de Sawré Muybu:  

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