A programação inicia dia 14 e inclui o projeto Círculo de Memória com a participação de movimentos culturais, mesas-redondas, palestras, lançamento de livro, mostra científica e exposição.

Agência Museu Goeldi – Entre os dias 14 a 18 de maio, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) convida o público a participar da programação em homenagem ao Dia Internacional dos Museus, comemorado em 18 de maio, e da 23ª Semana Nacional de Museus.

Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), que coordena a Semana no território nacional, escolheu como tema  “O futuro dos museus em comunidades em rápida transformação”, buscando discutir temas como o patrimônio imaterial e a importância das novas tecnologias na transformação dos museus em hubs sustentáveis e inovadores. A Semana Nacional é uma iniciativa anual que mobiliza museus e instituições culturais em todo o país.

Participam da 23ª Semana Nacional de Museus mais de mil museus e instituições culturais em todo o Brasil, oferecendo uma variedade de atividades presenciais e online, como exposições, visitas guiadas, palestras, oficinas e apresentações artísticas. Para mais informações sobre a programação nacional completa e inscrições, acesse o site oficial do evento: visite.museus.gov.br.

Abraçando a temática proposta pelo Ibram, o Museu Goeldi oferece em 2025 uma diversidade de atividades que ilustram como o museu se insere e interage com as comunidades em constante evolução na Amazônia.

Programação – A programação do Museu Goeldi, um dos mais antigos e maiores museus de história natural e etnografia do Brasil, aborda temas como saberes tradicionais, ciência e educação museal, inclui mesas-redondas, palestras, lançamento de livro, mostra científica, exposição e o projeto Círculo de Memória.

Para o coordenador de Museologia do Museu Goeldi, Emanoel Fernandes Jr, a Semana Nacional é um dos momentos que “promovem a discussão sobre o papel ativo dos museus no diálogo com a sociedade e na conservação do patrimônio natural e cultural”.

“A programação do Museu Goeldi para a Semana de Museus 2025 demonstra o compromisso da instituição em ser um agente ativo na sua comunidade, promovendo o conhecimento, a reflexão e o diálogo em um contexto de rápidas transformações. As atividades oferecidas buscam fortalecer os laços entre o museu e a sociedade, mostrando a relevância do patrimônio e da pesquisa para o presente e o futuro da Amazônia”, explica Emanoel.

Abrindo a agenda comemorativa, no dia 14 de maio, de 10h às 12h, será realizada no auditório do Centro de Exposições Eduardo Galvão, a mesa-redonda “O Futuro dos Museus em Comunidades em Rápida Transformação”, com participação de Sue Costa, coordenadora de Comunicação e Extensão do Museu Goeldi e Ana Harada, pesquisadora e coordenadora do Programa de Estudos costeiros da instituição, como mediadora. Samia Queiroz (Ponto de Memória da Terra Firme), Karoline Neves (RESEX de Cuiarana em Magalhães Barata), Amanda Oliveira (RESEX Mestre Lucindo em Marapanim), Janete Pereira (RESEX Mãe Grande de Curuça)  e Terezinha Resende (ECOMUSEU de Belém) participarão como palestrantes.

Pela tarde no mesmo dia, de 14h às 16h, Lucia Santana, tecnologista e coordenadora do Grupo de Estudos de Museologia Social do Goeldi,  mediará a mesa-redonda “O Papel das Instituições de Pesquisa, Ensino e de Conservação nas Unidades de Conservação com foco nas Reservas Extrativistas Marinhas”, com participação de Maria Augusta Lima (Técnica Ambiental/ICMBio), Gilberto Rocha (Núcleo de Meio Ambiente da UFPA), Amílcar Mendes (pesquisador do Programa de Estudos Costeiros/ MPEG), Clézio Silva Fonseca (Técnico em Gestão Pública da SEMMAS-PA) e Maura Sousa (Gerente de Programa RARE do Brasil) como palestrantes.

No dia 15, o Museu Goeldi convida todos para conhecer mais sobre a jornada pela Amazonia daquele que é considerado junto com Darwin um dos fundadores da Teoria da Evolução,  Alfred Russel Wallace, no “WallDay”. A programação desta data, organizada pelo Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Evolução (PPGBE) e também pelo Programa de Pós-Graduação em Zoologia (PPGZool) realizada no auditório Pedro Cavalcante do Campus de Pesquisa da instituição, das 8:30h às 17h.

Pela manhã, serão realizadas as palestras “Wallace na Amazônia e o início da Teoria da Evolução” e “Os trabalhos de Alfred Wallace na Amazônia e os colaboradores locais”, ministradas por Fernando Carvalho-Filho (MPEG) e Ildeu de Castro Moreira (MNRJ), respectivamente. Além disso, Gabriela Gonçalves (UFPA, MPEG/PPBio) apresentará a palestra cujo título é “Dados atemporais: como naturalistas do passado continuam contribuindo com o conhecimento atual usando novas tecnologias”.

Após o almoço, Nelson Sanjad (MPEG) palestrará sobre “Intertextualidade em relatos de viagem: o rio Capim e seus habitantes nas narrativas de Wallace (1849), Barbosa Rodrigues (1874-1875) e Goeldi (1897). Ainda de tarde, acontecerá a mesa-redonda “Ainda é possível ser um explorador nos dias de hoje?”, com Lívia Pires-Prado (MPEG/PPBIOAmor), Raimundo Luiz Sousa (ECOPRO-UFPA), Fernando Carvalho-Filho (MPEG) e, como mediadora, Caroline Souza (ITV/UFRA).

Acompanhe a programação completa do WallDay no canal do Museu Goeldi no Youtube. Clique no sino para ativar o alerta.

Enfatizando o papel do museu como um espaço de encontro e valorização das diversas memórias e saberes das comunidades amazônicas, dia 17, das 9h às 13h, no Parque Zoobotânico, a programação abraçará o “Círculo da Memória”, projeto do Fórum de Museus da Amazônia, em parceria com o Museu Goeldi, que tem como objetivo fortalecer e divulgar o acervo de saberes e fazeres de Pontos de Memória da Amazônia.

O projeto apresentará temas diversos como literatura de cordel, exposições virtuais, jogos étnico-raciais, músicas ancestrais, painéis fotográficos e banners que traduzem a ação destes pontos. O momento contará com a participação do Fórum de Museu da Amazônia, Musear das Ilhas, Museu SurrupiraPonto de Memória da Terra Firme, Associação da Consciência Quilombola de Castanhal, Rede de Mulheres das Marés das Águas de Caição/Curuçá e Museu d’água.

Também no dia 17, ocorrerá, às 10h, a abertura da exposição “Semeando a Vida: Como ocorre a dispersão de sementes na Amazônia” no Centro de Ciências e Planetário do Pará em parceria com o Museu Goeldi.

Por fim, no domingo (18), os visitantes poderão conhecer a mostra científica “Os anfíbios da Coleção Emília Snethlage, com a participação de Alexandre Missassi (Bolsista DTI-A FAPESPA), Neuza Araújo (Bolsista PCI – Museu Goeldi) e Mayara Larrys (Chefe do Serviço de Educação – SEEDU/MPEG). A mostra científica ocorrerá no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi.

Acompanhe a programação do Museu Goeldi no portal da instituição e pelos perfis oficiais no Instagram, Facebook, X e Linkedin.

Texto: Marcelo Dias, com colaboração de Emanoel Fernandes / Edição: Joice Santos – Museu Goeldi na 23ª Semana Nacional de Museus — Museu Paraense Emílio Goeldi