Mamirauá participa de projeto piloto que monitora a biodiversidade da Serra do Cipó

O Instituto Mamirauá iniciou colaboração com o ICMBio para o desenvolvimento de um protocolo de monitoramento acústico das unidades de conservação brasileiras

Foto postada em: Instituto Mamirauá

O Parque Nacional da Serra do Cipó, em Minas Gerais, foi palco da instalação de gravadores acústicos para avaliação de um protocolo de monitoramento acústico da biodiversidade. O projeto, que iniciou no dia 28 de novembro faz parte de uma colaboração técnico-científica entre o Instituto Mamirauá e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Nesta primeira etapa do projeto o pesquisador Leandro Nascimento, do Instituto Mamirauá, apoiou a instalação 14 gravadores acústicos em áreas remotas do Parque Nacional. Em junho serão recolhidas as primeiras gravações e, caso este estudo tenha sucesso, a ideia é que o protocolo possa ser implementado em outras unidades de conservação do Brasil.

O protocolo de monitoramento bioacústico permite que os estudiosos da área acompanhem as alterações do ecossistema analisado, além de aumentar a capacidade de detectar fenômenos que envolvem a fauna, flora e clima da biodiversidade do bioma.

O Instituto Mamirauá ocupa um importante lugar neste projeto, como explica Leandro Nascimento, doutor em ecologia. “Essa parceria entre o Instituto Mamirauá e o Monitora do ICMBio é extremamente importante para o monitoramento da biodiversidade brasileira e coloca o Mamirauá como importante disseminador desse tipo de tecnologia no Brasil. A expectativa é que a parceria traga resultados positivos para ambas instituições e nos permita estabelecer o primeiro protocolo de monitoramento acústico do Brasil”.

Andamento do protocolo

Durante a implementação do projeto, que ainda está no início, os pesquisadores tiveram que enfrentar algumas adversidades para a instalação dos gravadores, como conta Ivan Braga, Analista Ambiental do ICMBio. “Estamos instalando em ambiente de campo rupestre, a incidência solar é muito forte. Além disso, tem épocas muito secas e a próxima época, que é de inverno, além do sol forte, tem umidade muito alta. Tudo isso exige uma manutenção intensa dos equipamentos”.

Emiliano Esterci, diretor técnico-científico do Instituto Mamirauá, destaca a importância da colaboração do Instituto Mamirauá com o ICMBio e a colaboração na formulação de protocolos de monitoramento da biodiversidade. “Essa parceria entre o Instituto Mamirauá e o Monitora do ICMBio é extremamente importante para o monitoramento da biodiversidade brasileira. A expectativa é que a parceria nos permita estabelecer o primeiro protocolo de monitoramento acústico para as unidades de conservação federais do Brasil”, afirma.

As análises e estudos do projeto seguirão por cerca de 11 meses e a expectativa é que o protocolo seja implementado em várias unidades de conservação.

PUBLICADO POR: INSTITUTO MAMIRAUÁ – Mamirauá participa de projeto piloto que monitora a biodiversidade da Serra do Cipó (mamiraua.org.br)