Repetição da História

Mais uma vez tenho a honra de repercutir um belo artigo de meu caro Amigo, Irmão e Mestre Higino Veiga Macedo, editado em ‎04‎ de dezembro‎ de ‎2022.

Brasil – Ordem da Pena Branca

Repetição da História
(Por Higino Veiga Macedo)   

Há um pensador ([1]) que afirmou: “Um povo que não conhece sua história está fadado a repeti-la”. Eu complementaria: “um povo que não conhece a história universal poderá repetir erros alheios”.

O Brasil, desde outubro vive um drama. Eleições fraudadas, evidente em qualquer lógica primária do sistema eleitoral e por posicionamento de autoridades – “eleições não se vence, se toma”. Há um halo de medo e covardia. E esse Brasil já foi cantado em livros como “A Nação que salvo a si mesmo”.

E foi salvo por suas Forças Armadas. E nova­mente espera dela outra salvação. E qual a lógica de uma nação ser salva e ou vigiada pelas suas Forças Armadas? A lógica está em acontecimentos registrados pela história mundial recente.

Mas antes algumas considerações. Forças Armadas, que a mim, após a criação do Ministério da Defesa é apenas Força Armada administrada por aquele.

É como o Exército: composto de Infantaria, Cavalaria e os Apoios. Tudo vira um sistema de Forças. A FA é um instrumento nacional. Não é Estatal e nem Governamental. Assim, qualquer “poder governamen­tal” que queira oprimir o povo, cabe a ela acudir em socorro. E por final, a muito santificada Constituição Federal só será por ela defendida se tal Constituição não for manipulada por setores governamentais e ou facções infiltradas nos partidos ideológicos durante os aparelhamentos administrativos dos três governos: executivo, legislativo e judiciário.

Mas a história recente mais marcante de exploração de um povo, com a covardia de suas FFAA, vem da Rússia. O marxismo, que é puramente alemão, gerou um bando de terroristas russos. Pela debilidade de uma monarquia corrupta, ao término da Primeira Grande Guerra, restou uma tropa débil e fraca, coman­dada por oficiais cooptados e fracos, infiltrada pelas novidades ideológicas. Promessa do Éden.

1917 – Outubro – “Revolução de Outubro”; ou “Bolchevique”; ou “Segunda Revolução”. Insurreição armada organizada pelos bolcheviques contra o governo; Trotsky à frente do Comitê Militar Revolucionário (trabalhadores, soldados e marinheiros armados) toma o Palácio de Inverno, onde estava instalado o Governo Provisório.

Conseguiram uma guerra civil e a implantação de um novo marxismo mais complexo que o marxismo de Marx – o comunismo. Na oportunidade Lênin cria a transição do socialismo para o comunismo chamando-o de ditadura do proletariado.

Pela covardia dos comandantes de suas Forças Armadas seu povo amargou centenas de milhares de mortes, torturas, roubos e campos de concentração – GULAG ([2]). O povo vai a holocausto, dirigido por socialistas internacionalistas e umas Forças Armadas de líderes covardes.

A Primeira Grande Guerra gera o monstro sovi­ético. E permite que ainda a Alemanha gestar outro monstro – o Nazismo. Na Alemanha sai uma monar­quia, cria-se uma república de fachada e cai numa ditadura socialista. Um líder promete a volta dos tempos ancestrais, com a raça pura. O Exército se orgulha de ser ultra disciplinado e é dominado por políticos inescrupulosos. A Alemanha, arrasada na Primeira Grande Guerra, provoca a Segunda Grande Guerra. O povo alemão vai ao holocausto dirigidos por socialistas nacionalistas… E pela covardia de suas FFAA, orgulhosamente disciplinada, que permitiu sua Constituição ser manipulada por ideologia espúria. Importante: os oficiais não eram nazistas e nem foram cooptados, mas omissos por serem disciplinados. Confundiram disciplina com subserviência.

Na mesma gestação de socialismo alemão, a Itália gesta outro socialismo nacionalista: o Fascismo. O caminho foi o mesmo da Alemanha: monarquia, república para cumprir um “faz de conta” e uma ditadura. FFAA sem líder, mas aqui cooptado, permitiram a Primeira Grande Guerra, liderados pelos alemães… Entregaram a Pátria a outro povo.

E bem mais recente, com os socialismos mortos, os comunismos desmoronados, a nossa vizinha Vene­zuela cai na esparrela: um coronel, comunista e infil­trado, prometendo o éden, como sempre, vence uma eleição manipulada, coopta o Judiciário e todas as FFAA já infiltradas. Como os demais líderes ideológicos, le­vanta a bandeira da ancestralidade: ressuscita Simón Bolívar. E intencionalmente mistura o pensamento de Bolívar com o socialismo: Bolívar foi um liberal, praticante da Arte Real, que cavava masmorras ao vício. Jamais seria socialista. Era sim Patriota e antimo­narquista.

Mas a Venezuela hoje é exemplo de miséria e fome. Suas FFAA simplesmente são dominadas por ideólogos civis que erradicaram seus poderes. “O poder do líder bolivariano na Venezuela se baseia no exército e nas milícias, um corpo de um milhão de pessoas treinadas com vassouras e rifles […]” – Milícia, o exército popular a serviço de Maduro |Internacional| EL PAÍS Brasil (elpais.com). O povo venezuelano está em holocausto por covardia de suas FFAA. Milícia, o exército popular a serviço de Maduro | Internacional | EL PAÍS Brasil (elpais.com)

Como se viu acima, e repetindo um adágio antigo: “a novidade é a história que não foi lida” tudo está a se repetir.

O Brasil corre sérios riscos de ser presidido por um ladrão, cuja pena foi revisada por um sistema judiciário cooptado e que toma decisões extra e supra constitucionais vê seus líderes militares se encolherem fundamentos em falsa DISCIPLINA e falso RESPEITO à Constituição. Erram duas vezes:

1) Disciplina não é submissão cega à qualquer autoridade e

2) a guardiã da Constituição é a Força Armada que a defende e, diretamente, ao POVO, da tirania de ideológicos por terem feito um juramento frente à Bandeira Nacional e não bandeira governamental. 

Há um acontecido na Prússia (Alemanha, hoje) que reflete bem a obrigação de oficiais serem guardiães da honra de seu povo. Em uma batalha, um batalhão foi dizimado… O comandante, Major, foi a Conselho de Guerra… No seu depoimento o Major disse que cumpriu todas as ordens emanadas e, portanto, não era responsável pelo fracasso. Então o presidente do Conselho de Guerra lhe retrucou: “Major, o Príncipe lhe fez Major e comandante para, na sua maturidade, saber quando NÃO CUMPRIRI UMA ORDEM”. Espero que não tenhamos que reavivar a ORDEM DA PENA BRANCA para identificar COVARDES, em nossas Forças Armadas.

White featcher”, pena branca, é o símbolo da covardia. Provém da lenda de que uma pena branca na cauda de um galo de briga é sinal de degenerescência e fraqueza. (SILVA).

Espero que a eleição de 02.10.2022, no Brasil, não seja a Revolução de 17 de outubro de 1917. Porque daí, eu teria que repetir Cleide Canton: ([3])

Tenho vergonha da minha impotência,
a minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino […]

(Por Higino Veiga Macedo)   

REPERTÓRIO FOTOGRÁFICO

Lenin
GULAG
Inimigos do 3° Reich
Prisioneiros de Auschwitz
Corpos em Campo de Concentração Nazista na Alemanha
Mussolini
Mussolini
Socialismo Maravilhoso
Brasil…
Brasil…
Brasil…
Brasil…
Brasil…
Brasil – Ordem da Pena Branca
Brasil – Ordem da Pena Branca

Penas Brancas

 

Por Hiram Reis e Silva (*), Bagé, 13.12.2022 – um Canoeiro eternamente em busca da Terceira Margem.  

(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;

  • Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
  • Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
  • Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
  • Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
  • Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
  • Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
  • Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
  • Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
  • Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
  • Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
  • Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
  • Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
  • Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
  • E-mail: hiramrsilva@gmail.com.

[1]    Edmund Burke (1729 – 1797) – filósofo, teórico político e orador irlandês.

[2]    Gulag era uma sigla, em russo, para “Administração Central dos Campos”, que se espalhavam por todo o país. https://pt.wikipedia.org/wiki/Gulag.

[3]    SINTO VERGONHA DE MIM – Cleide Canton.     

NOTA – A equipe do EcoAmazônia esclarece que o conteúdo e as opiniões expressas nas postagens são de responsabilidade do (s) autor (es) e não refletem, necessariamente, a opinião deste ‘site”, são postados em respeito a pluralidade de ideias. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *