Mais uma vez tenho a honra de repercutir um artigo de meu Mestre Higino Veiga Macedo.
BRASILANO
(Cel Eng Higino Veiga Macedo)
Resolvi criar um novo nome aos nascidos no Brasil. Dia sete de setembro de 2022, teremos dois séculos de independência. Pouco tempo. Saímos de colônia onde já éramos uma nação forte, para um Estado forte. Antes, apenas nação com 322 anos o que é, também, muito pouco tempo. Até hoje, mesmo independente, 200 anos, não nos livramos do gentílico criado na colônia, pelo colonizador. O gentílico “brasileiro” e o nome “Brasil” têm algumas nuances bem pejorativas ao longo dos tempos coloniais ou período do lusitanismo.
Parecem bobagens, mas são fatos nunca pensados. Pra começar, o nome BRASILEIRO. O sufixo “EIRO” “denotando – o que produz e/ou negocia, ou cuida” ([1]); Não é a origem de alguém. Brasileiro seria o que “produz brasa”… “quem negocia com brasa”… ou, “quem cuida de brasa”. O nome Brasil também transita pelo francês, pelo italiano, e até árabe.
Em dicionário a coisa é pródiga ([2]). O nome brasileiro, na mesma fonte registrada, vê-se que o gentílico tem uma fartura de formação, todas elas justificadas. São tratados como sinônimos: “brasil, brasilense, brasilíada, BRASILANO, brasílico, brasiliense, brasílio, brasuca” ([3]).
Eu resolvi criar novo gentílico, por um simples motivo: aqui no Brasil, como já registrei em outros textos, se forma uma nova raça, se é que o gênero humano pode ser separado por raça (branca, negra, amarela, vermelha). Aqui a Raça Brasilis. Crio o gentílico com fidelidade ao latim e mais coerente com a própria língua portuguesa – BRASILANO.
Brasilano tem o elemento mórfico “BRASIL” + “ANO” formador de adjetivo a partir do substantivo e formador de substantivo a partir de adjetivo (morfemas populares [ão e ã], do latim vulgar [an e ana]”. Poderia copiar dos italianos: BRASILANO – como eles sempre nomearam os aqui nascidos. Coerente, por considerar o nascimento de uma nova raça, sigo no intento de renomear os nascidos no Brasil de BRASILANO. Raça nova, gentílico novo.
Sendo uma nação nova (nação no sentido estrito) há que aumentar a miscigenação que é muito boa entre as três etnias básicas. Há sempre os inconformados, os revoltados e radicais que reclama serem minorias. E esperam que a tal maioria façam tudo por eles. A miscigenação só será completa quando um “BRASILANO” olhar para o outro e não ver a cor da pele, o tipo de pelos e a vontade de ser. Ninguém poderá ver o outro pela abreviatura – C O R, que significa:
– C: da cor da pele;
– O: da origem étnica; e
– R: da riqueza já auferida.
Como já dito algumas vezes, o Brasil é uma nação nova. Ainda há que amadurecer no seu tempo. Sem o amadurecimento forçado de guerras em seu território, de revoluções iniquas intestinas e desastres econômicos quaisquer.
Seremos todos “BRASILANOS”, ornados de verde amarelo, azul e branco.
Sic Cogito ([4])
(Cel Eng Higino Veiga Macedo)
Por Hiram Reis e Silva (*), Bagé, 26.07.2022 – um Canoeiro eternamente em busca da Terceira Margem.
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
- Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
- Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
- Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
- Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
- Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
- Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
- Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
- Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
- Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
- Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
- Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
- Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
- Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
- E-mail: [email protected].
[1] https://houaiss.uol.com.br/corporativo/apps/uol_www/v6-0/html/index.php#16
[2] https://houaiss.uol.com.br/corporativo/apps/uol_www/v6-0/html/index.php#5
[3] https://houaiss.uol.com.br/corporativo/apps/uol_www/v6-0/html/index.php#19
[4] É o que eu penso.
NOTA – A equipe do EcoAmazônia esclarece que o conteúdo e as opiniões expressas nas postagens são de responsabilidade do (s) autor (es) e não refletem, necessariamente, a opinião deste ‘site”, são postados em respeito a pluralidade de ideias.