Atendimento em comunidade indígena é destaque em mesa de debates do Ministério da Saúde

Série de discussões ocorre após a regulamentação da telessaúde no Brasil

Foto: Wallace Martins/MS

Os atendimentos de telessaúde em comunidades indígenas foram tema da mesa de debates promovida pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (3). A série de discussões ocorre após a regulamentação da telessaúde no Brasil, em portaria assinada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, nessa quinta (2).

A Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI), na terra indígena Rio das Cobras, no Paraná, foi a primeira a receber equipamentos de saúde e tecnologias da informação e comunicação de ponta, com o objetivo de incorporar tecnologias em saúde para ampliar a capacidade de atendimento dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) aos povos indígenas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Esses equipamentos foram adquiridos por meio de parcerias, a exemplo do que foi acordado com a mineradora Vale S.A. A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o Hospital Israelita Albert Einstein e a Sociedade Brasileira de Patologia também são parceiros no projeto e vão fornecer tecnologias para tornar a UBSI referência em território indígena.

No segundo dia da mesa de debates com a temática Incorporação de Tecnologia e Telessaúde na Área Indígena, o assessor técnico da Sesai, Carlos Colares, falou sobre o projeto que foi executado com a população indígena.

“Podemos dizer que é um marco para o nosso país. Falar um pouco da experiência que fizeram com a população indígena. Começou como um projeto piloto e agora estão no momento de replicação, e agora vão para a parte literalmente de execução. Focando sempre em resolutividade e buscar principalmente uma melhor qualidade assistencial em saúde para a população indígena”, comemorou.

“A iniciativa de implementar tecnologias da telessaúde foi uma estratégia certeira da Sesai e tem potencial muito grande de resolver os principais problemas de saúde da população. Proporcionando maior resolutividade da atenção primária ofertada, redução de custo logístico, maior rapidez no diagnóstico e no tratamento, maior conforto e comodidade para o paciente indígena que não precisa naturalmente sair da sua casa, do seu território e a melhoria da qualidade de vida dessa população”, elogiou o Chefe da Divisão de Atenção a Saúde Indígena do DSEI Litoral Sul, André Martins.

Paulo Marcial – MINISTÉRIO DA SAÚDE