Em ação pioneira, 2,5 mil indígenas que vivem em aldeias próximas das calhas dos rios Negro e Pacaás Novos realizaram exames laboratoriais e até cardiológicos.
Os equipamentos que permitem a realização de exames médios e que só os víamos em filmes de ficção já são uma realidade entre os povos indígenas brasileiros. Quer um exemplo? Mais de 2,5 mil pessoas do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Porto Velho realizaram exames laboratoriais, oftalmológicos, cardiológicos e respiratórios graças a equipamentos de telessaúde, repassados pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde. A ação ocorreu entre os dias 25 de abril e 12 de maio, beneficiando indígenas que vivem em aldeias próximas das calhas dos rios Negro e Pacaás Novos, na região Norte do país.
Para o Coordenador do DSEI Porto Velho, Eloy Angelo dos Santos Bernal, são essenciais para garantir um atendimento ágil e de qualidade dos povos originais. “Com esses equipamentos, os indígenas não precisam, necessariamente, se deslocar para as cidades próximas, o que otimizará o emprego de recursos humanos e financeiros. Esse kit de telessaúde ajuda bastante na prevenção de doenças, aceleram os tratamentos e aumentam as possibilidades de cura”, avalia Bernal.
SAIBA MAIS
A primeira ação de exames utilizando os equipamentos de telemedicina ocorreu menos de um mês após o treinamento dos profissionais de saúde, realizado em Brasília, na sede da SESAI.
No dia 4 de abril, 66 profissionais especializados em saúde indígena aprenderam a utilizar os equipamentos. Os kits tecnológicos contêm um notebook, câmera webcam, eletrocardiógrafos, espirômetros, retinógrafos e monitores multiparamétrico portáteis.
Cada um dos 34 Distritos Sanitários recebeu uma maleta contendo os equipamentos, doados pela empresa mineradora Vale em dezembro de 2021.
Texto: Aurélio Prado – Nucom/SESAI – SAÚDE INDÍGENA MINISTÉRIO DA SAÚDE