Amazônia: consumo de carne de caça pode reduzir anemia em ribeirinhos

O consumo de carne de caça pode reduzir a anemia em crianças menores de cinco anos que vivem em comunidades ribeirinhas remotas e carentes da Amazônia.

A constatação é de um estudo realizado por pesquisadores da Fiocruz Amazônia, da Lancaster University, do Reino Unido, da Universidades de São Paulo e da Universidade Federal do Pará.

A pesquisa destaca que a anemia por deficiência de ferro é um problema com consequências que prejudicam gerações de crianças e adultos jovens, principalmente em regiões pobres. Uma das principais causas é o consumo limitado e irregular de alimentos ricos em ferro, como proteína de origem animal.

O pesquisador Jesem Orellana ressalta que dois terços das crianças em domicílios rurais mais pobres foram consideras anêmicas e aponta os principais fatores de risco que agravam a doença nessas populações.

Para ajudar a prevenir ou a diminuir a anemia entre crianças que têm dificuldade de acesso a outras fontes de proteína animal rica em ferro ou de programas de suplementação nos dois primeiros anos de vida, a carne de caça adquirida de forma sustentável torna-se uma das poucas alternativas, como destaca o pesquisador.

O estudo ressalta que o benefício da carne de caça sobre os padrões de ocorrência de anemia não foi identificado em domicílios com condições socioeconômica e sanitárias mais favorecidas.

A pesquisa foi publicada na Scientific Reports, revista que compõe o portfólio científico da Nature, uma das mais relevantes do Mundo. Foram avaliadas 610 crianças de quatro cidades amazonenses longe dos grandes centros urbanos.

O estudo foi realizado por pesquisadores da Fiocruz Amazônia, da Lancaster University, do Reino Unido, da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal do Pará.

Publicado em 13/04/2022 – 20:11 Por Daniella Longuinho* – Repórter da Rádio Nacional – Brasília – *Com produção de Renato Lima – Edição: Jacson Segundo / GT Passos – RADIOAGÊNCIA NACIONAL 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *