Água escura em Alter do Chão é resultado do aumento de desmatamento, garimpo e esgoto, segundo especialistas

Cientistas dizem que, apesar do peso das atividades garimpeiras, mudança na coloração deve ter sido influenciada por mais outros fatores urbanos e pela chuva

O futuro das águas cristalinas do Alter do Chão, conhecido como Caribe brasileiro, está ameaçado. Neste final de semana, fotos aéreas que mostram a escuridão do Rio Tapajós, já na área do paradisíaco distrito de Santarém (PA), evidenciaram problemas que vêm sendo denunciados por ambientalistas e moradores nos últimos anos. Segundo pesquisadores, a soma do aumento do desmatamento e de garimpo no rio com o permanente problema do saneamento básico, mais as fortes chuvas do final de 2021, resultaram no cenário atual. No ano passado, em expedições do projeto Águas do Tapajós, pesquisadores identificaram, inclusive, presença de toxina nas águas do rio.

Em 2018, a Polícia Federal divulgou um laudo técnico após perícia realizada na Bacia dos Tapajós. Na época, foi destacado o “volume absurdo” de sedimentos, incluindo mercúrio e cianeto, lançados no rio através das atividades garimpeiras. Segundo o perito Gustavo Geiser, em entrevista na época, o material lançado nos 11 anos anteriores foi similar ao do rompimento da barragem de Mariana, uma média de 7 milhões de toneladas de sedimento lançados anualmente.

Leia a íntegra: O Globo

PUBLICADO POR:     JORNAL DA CIÊNCIA SBPC  

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