Profissionais de saúde do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Yanomami realizaram atendimento nas comunidades Palimiú e Korekorema, na região do Polo Base Palimiú, no período de 27 de junho a 1º de julho, na região amazônica de Roraima.
Durante a ação de saúde foram realizados 560 procedimentos de saúde e atendidos 110 pacientes indígenas, sendo 40 crianças. Além disso, 7 pacientes foram encaminhados pelo Distrito para atendimento especializado na rede hospitalar de Boa Vista (RR) para exames específicos.
Para esta ação pontual, o Distrito contou com a participação de representantes da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e do Ministério Público Federal (MPF) com o apoio de integrantes da Força Nacional. O DSEI Yanomami está realizando atendimentos pontuais até que seja seguro reestabelecer uma Equipe Multidisciplinar de Saúde Indígena (EMSI) em tempo integral no Polo Base Palimiú. A região é uma área de conflitos e os atendimentos estão sendo realizados aproximadamente a cada 15 dias para garantir a segurança dos profissionais de saúde e a continuidade dos serviços básicos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Agentes Indígenas de Saúde (AIS), que fazem parte das Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) do DSEI, permanecem nas aldeias e acionam o Distrito em caso de urgência e emergência. A etnia Yanomami é considerada de recente contato, com alguns grupos com costumes nômades em áreas de difícil acesso. A região só pode ser acessada por via área com deslocamentos entre as aldeias por caminhadas ou em embarcações pequenas. A ação teve apoio das lideranças locais para mobilização dos atendimentos.
Foram realizados acompanhamento do desenvolvimento infantil, avaliação nutricional das crianças, testes e tratamento para malária, tratamento de combate a verminoses, tratamento de síndromes respiratórias e outras doenças. Duas equipes passaram quatro dias nas comunidades fazendo os atendimentos. Toda equipe participante da ação foi testada e apresentou resultado negativo para Covid-19 antes da entrada em área indígena.
Cristiane Hidaka – Nucom/SESAI
PUBLICADO POR: Notícias Sesai — Ministério da Saúde (www.gov.br)
