Desde o mês de abril, os rios registram cota de inundação severa ao longo de toda a bacia amazônica, acompanhando o prognóstico do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) de cheia de grande magnitude em 2021, divulgado no mês de março.
Neste sábado (05/06), o rio Negro atingiu 30 metros no Porto de Manaus (AM) , na maior cheia em 119 anos. O recorde anterior foi superado no dia 31/05, após subir acima de 29,97m, patamar registrado em 2012.
O prognóstico do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), emitido em 31 de maio, é de que o nível do rio poderia alcançar 30m, o que se confirmou hoje, podendo subir mais dois centímetros, até o final do período. Para os próximos dias a tendência é de estabilização das cotas e até a próxima semana pode ter início o processo de vazante, que deve ser lento e gradual, portanto, o patamar de cheia severa deve se prolongar ao longo das próximas semanas.
O rio Solimões, em Manacapuru (AM) , atingiu hoje 20,82m, nível que também representa a maior cheia da série histórica Até então o recorde havia sido registrado em 2015. Os registros em Manacapuru têm 49 anos.
Em Itacoatiara (AM) , a cheia do rio Amazonas é a 2ª maior, tendo atingido 15,20m. O recorde é 16,04 m, observado em 2009.
O Boletim Semanal publicado na sexta-feira, aponta que em Manaus, o rio segue em processo de enchente severa subindo a uma média de 1 cm por dia na última semana: https://bit.ly/3gdBAQB
Cheia na maior Bacia Hidrográfica do Mundo – O que determina a magnitude dessas cheias é a chuva que ocorre em todas as bacias que drenam para essa região, como a bacia do Negro, do Solimões e todos os seus afluentes (Purus, Juruá, Japurá, Jutaí e etc), incluindo suas áreas externas ao Brasil, na Colômbia, Peru e Equador. A Bacia Hidrográfica do Amazonas é a maior bacia hidrográfica do mundo. Segundo dados da Defesa Civil do Estado do Amazonas, dos 62 municípios do Amazonas, 58 estão alagados, e 414.371 pessoas estão afetadas.
Janis Morais
Assessoria de Comunicação
Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM)
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