A Terceira Margem – Parte CXCIV

Navegando o Tapajós ‒ Parte XII 

O canoeiro

Revolta de Jacaré-Acanga III  

Os rebeldes estariam à espera, prontos para derramar gasolina no Rio, atear fogo e dormir na pontaria dos rifles e metralhadoras para caçar os infelizes que conseguissem escapar do braseiro. (CARNEIRO)

MOREIRA: Jim das Selvas, no entanto, é vítima de seu próprio plano. Ele e mais 12 homens a bordo de uma voadeira, barco a motor muito utilizado na Amazônia, vão a Itaituba, cidade próxima, em busca de gasolina. Dois desses homens são enviados na frente, como batedores, para ver se o campo está livre. Não está: o TCel Delayte, com sua tropa de 300 soldados, já domina a cidade e os batedores caem prisioneiros. Daí para a prisão de Veloso foi um pulo.

Ele estava sentado em uma cadeira de balanço, na varanda da casa do tabelião Lauro Mendonça, na beira do Rio, quando recebeu voz de prisão do Capitão Milton Castro, comandante de urna patrulha de Sargentos e Cabos da Aeronáutica. Luciano Carneiro, repórter de “O Cruzeiro”, testemunhou a prisão e anotou o seguinte diálogo:

–  Renda-se, Major, para não morrer! – avisou o Capitão.

–  Tantos homens para dominar um só? – respondeu o rebelde, com uma ponta de sorriso e muita ironia.

Veloso foi imediatamente levado à presença do Brigadeiro Antônio Alves Cabral, que comandava em Itaituba a contraofensiva aos rebeldes.

O repórter Luciano Carneiro também estava lá e registrou o diálogo:

–  Mas logo você, Veloso? Você, Paulo Victor e Lameirão, todos meus amigos… – começou a falar o Brigadeiro, manifestando o seu desapontamento com a ação desleal dos subordinados.

Sabem o que Veloso respondeu?

–  Há gente que presta, Brigadeiro!

Oficiais do Estado-Maior do Brigadeiro Cabral intervêm na conversa para chamar Veloso às falas, enquadrá-lo, lembrando-lhe a condição de transgressor da lei.

Jim das Selvas não se cala facilmente.

–  A lei para mim só existiu até o 11 de novembro! – responde Veloso, referindo-se ao dia em que o Ministro da Guerra, General Teixeira Lott, depôs, em 1955, o Presidente interino da República, Carlos Luz, e em seguida o titular, Café Filho, sob a acusação, comprovada, de que ambos tramavam o golpe para não dar posse ao eleito Juscelino Kubitschek.

Mesmo diante da impertinência de Veloso, o Brigadeiro Cabral não revida, não se altera. Dirige-se aos oficiais legalistas e, num gesto de genuína generosidade, traça a melhor biografia do rebelde, ainda segundo as palavras do repórter Luciano Carneiro:

–  Creio que sei o que se passou com Veloso, começa o Brigadeiro Cabral. – Este homem trabalhava, patrioticamente, na tarefa árdua de abrir pousos dentro da mata. Aí estão Jacareacanga e Cachimbo como monumentos a esse rapaz extraordinário.

No entanto, o que acontecia no Ministério? Havia sempre gente a intrigá-lo no Gabinete do Ministro. Veloso foi sempre um homem de trabalho, um homem sério. Sentiu como uma ferroada as injustiças. Ficou recalcado. Quando surgiu a contrarrevolução, da qual ele discordava, seu espírito já estava preparado para a revolta. E aí ele fez essa bobagem…

O Major Veloso não foi nem um pouco sensível ao depoimento favorável de seu superior. Interrompe o Brigadeiro para mais uma ousadia:

–  Não considero uma bobagem o que fiz – protesta, emprestando a sua fala um tom altaneiro.

Naquele mesmo dia, no Palácio do Catete, Juscelino recebe os repórteres da imprensa estrangeira e declara:

–  Vamos virar a página, passar uma esponja em todos os acontecimentos e começar vida nova, porque o País deseja paz para trabalhar.

No dia seguinte, 01.03.1956, o Presidente envia ao Congresso Nacional mensagem propondo a anistia a todos os que se rebelaram contra ele, desde os golpistas que se refugiaram no Cruzador Tamandaré em novembro de 55, na tentativa de impedir a posse dele, até os atuais sediciosos de Jacareacanga. Vamos virar esta página.

O B-25 cavalheiresco e seu piloto que não era John Wayne

A rebeldia de Jacareacanga vai completar cinquenta anos e, até agora, a única fonte de informação sobre o acontecimento é o noticiário da imprensa, especialmente os relatos dos repórteres Arlindo Silva e Luciano Carneiro, da revista “O Cruzeiro”.

Os historiadores que se debruçaram sobre o assunto, como Glauco Carneiro em “História das Revoluções Brasileiras”, e Hélio Silva na sua “História da República brasileira”, valeram-se única e exclusivamente das informações jornalísticas. Em 1956, a imprensa do Rio de Janeiro e de São Paulo, cidades em que até hoje se concentram os mais prestigiosos jornais e revistas do país, era maciçamente “eduardista” ou “antijuscelinista”. Juscelino havia perdido as eleições em ambas as capitais. Portanto, a posição da imprensa, de simpatia ao movimento de Jacareacanga, refletia a simpatia de cariocas e paulistas pelos aviadores rebeldes.

As reportagens da dupla de jornalistas de “O Cruzeiro” são francamente favoráveis a Veloso, Paulo Victor e Lameirão. Os jornais “glamourizam” os rebeldes. Glauco Carneiro, ao sistematizar essas informações em seu livro, edulcorou-as [tornou-as mais suaves, abrandou-as, amenizou-as] mais ainda. As ações dos três mosqueteiros ganham uma narrativa quase épica.

A fuga do Paulo Victor e de Lameirão é a descrição de um filme de aventura. Eles retiram da selva o Douglas Dakota convenientemente camuflado e decolam de Jacareacanga com destino ao exílio na Bolívia. “Um B-25 ainda tentou interceptá-lo, mas o Douglas desapareceu nas nuvens exatamente às 14h15 do dia 29 de fevereiro”, descreve o historiador com uma exatidão de relógio suíço.

Ao empregar o verbo interceptar, o texto sugere uma ação de combate. Na guerra aérea, intercepta-se um avião hostil para fazê-lo retroceder; para apresá-lo; ou para abatê-lo. Quem é esse John Wayne que pilotava o B-25 e tentou interceptar o Douglas C-47 em que estavam William Holden e Humphrey Bogart? O que pretendia seu piloto?

Fazer o avião rebelde retroceder ao campo de Jacareacanga, para aprisioná-lo, ou queria abatê-lo em pleno voo sobre a floresta amazônica? O piloto do B-25 chamava-se Ivan Zanoni Hausen. O redator deste folhetim o conheceu em Brasília, em 2001. Era gaúcho. Lembrava mesmo John Wayne: era alto e forte como o ator de Hollywood – foi atleta olímpico, aliás, o único atleta olímpico da Força Aérea Brasileira, tendo participado das Olimpíadas de Londres em 1948. Preferiu sempre a aviação de caça e de bombardeio à de transporte.

As semelhanças com o arquétipo do cowboy americano acabam aqui. Zanoni foi treinado para ser de Esparta, mas sempre foi de Atenas. Intelectual, autor de livros e formulador de doutrinas no Estado-Maior da FAB e na Escola Superior de Guerra.

Naquela tarde de 29.02.1956, o então Capitão-aviador Zanoni jamais tentou interceptar o C-47 do rebelde Paulo Victor. Nem mesmo o avistou. E se o tivesse visto, jamais faria uso da torre de sua metralhadora, pois a instrução que recebera do Ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Alves Seco, era curta e grossa, e emanada do próprio Presidente da República: nenhum dano a pessoas, instalações ou aeronaves. A missão do B-25 era apenas de persuasão.

Zanoni viveu intensamente os bastidores da revolta de Jacareacanga no centro do poder político, na posição privilegiada de Ajudante-de-ordens do Ministro. Depois, foi vivê-la no front. E pagou um preço enorme por isso, reconhecem seus contemporâneos, como o Major-engenheiro Sinval Dantas da Rocha, autor de “A FAB e a política nacional na década 50” [tese para a Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica, de 1975].

O oficial legalista de Jacareacanga não recebeu uma só promoção por merecimento, só por antiguidade; jamais foi alçado a uma posição de comando; e, sendo reconhecidamente um oficial de alto padrão intelectual e moral, não alcançou o posto de Brigadeiro. Tudo isso porque ficara ao lado da lei em 1956.

A história vivida pelo Capitão Zanoni ilustra bem como os rebeldes de Jacareacanga mereceram na FAB a simpatia de escalões superiores e, sobretudo de escalões intermediários, muito importantes porque são os operacionais. Se Veloso não teve o apoio direto de armas, aviões e pessoal, ele contou com vasto apoio moral.

Naqueles dias em que o governo procurava acabar com a revolta, esse apoio moral, quando não era explicitado no descumprimento de ordens, traduzia-se em omissão, corpo mole ou inércia, no Rio e nas diversas bases aéreas envolvidas nas operações para sufocar a sedição.

Em Belém, por exemplo, logo nos primeiros dias da Rebelião, os pilotos da esquadrilha de Catalinas, todos Capitães e Tenentes, recusam-se a cumprir missões de atemorização contra o aeroporto de Santarém, onde estão entrincheirados Veloso e Lameirão, e contra o de Jacareacanga, onde Paulo Victor escondeu seu C-47 que estava com uma Pane no motor esquerdo.

O comandante da 1ª Zona Aérea, Brigadeiro Cabral, pede ajuda ao Rio para enfrentar os atos de rebeldia em seu comando, o Ministro envia como observador e conselheiro o então Major Celso Resende Neves, ele mesmo, um dos pilotos que conduz o Presidente Juscelino no meu folhetim “Bela noite para voar”.

Naquela época, Celso era professor na Escola de Comando e Estado-Maior. Ele é reconhecidamente um oficial equilibrado, de qualquer ponto de vista que se analise, especialmente o político. Celso reuniu todos aqueles jovens aviadores de Belém e lhes mostrou o mal que estavam fazendo contra a sua própria carreira, ao recusarem o cumprimento de missões ordenadas por seus superiores. Os argumentos do representante da legalidade convenceram os pilotos a não aderirem à rebeldia.

–  Está bem, Major, nós voltaremos a voar – assentiu o Capitão Burlamarque Barreira.

Mas como todo bom oficial, o Capitão quer preservar o espírito de camaradagem com os colegas rebelados. E pergunta a Celso:

–  Se Paulo Victor precisar de uma peça para o C-47, nós poderemos ajudá-lo?

Responde, cavalheirescamente, o Major Celso:

–  Belo gesto de sua parte, desde que eu não fique sabendo.

No Rio, o panorama da rebeldia não era diferente. O próprio Ministro da Aeronáutica encontra dificuldades de arregimentar pessoal e aviões para deslocar ao front. Temia pelos dois lados: que lhe aparecessem falsos legalistas capazes de aderir aos rebeldes, ou doidos varridos que acabariam fazendo o sangue correr no Tapajós. Duas semanas após o início da Rebelião, vendo as seguidas dificuldades do Ministro, o Ajudante-de-ordens Ivan Zanoni Hausen se apre­senta como voluntário para ir ao front. A primeira reação do chefe foi de recusa. Tarimbado nos embates políticos, o Ministro queria proteger seu subordinado daquilo que sabia viria a acontecer fatalmente: a perseguição.

No entanto, como se tratasse de voluntariado, Zanoni bateu o pé, para ir.

A missão organizada pelo Ministro previa o emprego de três bombardeiros North American B-25 J: dois decolariam do Parque Aeronáutico do Campo de Marte, em São Paulo, e o outro da Base Aérea de Fortaleza. Na madrugada do dia 26 de fevereiro, no Campo de Marte, Zanoni está desconfiado. Os B-25 se encontram em revisão. Por que não escalaram aviões em condições de voo? Essa dificuldade, entretanto, é café pequeno, para usar uma gíria da época; não é tão grave diante do que vem pela frente. Susto grande mesmo é quando o Capitão Zanoni, descansando no alojamento da base, atende a um telefonema anônimo; do outro lado vem a ameaça:

–  Te cuida, Capitão. O B-25 está sabotado!

Era terrorismo puro. Só mesmo o ardor da juventude [ou a chama da legalidade] para fazer o voluntário Ivan Zanoni Hausen levantar voo naquela madrugada de densa neblina, portadora dos mais infaustos augúrios na mente de um Capitão-aviador. Bastou, porém, o avião, subir menos de 500 metros e furar a camada tenebrosa, para Zanoni deslumbrar-se com um céu estreladíssimo, desses que o Presidente Juscelino Kubitschek gosta de apreciar em suas constantes viagens pelo Brasil.

A visão encantadora da noite espantou os maus pensamentos de Zanoni, mas ele não fez um voo confortável. O B-25 que lhe deram não tinha o acolchoado dos assentos. Foi retirado pelos simpatizantes dos rebeldes, de modo que ele e seu copiloto, o Capitão José Carvalho Pereira [outro voluntário], para não machucarem o traseiro no ferro da cadeira, sentaram-se em cima de seus paraquedas.

Os dois B-25 fizeram escala em Barreiras, na Bahia, para reabastecimento. Oficiais simpatizantes dos rebeldes tentaram retê-los, sob pretextos diversos. Mas Zanoni estava decidido “a levar a mensagem a Garcia”, bordão muito usado na época para caracterizar, isto mesmo: cumprir missões, custe o que custar, como fez o Tenente americano na guerra dos Estados Unidos contra Cuba, retratado no famoso folhetim “Mensagem a Garcia”.

Enquanto Zanoni enfrentava esses obstáculos, o B-25, que decolou de Fortaleza, fazia um pouso de emergência em São Luís do Maranhão. Pane? Não. Ah, para reabastecer? Nada disso. É que um dos pilotos, o Tenente Adair Geraldo Ribeiro, precisava urgentemente… ser operado de apendicite!

Quando, finalmente, o B-25 recebe novo tripulante e chega a Belém, os Tenentes-aviadores Flávio M. Santos e Octávio Ramos de Figueiredo se recusam a cumprir missão contra os rebeldes e recebem voz de prisão. Também o segundo B-25, enviado do Campo de Marte, não chega a ser empregado contra os rebeldes, informa o citado autor de “A FAB e a política nacional na década de 50”, sem no entanto explicar a causa.

Desse modo, apenas o bombardeiro pilotado por Zanoni, o de matrícula 5123, vai cumprir missões na área conflagrada. Ele fica baseado em Santarém, já então em poder do governo, e realiza três sobrevoos em Jacareacanga, um a cada dia, até 29 de fevereiro, quando Veloso é preso e Paulo Victor e Lameirão fogem para a Bolívia. Mas sua ação é um doce de coco. Nem de longe representa qualquer ameaça. Veja por quê: o B-25 Mitchell é um avião de grande poder de fogo. Na Segunda Guerra Mundial, o inimigo morria de medo ao vê-lo.

Certa vez, no Saara, um B-25 da Real Força Aérea inglesa pousou em emergência numa das muitas pistas abertas pelo Marechal Rommel no deserto, para garantir suprimentos ao seu poderoso exército de tanques. Guarneciam a pista um oficial e 12 soldados, cujos armamentos iam da pistola até metralhadoras. Pois os nazistas afinaram. Ficaram quietinhos.

Olhavam de longe o mecânico inglês sanar a pane do B-25, dotado de 14 – eu disse 14 – torres de metralhadora ponto 50, distribuídas pelo nariz, dorso, pelas laterais e cauda, noves fora as quatro bombas de 250 quilos que carregava em seu intestino. O oficial alemão foi absolvido no conselho de guerra e, ainda, elogiado pela sua prudência.

O B-25 de Zanoni estava equipado apenas com uma torre de artilharia, na bolha do nariz. Nem levava artilheiro. Além de dois pilotos, fazia parte da tripulação apenas o Sargento-mecânico, o que demonstra a falta de ânimo bélico dos legalistas, seguindo, aliás, recomendação do próprio Presidente da República: nada de tiros contra pessoas, prédios ou aviões.

Zanoni deu uns tirinhos, sim senhor: nas águas do Tapajós, para calibrar a mira; e nuns tambores de combustível, colocados pelos rebeldes na pista de Jacareacanga para impedir tentativas de desembarque de tropas legalistas. Num desses reides [incursões rápidas], suspendeu o fogo para não atingir uns jegues que invadiram a pista.

As outras missões foram para atirar mensagens manuscritas concitando os rebeldes a se entregarem, e de patrulhar o Tapajós, já que naquela altura subiam o Rio as barcaças com tropas da Aeronáutica comandadas pelo Coronel Delayte.

Zanoni faz parte de uma geração de oficiais-aviadores em cujas veias corre o sangue da guerra cavalheiresca, aquela que faz o Major Celso Resende Neves fechar os olhos diante do gesto de solidariedade de seu subordinado, o Capitão do Catalina legalista que ajudou o rebelde Paulo Victor a consertar seu avião. O caçador Zanoni, se avistasse o desamparado C-47 em fuga, vestiria a armadura do guerreiro da gesta medieval e talvez até balançasse as asas do seu B-25, a dizer ao rebelde Paulo Victor: livre para voar, Major. A derradeira missão do B-25 legalista no Tapajós foi o voo da vitória sobre o campo antes espetado pelas fincas ([1]) pontiagudas dos Índios Mundurucu, destinadas a empalar os paraquedistas que se aventurassem a saltar.

Os homens do destacamento da FAB, feitos prisioneiros pelo Major Veloso, finalmente se veem livres dos rebeldes após a decolagem de Paulo Victor. Zanoni dá ordem pelo rádio para que o Sargento e seus soldados se formem diante da estação. O aviador legalista pretende formalizar a reintegração do destacamento à Força Aérea.

O B-25 faz uma passagem lenta e a baixa altitude sobre a pista, os homens em terra prestam continência a Zanoni e ele retribui com um balançar de asa, significando que a vida daqueles homens voltava à normalidade. Missão cumprida. O jovem piloto legalista entregara a Mensagem a Garcia. Quando os paraquedistas do Exército chegam a Jacareacanga, a paz Já vigorava. E o Capitão-aviador Ivan Zanoni Hausen voa de regresso ao Rio, na direção das agruras da vida militar, num Brasil dividido entre os partidários do Brigadeiro Eduardo Gomes, os “eduardistas”, e a turma do xerife Lott.

A audaz missão de Zanoni em Jacareacanga, em defesa da democracia, irá marcá-lo de modo negativo na FAB, onde os “antijuscelinistas” foram sempre a maioria. Ele fez todos os cursos a que são obrigados os oficiais que almejam atingir o generalato, mas só atingiu o posto de Tenente-Coronel. Nunca foi promovido por merecimento – sempre por antiguidade. Poucos meses depois de dar seu depoimento para este folhetim, o aviador Zanoni foi vencido por um câncer, aos 74 anos. (MOREIRA)

Por Hiram Reis e Silva (*), Bagé, 14.04.2021 – um Canoeiro eternamente em busca da Terceira Margem.

Bibliografia 

MOREIRA, Pedro Rogério. JK, Bela Noite Para Voar: um Folhetim Estrelado por JK – Brasil – Rio de Janeiro, RJ – Editora Relume Ltdª, 2006.

(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;  

  • Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
  • Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) (2000 a 2012);
  • Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
  • Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
  • Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
  • Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
  • Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
  • Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
  • Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
  • Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
  • Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
  • Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
  • Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
  • E-mail: hiramrsilva@gmail.com.

[1]    Fincas: estacas.

Um comentário em “A Terceira Margem – Parte CXCIV”

  1. A leitura dos Episódios de “A TERCEIRA MARGEM” nos recordaram importantes fatos da história do Brasil. A construção do Forte Príncipe da Beira, a epopeia da Borracha, a abertura da BR-174, no trecho Manaus-Boa Vista e, agora, a revolta de Jacareacanga. Parabéns ao pesquisador HIRAM REIS E SILVA.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *