Profissionais de comunidades indígenas recebem equipamentos de proteção para atuar em Roraima

Trezentos profissionais de saúde indígena em Roraima vão receber equipamentos de proteção individual para atuarem com mais segurança nas comunidades indígenas em meio à pandemia da COVID-19.

Os mais de 200 mil itens de equipamentos de proteção individual foram distribuídos a agentes de saúde e de saneamento que atuam nos territórios indígenas do estado, particularmente vulneráveis à COVID-19. Foto | Yareidy Perdomo/UNICEF

Mais de 200 mil itens foram entregues na semana passada (14) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) ao Conselho Indígena de Roraima (CIR), aos Distritos Sanitários Especial Indígena Yanomami e Leste, que vão distribuí-los a médicos, enfermeiros e aos agentes indígenas de saúde e de saneamento que trabalham no estado.

Trezentos profissionais de saúde indígena em Roraima vão receber equipamentos de proteção individual para atuarem com mais segurança nas comunidades indígenas em meio à pandemia da COVID-19.

Os materiais foram entregues na semana passada (14) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) ao Conselho Indígena de Roraima (CIR), ao Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami e ao Dsei Leste, que vão distribuí-los a médicos, enfermeiros e aos agentes indígenas de saúde (AIS) e de saneamento (Aisan) que trabalham no estado.

Os Dsei Yanomami e Leste fazem parte do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, do Ministério da Saúde, e juntos atendem uma população de quase 80 mil indígenas em 707 aldeias do estado, enquanto o CIR representa 246 comunidades indígenas de Roraima.

São mais de 200 mil itens – entre máscaras, faceshields, aventais descartáveis, toucas, garrafas de álcool em gel, termômetros, oxímetros, entre outros – para apoiar o trabalho dos agentes em barreiras sanitárias, Polos Base de Saúde, Casas de Saúde Indígena (Casai) e áreas de isolamento e atendimento a pacientes indígenas com a COVID-19.

Segundo a oficial de saúde do UNICEF, Daiana Pena, levantamentos mostram que a taxa de mortalidade pela COVID-19 entre indígenas é maior do que para o restante da população. “Por isso, é essencial garantir o acesso a serviços e equipamentos de proteção para os trabalhadores indígenas de saúde, tanto para a segurança deles, como das comunidades onde atuam”.

No estado, as comunidades priorizadas foram Canauanim, Malacacheta, Tabalascada, Jabuti, Jacamim, Moscow, Muriru, Manoá Pium, Barata, Pium, Sucuba, Raimundão, Truarú da Cabeceira, Serra da Moça, Araça, Aningal, Ouro, Raposa Serra do Sol e Wai Wai e 37 Polos Base localizados na terras indígenas ianomâmis.

A doação do UNICEF foi possível com o apoio financeiro do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês), em um projeto transfronteiriço entre Brasil e Venezuela.

Foco do UNICEF

Além de doações de equipamentos e kits de higiene, o UNICEF também atua para que grupos indígenas da Venezuela – que migram para o Brasil como resultado da crise naquele país – tenham acesso à saúde, educação, proteção, água, saneamento, higiene e informação, por meio de abordagens comunitárias.

O UNICEF aposta na mobilização da juventude indígena para protagonizar o fortalecimento cultural e apoiar na construção de políticas que respeitem a especificidade indígena.

Além disso, o UNICEF se prepara para fortalecer as ações de prevenção à COVID-19 nos estados do Amazonas, do Acre, de Roraima e do Pará, com o fortalecimento da capacidade local para apoiar esses povos, assim como na oferta de serviços em saúde, água e saneamento em mais de duas mil aldeias.

PUBLICADO EM:  ONU NAÇÕES UNIDAS

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