Banco conhece ações na área de bioeconomia

O trabalho da BioTec, voltado à bioeconomia, mostra ambiente consolidado para o desenvolvimento regional.

Superintendente Regional do Pará e Amapá do Banco da Amazônia – BASA, Edmar Bernaldino, sendo recebido pela diretoria da BioTec-Amazônia e CDR/Pará. (Imagem: Ascom BioTec-Amazônia)

A Organização Social BioTec-Amazônia recebeu no dia 23 de setembro de 2020 o Superintendente Regional do Pará e Amapá do Banco da Amazônia – BASA, Edmar Bernaldino, para conhecer o trabalho ligado à transferência e valoração de tecnologias, além da atração e instalação de empresas âncoras no Estado realizado pela BioTec. Na oportunidade, o superintendente foi recebido pelo Diretor-Presidente, Professor José Seixas Lourenço, pelo Coordenador do Escritório de Relações Institucionais do Centro de Desenvolvimento Regional (CDR Pará) Alex Fiúza de Mello, e pela Coordenadora do Escritório de Projetos do CDR Pará, Camille Bemerguy.

Além da reunião realizada, Edmar Bernaldino visitou dois laboratórios da Universidade Federal do Pará (UFPA) instalados no Parque de Ciência e Tecnologia – PCT Guamá e que fazem parte da Rede de Laboratórios Associados à BioTec-Amazônia. O Laboratório de Tecnologia Supercrítica – LABTECs, Coordenado pelo Professor Raul Nunes e o Laboratório de Engenharia Biológica – EngBio, Coordenado pelo Professor Artur Silva, que também é Diretor Técnico-Científico da BioTec-Amazônia.

Entre as pautas do encontro, houve a apresentação do projeto CDR Pará e a chamada Carteira de Projetos, com trabalhos voltados à bioeconomia, que segundo o professor José Seixas Lourenço, é um dos mais dinâmicos e promissores ramos da atividade econômica, voltado ao desenvolvimento de produtos e processos decorrentes do uso racional da biodiversidade existente no planeta, tendo como base de sustentação o uso do conhecimento científico em biotecnologia.

De acordo com o Diretor-Presidente da BioTec-Amazônia, mais de duzentos projetos foram enviados à organização social. “Isso demonstra a presença de muito potencial científico e muita confiança no trabalho que ora se inicia”, ressalta. Já o Coordenador do Escritório de Relações Institucionais do Centro de Desenvolvimento Regional (CDR Pará), Alex Fiúza de Mello, explicou que “os trabalhos trazem uma grande qualidade científica, por serem projetos analisados duas vezes: por nós aqui do CDR Pará e pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), em Brasília”.

O Superintendente do BASA destacou as potencialidades econômicas do Pará e das formas de aplicação do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) e do edital de pesquisa, que não é anual. “O edital de pesquisa não é lançado todo ano. O que nós temos agora é o Edital de Patrocínio. E, dentro do edital de patrocínio, nós temos quatro linhas: a Social, a Ambiental, o Esportivo e as Feiras e Eventos. Além desses, tem o Prêmio Samuel Benchimol, que busca reconhecer iniciativas e trajetórias pioneiras à compreensão da Amazônia e desvendar novos caminhos em prol do desenvolvimento sustentável da região”.

Dentre as potencialidades regionais citadas e que o banco trabalha: indústria de base tecnológica, indústria, comércio e serviços, agroindústria do pescado, saneamento básico, turismo (região do Guajará); açaí, ovinocaprinocultura e bubalinocultura (corte e leite), agroindústria do pescado, aquicultura e turismo (região do Marajó); polo oleiro-cerâmico; apicultura, avicultura, horticultura, fruticultura, mandiocultura, pecuária (região do Guamá).

“Nós buscamos alinhar ao planejamento estratégico e ao Plano de Negócios do banco, onde consta o Plano de Aplicação do FNO. No Pará, respondemos pela Grande Belém e mesorregiões Nordeste e Marajó, isso representa mais de 50% dos municípios paraenses. E por todo o Amapá”, ressalta Edmar Bernaldino.

Laboratórios – Edmar Bernaldino visitou o Parque de Ciência e Tecnologia – PCT Guamá e pôde entender um pouco do trabalho realizado no Laboratório de Tecnologia Supercrítica – LABTECs, Coordenado pelo Professor Raul Nunes e do Laboratório de Engenharia Biológica – EngBio, Coordenado pelo Professor Artur Silva, que também é Diretor Técnico-Científico da BioTec-Amazônia.

Os laboratórios fazem parte da Rede de Laboratórios Associados à BioTec-Amazônia. O Laboratório de Tecnologia Supercrítica – LABTECs é responsável por realizar análises e serviços tecnológicos com fluidos supercríticos demandados para desenvolvimento de produtos com alto valor agregado. Utiliza metodologias com bases científicas para pesquisar, desenvolver, aplicar e avaliar a qualidade e o alto potencial dos produtos obtidos com o intuito de atender as necessidades do mercado através da tecnologia e inovação.

Para o Coordenador do LABTECs, Professor Raul Nunes, como exemplo dessas análises, surgiu o óleo de açaí. “Excelente para a saúde e têm diversas aplicações, medicinal, alimentícia”. Trabalhando com tecnológica supercrítica há vinte anos, Raul explica que hoje chegou a um nível de conhecimento e projeção e desenvolvimento do produto bem tranquilo. “Tudo que a gente faz aqui é daqui para desenvolver o produto e ir para o comércio”.

Já no Laboratório de Engenharia Biológica – EngBio, Coordenado pelo Professor Artur Silva, que também é Diretor Técnico-Científico da BioTec-Amazônia, Edmar pode entender um pouco das pesquisas desenvolvidas por lá. O Laboratório é responsável por pesquisas e presta serviços nas áreas de genômica, transcriptômica e biotecnologia.

Atua na genômica e transcriptômica de micro-organismos ambientais e de interesse biotecnológico; metagenômica de ambientes da Amazônia; biotecnologia ambiental e bioprospecção de moléculas de interesse biotecnológico; genética da resistência bacteriana a antibióticos; e bioinformática.

“Esse laboratório foi um dos primeiros a serem implantados dentro do Estado do Pará. É um laboratório de engenharia biológica e foi todo financiado pelo Governo do Estado e tem apoio da FINEP e SUDAM. O objetivo dele é gerar produtos de ciência básica, como genômica. Genômica é ciência básica, ciência pura até a fase mais aplicada que é a produção de transgênicos. Nós não trabalhamos apenas para a UFPA, mas também para todas as instituições do Brasil”, disse Artur.

PUBLICADO EM:    BIOTEC AMAZÔNIA  

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