Cartilha leva informações sobre o coronavírus para povos indígenas do médio Xingu

Diante da propagação do novo coronavírus que se instalou nas terras indígenas da região do médio Xingu, a enfermeira Tayane Moura Martins autora da obra intitulada como CORONAVÍRUS: orientações para povos indígenas e demais colaboradores do DSEI Altamira em parceria professor Ademir Ferreira da Silva Júnior, da Universidade Federal do Pará, produziram uma cartilha de orientação para serem compartilhadas entre os povos indígenas. O material busca levar as informações de prevenção do coronavírus de forma fácil e acessível.

“A Cartilha ‘Coronavírus – Orientações para povos indígenas’ será de fundamental importância para sensibilizar as comunidades indígenas do médio Xingu sobre as formas de prevenção do coronavírus, no contexto dos povos indígenas aldeados. Atreladas às ações de contenção da pandemia nas terras indígenas, essa cartilha irá instrumentalizar as equipes de saúde na realização da educação em saúde”, salienta Tayane Moura Martins, enfermeira do DSEI Altamira.

A produção do material contou com o parecer do Controle Social da Saúde Indígena de Altamira (Condisi), e a sua distribuição está ocorrendo de forma eletrônica, por meio de PDF, para as comunidades indígenas do médio Xingu.

“Além disso, essa tecnologia educacional está sendo traduzida para nove etnias do médio Xingu, com o objetivo de abranger cerca de 4.440 indígenas, distribuídos em 81 aldeias e seis municípios”, esclarece o coordenador distrital de Saúde Indígena de Altamira, João Feliciano Caramuru dos Santos.

A cartilha foi elaborada com o objetivo de orientar os povos indígenas sobre a Covid-19, pois a população indígena também faz parte do grupo que pode desenvolver a doença na forma mais grave, o que se já tornou realidade entre povos indígenas em diversas regiões do Brasil e também na região do médio Xingu. Diante desse cenário, é essencial adotar medidas de prevenção para evitar que doença atinja altos índices nesse grupo de risco”, destaca Ademir Ferreira da Silva Júnior, professor da Faculdade de Medicina – Campus de Altamira.

O informativo foi elaborado com uma linguagem acessível, pois a proposta é mostrar conceitos básicos sobre a situação da pandemia e formas de prevenção no contexto indígena, conforme as recomendações das instituições de saúde brasileira e da Organização Mundial de Saúde.

“A cartilha explica como lavar as mãos e como buscar ajuda com as equipes multidisciplinares e de saúde indígena das aldeias, da CASAI e do DSEI, em caso de auxílio médico, suspeita ou constatação da Covid-19”, revela Patrícia Resende Barbosa e Ana Lucia Pereira coautoras da Obra.

A Cartilha – A obra apresenta um conteúdo ilustrado com textos de fácil entendimento, que buscam esclarecer questões como: o que é o coronavírus, como se pega, o que a pessoa sente, como se proteger, formas de afastamento (isolamento social, quarentena, distanciamento social) e seus conceitos.

Foi traduzida no dialeto ARAWETÉ, ARARA e PARAKANÃ. A cartilha também possui versão em português e está sendo traduzida para as demais etnias da região do médio Xingu.

Autoria: Tayane Moura Martins / Distrito Sanitário Especial Indígena Altamira

PUBLICADO EM:  MINISTÉRIO DA SAÚDE

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