Segunda comunidade indígena atendida por militares da saúde não apresenta registro do novo coronavírus

Em continuidade à ação de assistência à saúde nas comunidades indígenas do município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, médicos e enfermeiros militares, realizaram, na terça-feira (09), 86 atendimentos a moradores de Querari. Os profissionais também vacinaram 61 adultos e crianças. Essa é a segunda comunidade atendida pela ação deflagrada pelos Ministérios da Defesa e da Saúde.

Brasília (DF), 10/06/2020 – Em continuidade à ação de assistência à saúde nas comunidades indígenas do município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, médicos e enfermeiros militares, realizaram, na terça-feira (09), 86 atendimentos a moradores de Querari. Os profissionais também vacinaram 61 adultos e crianças. Essa é a segunda comunidade atendida pela ação deflagrada pelos Ministérios da Defesa e da Saúde. Até o momento não existe registro de pessoas contaminadas ou com suspeita de estarem infectadas pelo novo coronavírus na localidade.

A comunidade indígena Querari fica localizada na fronteira com a Colômbia, separada apenas pelo Rio Vaupés, sendo uma margem brasileira e a outra colombiana. A população conta com 250 moradores da etnia Kubeo. De acordo com o Comandante do 2° Pelotão Especial de Fronteira do Exército (PEF), Tenente de Infantaria Uerlei Nivaldo da Costa Moreira, a relação de apoio e suporte com a comunidade é muito próxima. Com as notícias da pandemia, esta aproximação foi moldada no sentido de continuar prestando o apoio, mas com cuidados para evitar a transmissão do vírus. “Nós enfatizamos na descontaminação de todo material que chega e isto tem funcionado até o momento. Conscientizamos a população, por meio de reuniões com as lideranças locais, de maneira a combater e evitar a propagação do vírus”, explica.

O Agente Indígena de Saúde e morador da comunidade, Eduardo Martinho Gonçalves Paidano, fez curso a distância, promovido pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) do Ministério da Saúde, e hoje repassa informações sobre a doença. “Respeitamos a orientação de não transitar e não viajar para a cidade. Estamos prevenindo para não ter a doença aqui”, assegura.

Assistências Médicas

No domingo e na segunda-feira, dias 7 e 8 de junho, os profissionais de saúde das Forças Armadas prestaram atendimento na localidade de Maturacá. Nas duas regiões, foram prestadas 178 assistências médicas. A equipe de saúde conta com profissionais do Hospital das Forças Armadas (HFA), do Hospital Militar de Área de Manaus (HMAN) e da SESAI.

Para o médico cardiologista Major Milson Charles de Almeida Faria, a ação já mostra bons resultados. “Está sendo muito bom observar a compreensão que os povos indígenas estão tendo com essa pandemia. Isto traz um alento para nós e facilita o nosso trabalho. Tenho certeza que vamos ter resultados satisfatórios ao final da missão”, disse.

Para o médico generalista Guarda-Marinha Marco Antonio de Souza Mota, informar e promover ações no campo de saúde é muito importante neste momento. “Prestamos atenção às comunidades indígenas que ficam muito isoladas e que, apesar de estarem distantes, são acometidas por diversas doenças, inclusive a Covid-19. É imprescindível cuidar dessas populações tão importante para nós”, afirmou.

O apoio às comunidades indígenas do município de São Gabriel da Cachoeira é feito pela aeronave C-105 Amazonas da Força Aérea Brasileira (FAB). Para se ter ideia do isolamento das regiões atendidas, o percurso de embarcação até Maturacá pode levar até dois dias. Para Querari a única opção é o apoio aéreo da FAB ou por meio de voos fretados pelo Exército Brasileiro.

Operação COVID-19

O Ministério da Defesa ativou, em 20 de março, o Centro de Operações Conjuntas, para atuar na coordenação e no planejamento do emprego das Forças Armadas no combate à COVID-19. Nesse contexto, foram ativados dez Comandos Conjuntos, que cobrem todo o território nacional, além do Comando Aeroespacial (COMAE), de funcionamento permanente. A iniciativa integra o esforço do governo federal no enfrentamento à pandemia que recebeu o nome de Operação COVID-19.

As demandas recebidas pelo Ministério da Defesa, de apoio a órgãos estaduais, municipais e outros, são analisadas e direcionadas aos Comandos Conjuntos para avaliarem a possibilidade de atendimento. De acordo com a complexidade da solicitação, tais demandas poderão ser encaminhadas ao Gabinete de Crise, que determinará a melhor forma de atendimento.

Para acessar fotos da Operação COVID-19, visite o Flickr da Operação.

Por Tenente Cristiane/FAB e Tenente Vanessa Rosana.
Fotos: Alexandre Manfrim

Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa