Funai participa de 193 barreiras sanitárias para impedir entrada de não indígenas nas aldeias

A Fundação Nacional do Índio (Funai) tem apoiado a realização de barreiras sanitárias como medida para conter o avanço da covid-19 junto aos povos indígenas. As ações ocorrem em parceria com órgãos de saúde e segurança locais, a fim de impedir a entrada de não indígenas nas aldeias. Atualmente, a fundação dá suporte a 193 barreiras sanitárias em diferentes regiões do país.

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Barreira instalada com apoio da Funai nos limites do Parque do Xingu, Mato Grosso (fotos: divulgação)

A iniciativa se soma às ações de fiscalização do órgão para controlar o acesso às aldeias e prevenir contágio da covid-19 pela população indígena. Grande parte das barreiras sanitárias está concentrada em territórios indígenas sob a jurisdição de cinco Coordenações Regionais da Funai: CR Roraima (40 barreiras), CR Campo Grande (22), CR Passo Fundo (21), CR Alto Solimões e CR Sul da Bahia (com 14 barreiras cada).

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Barreira sanitária da Comunidade Guariba na Terra Indígena Araçá, em Roraima

Conforme a coordenadora regional da Funai em Roraima, Elayne Maciel, o número de barreiras aumentou nas últimas semanas, tendo passado de 23 para 40. “Hoje temos barreiras em operação nas Terras Indígenas de Araça, Guariba, Barata, Boqueirão, Pium, Raimundão I, Raposa I, Jacarezinho, Coqueirinho, Contão, Surumu, São Mateus, Camará, Boca da Mata, Campo Alegre, Serra da Moça; nas Bases de Proteção Etnoambiental Ajarani e de Walo Pali. São ações muito importantes para o isolamento dessas comunidades”, explica.

Para as Terras Indígenas sob a jurisdição da Coordenação Regional de Passo Fundo existe um cronograma de atividades nos próximos meses, relata o chefe da unidade da Funai no Rio Grande do Sul, Aécio Magalhães. “Este planejamento é voltado às ações de proteção territorial e monitoramento usuais da Fundação, com vistas a coibir a entrada de não indígenas para a prática de ilícitos ambientais e territoriais (atividade madeireira, mineração, invasão de limites, caça, extração vegetal, etc.). Delitos estes que também podem ser graves vetores de contaminação”, afirma  o coordenador regional.

Desde o início da pandemia, o órgão suspendeu as autorizações para ingresso em Terras Indígenas e vem garantindo a segurança alimentar desses povos, o que contribui para que eles permaneçam nas aldeias e evitem o contato com pessoas infectadas. A expectativa é alcançar a marca de 500 mil cestas de alimentos distribuídas, nos próximos meses, a famílias em situação de vulnerabilidade social.

A Funai participa ainda da Operação Verde Brasil 2, deflagrada pelo governo federal para executar ações preventivas e repressivas das Forças Armadas contra delitos ambientais na Amazônia Legal, como desmatamento e focos de incêndio.

Assessoria de Comunicação / Funai

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