Governo do Pará reforça papel da floresta preservada como ativo econômico

Na Conferência Climática, o governador Helder Barbalho defende o aproveitamento de áreas já alteradas pelo homem para a produção de alimentos.

O governador Helder Barbalho destacou as vantagens da manutenção da floresta em pé em painel da Conferência Climática Foto: Divulgação

Em Madrid, na Espanha, o governador do Pará, Helder Barbalho, encerrou o primeiro dia de atividades da Conferência Climática (COP 25), promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), participando de um painel no qual destacou as vantagens da manutenção da floresta em pé para a região Norte, em particular, e para o restante do Brasil.

Representantes do BID e do Fundo Verde para o Clima participaram do painel Foto: Divulgação

 

Durante o encontro, que também contou com representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Fundo Verde para o Clima (Green Climate Fund – GCF), Helder Barbalho reafirmou o compromisso do Governo do Pará com a agenda climática e a sustentabilidade da Amazônia. “Demonstramos que a floresta em pé precisa ser vista como ativo econômico, gerador de emprego, renda, desenvolvimento e de oportunidades aos brasileiros, amazônidas, paraenses”, reforçou o governador, enfatizando a necessidade de monetização dessas áreas, criando uma agenda de economia e rentabilidade para o convencimento de toda a sociedade.

 

Em seu pronunciamento no painel, Helder Barbalho confirmou que as áreas antropizadas (já alteradas por ação do homem) existentes são suficientes para que o Estado do Pará produza mais e exerça um maior protagonismo no fornecimento de alimentos ao mundo, fortalecendo sua economia. Também anunciou como contrapartidas a regularização fundiária para garantir segurança jurídica e qualificação técnica para produzir de maneira intensiva, e não de maneira ostensiva. “A relação de cabeça de gado por hectare é extremamente baixa no Pará. Produzimos 0,9 cabeça de gado por hectare; se chegarmos a três por hectare, sairemos de 22 milhões pra 76 milhões, e seremos o maior rebanho bovino do Brasil”, argumentou.

“Quero destacar que o Estado defende a manutenção do Fundo Amazônia, mas, além disto, convoca, convida e provoca agentes globais a cooperar com a nossa agenda, com participação efetiva através do financiamento do Fundo da Amazônia Oriental, criado pelo governo paraense em outubro como instrumento receptor de recursos e parcerias que possam fomentar e garantir as ações que estão planejadas do nosso governo”, frisou Helder Barbalho.

Vantagens – De acordo com o governador, as ações têm como alicerce comando e controle, e transformação das áreas que hoje representam a maior parte dos percentuais de conflito em territórios sustentáveis. A participação do Estado garante ao produtor a conveniência da integração com regularização fundiária, acesso ao crédito, condições de melhoramento da produção e certificação de um bom produtor, de uma boa origem, agregando valor à produção.

O governador do Pará ressaltou que os agentes globais são convocados a cooperar com a agenda ambiental Foto: Divulgação

“Que possamos assegurar, com este contexto, um desenvolvimento pleno, de integração com a sociedade, com o poder público, e o comprometimento com a sustentabilidade e a participação ativa de instâncias governamentais, bem como de entes privados, na composição econômica das soluções de sustentabilidade para a Amazônia e a cooperação com a agenda do clima no planeta”, reiterou o governador do Pará.

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