Ibama apreende 5,6 toneladas de pescado no AM

O Ibama, em operação conjunta com a Polícia Federal, apreendeu 5,6 toneladas de pescado na região de Tabatinga (AM), entre os dias 5 e 14 de setembro. Os peixes apreendidos eram da espécie conhecida como piracatinga, cuja pesca é proibida desde 2015, e pirarucu, espécie de captura também proibida no Amazonas fora das áreas autorizadas de manejo.

imagem sem descrição.

Os agentes fiscalizaram pontos estratégicos do rio Solimões por onde trafegam embarcações que transportam pescados entre o Brasil e a Colômbia e empresas beneficiadoras do produto, que em sua maioria operam em flutuantes nas margens do rio. Por serem perecíveis, os 2.681 kg de pirarucu foram doados imediatamente à Diocese de Tabatinga. A piracatinga foi descartada por não ser adequada ao consumo humano. Segundo estudos realizados no Brasil e na Colômbia, a espécie detém concentrações elevadas de mercúrio.

Na mesma operação, além de irregularidades relacionadas à captura, transporte e armazenamento irregular do pescado, os agentes flagraram o transporte de 9 metros cúbicos de madeira serrada, sem licença, que foi apreendida e doada à Polícia Federal, também em razão do risco de perecimento.

Ao todo, foram aplicados 8 autos de infração no total de R$10,2 milhões.

Piracatinga

A piracatinga, conhecida como urubu d´água, é uma espécie de bagre com comportamento necrófago, que se alimenta de carne em decomposição. Em razão disso, pescadores da região utilizam carne e gordura de animais como isca, principalmente de botos-rosa e jacarés-açu por entenderem que suas carnes sejam mais atrativas para o peixe e por serem animais de fácil captura. Em decorrência disso, a população de boto-rosa vem diminuindo consideravelmente, e a espécie acabou sendo incluída na lista de animais ameaçados de extinção (Portaria MMA nº 445 de 2014).

A piracatinga começou a ser explorada no país a partir da década de 2000 em razão da demanda proveniente da Colômbia. Com o aumento da pesca, houve também aumento da oferta e comercialização, sendo vendida filetada e misturada a outras espécies de bagre com a denominação de “branquinha”. Foi a Instrução Normativa Interministerial MMA/MPA nº 6 de 2014 que proibiu a pesca da espécie no Brasil desde 2015.

Assessoria de Comunicação do Ibama
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